UNIFASE/FMP promove discussão sobre Inteligência Artificial Ética

28 de fevereiro de 2025
UNIFASE/FMP promove discussão sobre Inteligência Artificial Ética

Realidade no dia a dia da sociedade, o uso ético da Inteligência Artificial exige muita reflexão. Com o objetivo de discutir sobre os impactos da tecnologia para o futuro da Educação e da sociedade, a professora do Instituto de Computação da UFF e fundadora do Núcleo de Referência em Inteligência Artificial Ética e Confiável, Profa. Dra. Mariza Ferro, e o professor da PUC/RJ e Co-coordenador do mesmo Núcleo, Prof. Gilberto Martins de Almeida, apresentaram um panorama sobre o tema no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto | Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE|FMP).


“A inteligência artificial pode ser usada para o bem ou para o mal, por isso, é importante ampliarmos a consciência e estarmos antenados com o mundo atual”, ressaltou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, agradecendo a presença de ex-alunos, autoridades, professores e dos alunos do 12º período de Medicina.


Durante o encontro, a professora Mariza Ferro ressaltou que a tecnologia impacta diferentes áreas da sociedade: “Precisamos desenvolver o uso da IA para que seja direcionada para o bem do ser humano e do planeta, preservando nossos valores. Já vemos como impacto negativo o estímulo ao preconceito, a influência sobre as eleições, a incitação ao ódio e à polarização social”, destacou a pesquisadora citando como princípios importantes o conceito de justiça, equidade, não discriminação, transparência, explicabilidade, robustez técnica, segurança, privacidade e proteção de dados, e responsabilidade e prestação de contas.  


“O uso da IA precisa de um mínimo de regulação para que se torne moral e a ONU tem trabalhado para regulamentar a tecnologia globalmente”, afirmou o Prof. Gilberto Martins, sugerindo que o momento atual requer conhecimento de melhores práticas nacionais e internacionais, além de muita ponderação e equilíbrio. 


Ferro lembra que a IA existe desde 1956, mas atualmente, por meio do aprendizado de máquinas e a entrada ostensiva na rotina da sociedade trouxe novos desafios. “A tecnologia foi criada por humanos e, por este motivo, não é neutra e não possui agência moral. Os desafios são mais positivos do que negativos, como a inclusão e a solução de problemas complexos da sociedade. Precisamos conhecer a tecnologia para desenvolver o pensamento crítico sobre como utilizar com ética”, afirmou a pesquisadora, sugerindo por exemplo que dados sensíveis não sejam compartilhados com nenhuma ferramenta de inteligência artificial, já que não há garantia de segurança de dados.


Martins também enumerou algumas precauções que podem ser adotadas para se manter a ética no uso da IA:

1.     Evidenciar com transparência que a ferramenta de IA foi utilizada;

2.     Checar se a ferramenta oferece rastreabilidade do que é incluído no dataset;

3.     Dar prioridade a alimentação do sistema com dados independentes;

4.     Avaliar respostas geradas levando em consideração o que foi solicitado;

5.     Manter uma política institucional clara e suficientemente divulgada e esclarecida.



29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar