Petrópolis vai sediar o 6º Congresso de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio

29 de junho de 2024
Petrópolis vai sediar o 6º Congresso de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio

Encontro médico vai reunir estudantes e profissionais de vários estados na UNIFASE/FMP. 

Nas últimas décadas, a Medicina de Família e Comunidade (MFC) tem expandido e se consolidado como uma especialidade médica de excelência para o trabalho na Atenção Primária à Saúde no Brasil. Com a proposta de refletir sobre as novidades e os desafios da área, Petrópolis vai sediar a 6ª edição do Congresso de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro, o maior evento da especialidade a nível estadual, que reúne médicos e estudantes de diversas áreas da saúde, de vários lugares do país. Organizado pela Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio de Janeiro (AMFaC-RJ), o evento será realizado no campus do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/ Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), de 19 a 21 de julho. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no link: https://doity.com.br/6camfacrj


“Estamos honrados em receber este congresso em nossa instituição. Nossos cursos de graduação, pós-graduação e residência médica, multiprofissional e em área profissional da saúde se sustentam no SUS. Além disso, temos 5 equipes de Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada de atendimento e manutenção da saúde das pessoas. O SUS justifica a forma como ensinamos até hoje. Essa é a nossa luta e o nosso valor", destaca a reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 


Presidente da AMFaC-RJ, Daniel Gonzaga explica que o tema central do evento “A Medicina de Família e Comunidade e o Trabalho na Atenção Primária: Tecendo Novos Horizontes” tem o objetivo de ressaltar e compreender a importância do trabalho no Sistema Único de Saúde, bem como as tendências e os movimentos dentro deste campo. “A MFC é a especialidade médica que mais cresceu no Brasil nas últimas décadas, sendo essencial para a organização e o funcionamento do SUS. Esse Congresso estadual visa contribuir tanto para a formação de estudantes de graduação e residentes, bem como para a qualificação da rede de atenção à saúde dos municípios. Nossos congressos promovem discussões e debates pertinentes para todos os trabalhadores da Atenção Primária à Saúde, de forma que contamos com um público diverso, composto por profissionais, residentes e estudantes de Medicina, Enfermagem, Psicologia, Psiquiatria, com Agentes Comunitários de Saúde, dentre outros”, destaca. 


O congresso será organizado em quatro eixos principais: I - SUS, Atenção Primária à Saúde e Medicina de Família e Comunidade: a conjuntura atual do trabalho e os caminhos das novas políticas; II - Educação e Trabalho na Atenção Primária à Saúde; III - Cotidiano do Trabalho e Cuidado: combate a iniquidades e opressões; e IV - Medicina de Família e Comunidade e a importância de ser diferente. São esperadas aproximadamente 600 pessoas oriundas de diversas cidades do estado do Rio de Janeiro e também congressistas de outras regiões do país já confirmados, como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e do Distrito Federal.


“A Medicina de Família e Comunidade é o berço da realização da visão integral do ser humano, em todos os sentidos que chamamos de macrodeterminantes em saúde, que afetam a nossa vida, como o trabalho, educação, moradia, saneamento, meio ambiente, crise climática, acesso à saúde, a emprego, religião, espiritualidade e as relações sociais, pois todos esses elementos vão desembocar em efeitos na nossa saúde, na manutenção da saúde ou na construção do adoecimento. Então, essa é a principal especialidade médica que reúne todos os elementos nessa conjuntura de saberes para compreender o processo de adoecimento, de recuperação ou de manutenção da saúde das pessoas na população geral”, salienta o médico Paulo Sá, coordenador das Unidades de Saúde da Família geridas pela UNIFASE/FMP em Petrópolis. 



Coordenadora da Residência de Medicina da Família e Comunidade da UNIFASE/FMP, a médica Nathália Matola destaca que Petrópolis está na vanguarda das práticas na área e oferece padrão ouro na formação médica. “É muito importante para a Atenção Primária à Saúde de Petrópolis receber um congresso cujo foco base é a especialidade que atua nesse cenário. Diversas evidências científicas comprovam que investimentos na qualificação da Atenção Primária à Saúde possuem como impacto a redução do número de internações hospitalares por causas evitáveis, como doenças cardiovasculares, com melhor coordenação do cuidado e maior qualificação do encaminhamento para especialistas focais. A nossa missão na UNIFASE/FMP é oferecer formação de excelência na área de saúde e gestão, sempre vinculada com a prestação de serviços ao SUS”, finaliza. 


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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.