Quando comer vira desafio: terapia ajuda crianças a descobrirem o prazer à mesa

31 de julho de 2025
Quando comer vira desafio: terapia ajuda crianças a descobrirem o prazer à mesa

Ambulatório de Terapia Alimentar da UNIFASE une cuidado infantil, educação nutricional e prática clínica universitária

Aos 6 anos, Helena Francisco já teve um cardápio variado e colorido. Segundo o pai, Vinícius da Silva Francisco, quando era menor, a menina comia de tudo. Mas, com o tempo, passou a recusar alimentos.

“A Helena teve uma boa introdução alimentar, mas depois que ela foi para a escola começou a recusar alguns alimentos”, contou Vinícius.

A recusa alimentar é comum na infância e pode afetar tanto crianças neurodivergentes quanto neurotípicas. De acordo com a nutricionista Juliana Schaefer, professora e responsável pelo Ambulatório de Terapia Alimentar da UNIFASE, as causas são variadas — como alterações motoras orais, transtornos do processamento sensorial (TPS), questões orgânicas ou comportamentais — e exigem um rastreio cuidadoso.

“O ato de comer exige o processamento simultâneo de estímulos sensoriais como tato, paladar, visão e olfato. Os alimentos possuem características sensoriais complexas, e crianças com dificuldade nesse processamento podem apresentar maior grau de seletividade”, explica a nutricionista.

A terapia alimentar é uma abordagem inovadora e ainda pouco conhecida. Vai além do plano alimentar, com foco em escuta, respeito, estímulo sensorial e ludicidade. No caso da Helena, os alimentos passaram a ser apresentados de forma mais lúdica: brincando, cheirando, tocando, experimentando aos poucos — sem imposições.

“Esse trabalho é um brincar terapêutico. A terapia alimentar é uma nutrição com olhar centrado no paciente. O objetivo é ressignificar a relação da criança com a comida e ampliar seu repertório alimentar. O nutricionista precisa ir além do plano alimentar, com sensibilidade e criatividade para adaptar a condução de cada caso”, destaca a professora Juliana.

No Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP, o atendimento é feito em uma sala equipada com materiais lúdicos e instrumentos clínicos, sempre respeitando a individualidade de cada criança.

“Percebemos que a Helena já começa a se abrir para experimentar novos alimentos, mesmo que aos poucos. Sabemos que é um processo, mas estamos confiantes de que vai dar certo. Esse tratamento tem tudo para ajudar muito, não só ela, mas toda a família a adotar hábitos mais saudáveis”, comenta Vinícius. Ele também é pai do pequeno Samuel, de 8 meses, que está iniciando a introdução alimentar — e acredita que o exemplo da irmã pode ser um estímulo para o caçula.

Pioneiro no município, o Ambulatório de Terapia Alimentar da UNIFASE oferece atendimento a crianças de até 10 anos e proporciona aos estudantes de Nutrição uma vivência clínica diferenciada, que os prepara para os desafios reais da profissão.

“Está sendo uma experiência incrível. A terapia alimentar é uma abordagem inovadora na nutrição, e ter a oportunidade de vivenciar isso como parte do estágio curricular é extremamente valioso. Fiquei muito feliz ao descobrir que temos essa chance na graduação, porque é realmente algo que enriquece a nossa formação. É uma área nova e promissora, e sei que nem todas as faculdades oferecem essa vivência prática”, destaca Manuella Bello, estudante do 8º período de Nutrição da UNIFASE.

Nutrição na UNIFASE: prática, inovação e reconhecimento
Com forte base técnica e foco humanizado, o curso de Nutrição da UNIFASE oferece vivências práticas desde o início da graduação, com atuação em cenários próprios como o Ambulatório Escola e as Unidades de Saúde da Família. O currículo é organizado por áreas de atuação do nutricionista, incluindo nutrição clínica, social e coletiva.

Reconhecido como o melhor curso de Nutrição de Petrópolis pelo Guia da Faculdade 2024, o curso também se destaca no cenário estadual, sendo o 2º melhor entre as instituições privadas do Rio de Janeiro e um dos 10 melhores da Região Sudeste, segundo o MEC (ENADE).

O vestibular para o curso de Nutrição da UNIFASE está com inscrições abertas, com ingresso por prova online ou nota do Enem. A instituição ainda oferece bolsas de 50% durante toda a graduação para profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Gastronomia e para técnicos em Nutrição e Gastronomia.
Saiba mais: 
unifase-rj.edu.br

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
27 de outubro de 2025
Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar