28ª Semana Científica da UNIFASE: artigo científico destaca aumento de casos de leptospirose em Petrópolis

27 de outubro de 2022
28ª Semana Científica da UNIFASE: artigo científico destaca aumento de casos de leptospirose em Petrópolis

A leptospirose é uma doença infecciosa, transmitida através da bactéria leptospira pelo contato, especialmente, com a urina de ratos, muitas vezes presente em água e alimentos contaminados. Segundo dados do Ministério da Saúde, as taxas de contaminação no Estado do Rio de Janeiro são altas quando comparadas com os outros estados brasileiros e o agravamento dessa condição pode levar a um aumento das hospitalizações pela doença, cenário que também está em destaque no estado.

Um artigo científico elaborado por alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis, na disciplina de Saúde e Sociedade III com atividades no Laboratório de Informática, apresenta dados importantes em relação à doença, fazendo um comparativo entre a cidade do Rio de Janeiro e Petrópolis. O trabalho destaca a prevalência de leptospirose nos municípios, no período de 2018 a 2020, e a prevalência das internações em decorrência da doença, de janeiro de 2018 até junho de 2022, além de refletir sobre os fatores associados à enfermidade e exibir formas de prevenção.

“O tema sobre análise de casos de leptospirose em Petrópolis foi inicialmente pensado após a catastrófica chuva que assolou o município no início do ano, levando em consideração a correlação de tragédias ambientais com o aumento de ocorrências da enfermidade na região acometida. É evidente que a cidade apresenta diversas falhas em sua infraestrutura urbana, que propiciam um solo fértil para a proliferação da doença e precisam ser evidenciadas para serem corrigidas. Na minha opinião, esse tipo de trabalho acadêmico é fundamental, pois conseguimos avaliar todo um contexto de vida por trás de uma condição clínica, que nos ensina a ter uma visão mais ampla e humanizada da medicina. Considero isso essencial na prática médica, já que é de extrema importância compreender os indivíduos de forma integral, no intuito de estabelecer uma boa relação médico-paciente e poder tratar esse indivíduo de forma adequada, não o limitando ao seu diagnóstico. Nesse sentido, a disciplina de Saúde e Sociedade III foi brilhante ao trazer à tona todas essas nuances socioeconômicas na análise das doenças que são estudadas no curso médico”, explica José Luiz Mendes Erthal Alves, aluno da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) integrante do grupo de trabalho sobre leptospirose.

O grupo de estudantes de Medicina utilizou dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravo e Notificações) sobre a prevalência de leptospirose, durante os anos de 2018 a 2020, nos municípios de Petrópolis e do Rio de Janeiro, além de dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares), sobre as internações pela doença em ambos os municípios, no período de janeiro de 2018 até junho de 2022. Os resultados indicaram maior prevalência da enfermidade na Cidade Imperial. Foi observado um aumento expressivo das internações pela doença em Petrópolis este ano, após as fortes chuvas com diversas inundações acometeram a cidade, sendo registradas até junho, dez vezes mais hospitalizações do que no ano de 2021. Petrópolis teve 21 internações pela doença até junho de 2022, sendo esses números absolutos equivalentes aos da cidade do Rio de Janeiro no mesmo período, que apresenta cerca de 20 vezes a população petropolitana.

“É importante salientar que os desastres naturais como inundações e deslizamentos, juntamente com a vulnerabilidade social e as más condições sanitárias, potencializam a ocorrência de doenças. Diante disso, a transmissibilidade da leptospirose não está só relacionada aos fatores ambientais, mas também às questões socioeconômicas intimamente ligadas à infraestrutura das localidades. Também devemos considerar que grande parte dos pacientes acometidos pela doença, além de não possuírem serviços de saneamento básico adequados, também não têm acesso às informações adequadas sobre a forma de transmissão da leptospirose. Desse modo, é possível que a prevalência real da leptospirose pode ser desconhecida, pois se trata de uma doença muitas vezes negligenciada pelas autoridades sanitárias e de difícil diagnóstico, já que seus sinais e sintomas são muito semelhantes aos de outras doenças, ocasionando assim sua subnotificação”, destaca Patrícia Boccolini, pesquisadora e professora da disciplina de Saúde e Sociedade III do curso de Medicina da UNIFASE/FMP.

O artigo científico foi selecionado para ser apresentado na 28ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que está sendo realizada esta semana no campus acadêmico da UNIFASE/FMP. Com dados atuais, o levantamento revela os impactos das grandes chuvas em Petrópolis no setor público de saúde, especialmente diante de quadros graves de leptospirose que requerem a internação dos pacientes.

“A nossa proposta é alertar a população sobre a doença e os sintomas que são similares aos de outras doenças, como febre alta e dor no corpo. Fiquei muito feliz e realizado com essa conquista, visto que eu, minhas colegas e a nossa professora orientadora Patrícia Boccolini nos dedicamos bastante na elaboração desse projeto e possuímos um grande carinho por ele. É o primeiro trabalho científico do nosso grupo a ser exposto e já estamos entusiasmados para os próximos”, comenta o aluno de medicina, José Luiz Mendes Erthal Alves.

Os dados de Leptospirose que comparam a realidade de Petrópolis com a cidade do Rio de Janeiro, municípios que sofrem com constantes episódios de enchentes, foram analisados de acordo com os indicadores de saúde, que levam em consideração a diferença no quantitativo populacional. O estudo se baseou não apenas nos casos registrados, mas também no número de internações de pacientes graves.

“Tivemos a ideia de o grupo trabalhar com dados de internações, pois os dados sobre casos registrados da doença estavam ligeiramente defasados, com informações apenas até 2020. Através dos indicadores de saúde, os dados revelam que os casos de leptospirose são maiores em Petrópolis, quando comparados com a cidade do Rio. Os dados sobre as internações são mais recentes, então a gente conseguiu analisar o possível impacto das chuvas desse início de ano em Petrópolis. Nessa disciplina de Saúde e Sociedade III, além de trabalharmos o olhar sobre nossos sistemas de informação e construção de indicadores em saúde, também incentivamos que os alunos reflitam sobre outros aspectos como prevenção e os benefícios que a leitura dos dados pode trazer para a comunidade. O importante desse trabalho é trazer à luz esse tema, como na questão da prevenção, por exemplo, alertando as pessoas para que quando tiverem contato com a água suja ou lama de chuvas, sempre que puderem usar luvas, botas e roupas apropriadas para não entrar em contato com a sujeira que pode estar contaminada. Por fim, é necessário destacar que sem o devido tratamento, nas formas mais graves, a pessoa pode apresentar meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória que podem, inclusive, levar à morte. É uma situação grave e toda população precisa ficar atenta a isso, especialmente, quando ocorre de forma sucessiva em cidades que são assoladas por enchentes”, finaliza a professora Boccolini.

12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.