Alunos da UNIFASE desenvolvem aplicativo para prevenção de desastres geohidrológicos em Petrópolis

Projeto do curso de Administração desenvolveu o aplicativo PetroAlerta, que integra comunidade, autoridades e tecnologia para tornar a cidade mais segura
A proposta é ambiciosa e extremamente relevante: criar uma ferramenta de comunicação em tempo real entre a Defesa Civil e a população petropolitana, promovendo maior agilidade em situações de risco, além de facilitar o envio de alertas, orientações e dados relevantes sobre áreas afetadas por chuvas intensas, deslizamentos ou inundação. A iniciativa é o aplicativo PetroAlerta, o protótipo foi desenvolvido no projeto de extensão pelos alunos do 3º período do curso de Administração da UNIFASE.
O PetroAlerta é fruto do trabalho dos alunos Guilherme Souza, Felipe Carneiro, Arthur Franco e Marcelo Barbosa, todos do grupo Gestão de Negócios III (GNIII). O projeto nasceu ainda no primeiro período da graduação e tem previsão de continuidade até o quinto.
“A ideia do PetroAlerta nasceu a partir da observação da alta vulnerabilidade da cidade de Petrópolis frente aos desastres naturais, especialmente enchentes e deslizamentos, que historicamente causam grandes prejuízos à população. Diante da recorrência desses eventos e da necessidade de uma comunicação mais eficaz com os moradores, nosso grupo identificou a oportunidade de desenvolver um aplicativo capaz de conectar diretamente a Defesa Civil com a população, oferecendo alertas rápidos, informações confiáveis e fortalecendo a cultura da prevenção”, explicou Guilherme, estudante do 3° período de administração da UNIFASE.
Com o intuito de integrar saber acadêmico, comunidade e poder público, o projeto faz com que os alunos consigam colocar em prática o que foi aprendido em sala de aula. Pensando nisso, foi promovido um seminário intitulado "Inovação Tecnológica na Prevenção de Desastres", que reuniu aproximadamente 40 participantes, entre eles lideranças comunitárias da Rede NUDEC (Núcleos Comunitários de Defesa Civil), representantes da Defesa Civil de Petrópolis, professores da instituição e estudantes. O objetivo do encontro foi compartilhar experiências, validar o projeto e traçar estratégias conjuntas para que o aplicativo atenda às reais necessidades das comunidades vulneráveis da cidade.
“O evento foi extremamente rico, tivemos a participação ativa dessas lideranças, que são as vozes de diferentes comunidades da cidade, e que levantaram a bandeira da prevenção, dialogando com os alunos e com a equipe técnica. Os estudantes, que estão no terceiro período, apresentaram o protótipo do aplicativo e tiveram a oportunidade de ouvir as reais necessidades da Defesa Civil, o que trouxe ainda mais alinhamento e propósito para o desenvolvimento do projeto. Agora, eles têm mais dois períodos pela frente para aperfeiçoar a ferramenta com base nesse feedback tão valioso. Foi uma experiência realmente especial, que uniu teoria, prática e engajamento social”, destacou a professora do curso de Administração da UNIFASE, Mônica Fontes.
A geóloga da Defesa Civil de Petrópolis, Caroline Dutra, que também coordena o Departamento de Projetos da instituição esteve presente no Seminário e ressaltou a importância de unir os saberes técnico, acadêmico e popular para tornar esse aplicativo uma ferramenta eficaz.
"Esse momento foi uma das melhores oportunidades que tivemos para promover uma troca real de saberes. Não adianta desenvolver um aplicativo que não considere a realidade de quem mais vai utilizá-lo. Durante o encontro, as lideranças presentes puderam compartilhar suas percepções, apontando o que funcionaria ou não na prática. A defesa civil também contribuiu com posicionamentos importantes, apresentando protocolos, limitações e pontos de atenção. Essa escuta qualificada permitiu ajustar o desenvolvimento do aplicativo para que ele reflita, de fato, as necessidades do território. Foi uma experiência extremamente rica de diálogo entre diferentes órgãos, instituições e a sociedade”, destacou Caroline.
De acordo com Guilherme após a apresentação da versão inicial do aplicativo eles ouviram contribuições valiosas.
“Os feedbacks foram muitos e extremamente valiosos. Algumas das sugestões mais relevantes incluíram a necessidade de tornar as notificações mais claras e visuais, adicionar alertas sonoros para situações de emergência e garantir o funcionamento do aplicativo mesmo em locais com baixa conectividade. Também foi reforçada a importância de uma interface acessível e intuitiva, adaptada para públicos com diferentes níveis de escolaridade e acesso à tecnologia. Esses retornos nos ajudaram a repensar aspectos técnicos e estratégicos do projeto”, salientou ele.
A próxima fase do projeto será voltada ao aprimoramento do protótipo com base nas sugestões recebidas, buscando entregar, ao final do quinto período, um aplicativo robusto, validado por especialistas e alinhado às necessidades da população. Uma nova reunião será realizada para planejar a continuidade do desenvolvimento do PetroAlerta.
"Vivenciar esse retorno dos alunos é uma alegria imensa. A extensão é algo que me faz vibrar! Todo esse processo de transformar teoria em resultados concretos para a sociedade é muito gratificante. Seja no campo social, ambiental, empresarial ou mesmo em parcerias com o poder público”, finalizou a professora Mônica.

