Pesquisadores desenvolvem nova técnica para o tratamento de osteoartrite temporomandibular em Petrópolis

28 de junho de 2024
Pesquisadores desenvolvem nova técnica para o tratamento de osteoartrite temporomandibular em Petrópolis

Focado em garantir mais qualidade de vida aos pacientes acometidos pela Osteoartrite, doença crônica e degenerativa, um grupo de pesquisadores do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) se debruça em analisar e oferecer novas opções de tratamentos que proporcionem ainda mais eficácia.

Dr. Ricardo Tesch e a Dra. Reem Hamdy Hossameldin desenvolveram uma técnica chamada de “Artroscopia minimamente invasiva do compartimento inferior da ATM guiada por imagens de ultrassom”, uma proposta inovadora que possibilita o uso de uma ótica artroscópica muito fina, do tamanho da agulha utilizada atualmente para fazer uma injeção dentro da articulação, para aplicar essa mesma injeção, mas de maneira guiada com visualização direta.


Para entender como essa doença crônica afeta a vida das pessoas, a articulação temporomandibular (ATM) é a responsável por permitir que sejam realizados todos os complexos movimentos mastigatórios. Sujeita a diversas patologias, por condições multifatoriais, essa articulação pode ser acometida pela osteoartrite, que se apresenta como a forma mais comum de doença degenerativa na região facial.


“A osteoartrite (OA) é uma condição crônica e debilitante, caracterizada pela deterioração progressiva dos tecidos articulares. Causa dor, rigidez e limitação de movimentos, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes e reduzindo sua independência funcional. No Brasil, a OA é uma das principais causas de morbidade e incapacidade, ocupando a segunda posição entre as doenças crônicas mais prevalentes. Estima-se que cerca de 30 milhões de brasileiros sejam afetados por essa condição, o que representa aproximadamente 15% da população do país”, destaca Dr. Ricardo Tesch, coordenador do Curso de Pós-graduação em DTM e Dor Orofacial, pesquisador e coordenador do Laboratório de Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP. 


O pesquisador ressalta que esta doença crônica tem alto índice de prevalência no Brasil e gera significativo impacto econômico e social, com custo de aproximadamente 2% do orçamento nacional da saúde, gerando o valor anual estimado de mais de R$ 15 bilhões. “Essa carga financeira e de Saúde pública ressalta a urgência de abordagens terapêuticas mais eficazes e acessíveis para o manejo da OA, especialmente dentro do contexto do SUS. A osteoartrite que acomete a ATM é uma preocupação global, pois afeta milhões de pessoas. Alguns estudos indicam que entre 5% e 12% da população adulta sofre de algum tipo de disfunção da ATM, resultando em dor facial crônica, dificuldade para mastigar e falar, e impactando negativamente na qualidade de vida dos pacientes”.


Há alguns anos, acreditava-se que a osteoartrite era um processo natural de envelhecimento. No entanto, os constantes estudos sobre a doença revelaram que apesar de acometer principalmente pessoas de idade mais avançada, ela pode ocorrer em qualquer etapa da vida. Especificamente no que se refere à ATM, a maior prevalência está em mulheres jovens, em idade reprodutiva, provavelmente devido a influências hormonais relacionadas ao ciclo menstrual.


“Nossa proposta está embasada em uma terapia com condrócitos autólogos obtidos de biópsia do septo nasal e injetados dentro da articulação, visando o tratamento de casos avançados de osteoartrite (OA). Embora terapias celulares similares para OA já tenham sido aprovadas em outros países, nenhuma foi aprovada no Brasil. Os primeiros indícios de eficácia do transplante autólogo de condrócitos remontam à primeira metade da década de 1980, quando um estudo pré-clínico em modelo animal demonstrou resultados encorajadores no tratamento de defeitos patelares focais no joelho comprometido pela OA. Não há terapia celular aprovada pela ANVISA com base na nova regulamentação. Então, pretendemos aprovar a primeira terapia com base nas referidas RDCs, e a primeira para o tratamento de osteoartrites, no país. Na ATM, fomos o primeiro grupo a aplicar terapias celulares manipuladas em Centros de Processamento Celular em humanos no mundo, este artigo foi publicado na Stem Cell Research and Therapy, em 2018”, explica o pesquisador.


Ainda em fase de pesquisa, a nova técnica pode auxiliar inclusive no tratamento de pessoas com dores crônicas nos joelhos. “Nossa proposta guarda peculiaridades técnicas que pretendem isolar prioritariamente células da camada mais superficial da cartilagem, chamadas de condroprogenitores, que por terem características de células-tronco adultas, apresentam maior potencial de reparo tanto da cartilagem, como do osso subcondral afetados pela OA. Porém, isso ainda carece de investigação e comprovação”, observa Tesch. 

Com tanto conhecimento a ser disseminado, o professor Ricardo Tesch formulou um curso de Pós-Graduação e Especialização para ensinar a técnica, que tem atraído profissionais de várias partes do mundo, especialmente da América Latina e da Europa.



“Sem dúvidas, técnicas que permitam depositar com precisão as terapias desenvolvidas são fundamentais para a comprovação de sua real eficácia e, no que é ainda mais importante, na garantia da segurança dos pacientes. Temos um dos poucos Centros de Processamento Celular do país aptos a processar, isolar e cultivar células humanas para posterior infusão em seus doadores. Desenvolvemos o primeiro estudo clínico para avaliação da segurança e eficácia de condrócitos autólogos para o tratamento de reabsorções condilares associadas a deformidades dentofaciais, em parceria com o Centro de Tecnologia Celular PUC/PR. Pela primeira vez, este estudo clínico avaliou o transplante autólogo de condrócitos para tratamento de pacientes com reabsorção condilar associada ao processo de osteoartrite da ATM. O primeiro caso clínico desse estudo foi publicado na revista Stem Cells Translational Medicine, em 2018, e o estudo total foi aprovado para publicação esse ano na Stem Cell and Translational Medicine. Este projeto também recebeu verba do CNPQ, o que endossa nossa capacidade de continuar o desenvolvimento clínico de um produto de terapia avançada, que foi desenvolvido no laboratório da UNIFASE/FMP de forma pioneira no país, que diz respeito a terapias celulares avançadas, e mundialmente, quando falamos especificamente da osteoartrite da ATM”, finaliza o pesquisador.


12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.