Outubro Rosa: mastologista destaca alguns direitos das pacientes acometidas pelo Câncer de Mama

14 de outubro de 2022
Outubro Rosa: mastologista destaca alguns direitos das pacientes acometidas pelo Câncer de Mama

Outubro se veste de rosa com a proposta de ressaltar a importância de o público feminino estar atento aos cuidados com a mama. É preciso destacar que o câncer de mama é o principal responsável por milhares de mortes de mulheres no Brasil. No entanto, também é um tipo de câncer que, se diagnosticado precocemente, possibilita tratamentos menos invasivos e a chance real de cura. Diante do diagnóstico da doença, as pacientes devem ficar atentas, pois algumas leis específicas foram criadas para oferecer respaldo e o acesso aos tratamentos adequados na luta contra esta doença.

“Recentemente, a lei 14.450 foi publicada no Diário Oficial e criou o Programa Nacional de Navegação de Pacientes para Pessoas com Neoplasia Maligna de Mama, que prevê o acompanhamento dos casos suspeitos e a confirmação do câncer de mama para prestar orientação e assim agilizar o diagnóstico e o tratamento da doença. Essa lei interage diretamente com a lei 12.732, que é conhecida como a lei dos 60 dias, garantindo o início do tratamento após o diagnóstico do câncer de mama, nesse período de até 60 dias. Essas duas leis ajudam a melhorar a jornada que as pacientes percorrem para vencer o câncer de mama”, explica o médico mastologista Carlos Vinícius Leite, professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP).

No Brasil, o Ministério da Saúde adota uma diretriz que define que apenas mulheres com 50 a 69 anos devem realizar o exame de rastreio mamográfico, ou seja, realizar a mamografia antes que percebam um nódulo na mama, com no máximo de dois anos de intervalo entre os exames.

“Essa estratégia não é pactuada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que preconiza realizar o exame de rastreio mamográfico a partir dos 40 anos. As duas estratégias, tanto a de prevenção quanto a detecção precoce, possuem o mesmo objetivo que é reduzir o número de mortalidade provocado pelo câncer de mama, mas atuam em vias diferentes. A prevenção visa que as pessoas adotem hábitos saudáveis e evite a exposição aos fatores de risco, para evitar o desenvolvimento da doença. A Detecção precoce quer que as pessoas descubram essa doença em sua fase mais inicial, para que possam tratar, tendo em vista as chances de cura e a possibilidade de evitar os tratamentos mais complexos”, destaca o mastologista.

Durante a campanha Outubro Rosa é enfatizado que há a necessidade de as mulheres também avaliarem a importância de algumas mudanças de hábito no dia a dia, adotando medidas mais saudáveis tanto na parte alimentar quanto na prática de exercícios físicos.

“A alimentação saudável é rica em legumes, verduras e frutas. É preciso que as pessoas evitem a ingestão excessiva de gordura, além da condição de obesidade. Em conjunto, essas ações diminuem significativamente as chances de uma pessoa desenvolver o câncer de mama, além de um importante papel na prevenção às doenças cardiovasculares, as duas principais causas de mortalidade da mulher atualmente. Entretanto, mesmo que essas medidas sejam colocadas em prática, ainda existe a possibilidade de um câncer de mama se manifestar. Por isso, ressalto que a detecção precoce da doença, que consiste na realização de exames, é o meio mais rápido e eficaz de se detectar a presença da doença em sua fase inicial, para que possamos direcionar os esforços e possibilitar o tratamento o mais rápido possível, visando a cura, caso o câncer de mama seja identificado”, salienta o médico.

O especialista também destaca que a cada ano a Campanha Outubro Rosa é uma importante aliada na conscientização do público feminino. A prevenção do câncer de mama passa por estratégias para reduzir o risco da doença se desenvolver, como a adoção de mudanças de hábito, como já mencionado. O mastologista aproveita para enfatizar um dos direitos essenciais após a luta contra o câncer de mama, a possibilidade de a mulher fazer a cirurgia de reconstrução mamária.

“O cumprimento das leis é de extrema importância para o tratamento oportuno da doença. Para nós, a Campanha Outubro Rosa é uma grande oportunidade de discutir a prevenção e a detecção precoce, além do acesso ao tratamento. Em geral, as mulheres também precisam entender sobre os fatores de risco modificáveis, como evitar o consumo de álcool, tabagismo e o sedentarismo. No mais, eu gostaria de frisar a lei 12.802 de reconstrução mamária, que estabelece o direito de realizar a cirurgia, quando houver condições clínicas para esse procedimento. Essa é uma etapa fundamental nesse processo, pois restabelece a autoimagem dessas pacientes”, finaliza o médico.

6 de novembro de 2025
O mercado da saúde segue em expansão e, com ele, cresce a demanda por profissionais qualificados. Entre as carreiras mais procuradas está a de Técnico em Enfermagem, que oferece alta empregabilidade e oportunidades em diferentes áreas. Nessa perspectiva, a Escola Técnica Irmã Dulce Bastos, está com matrículas abertas para o primeiro semestre de 2026 para o Curso Técnico em Enfermagem. Com 70 vagas disponíveis , sendo 35 para o turno da manhã e 35 para o da noite , o curso tem duração de 24 meses e carga horária total de 1.800 horas, integrando teoria e prática desde o primeiro módulo. Os estudantes têm acesso a laboratórios modernos, metodologias de ensino inovadoras e à expertise da UNIFASE/FMP – instituição referência na área da saúde há quase 60 anos. A formação inclui estágios supervisionados em instituições de referência, como o Hospital Santa Teresa , Hospital Alcides Carneiro , Ambulatório Escola, UPAs e Unidades de Saúde da Família . Os alunos também podem participar de projetos de extensão e eventos científicos , que fortalecem a formação técnica e o compromisso com o cuidado humanizado. As matrículas devem ser realizadas presencialmente, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, na Secretaria do Campus Barão, que fica na Av. Barão do Rio Branco, nº 1.003 – Centro, Petrópolis. O edital completo está disponível no site: https://www.unifase-rj.edu.br/escolatecnica/tecnico-em-enfermagem .  Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelos telefones (24) 2244-6471 ou (024) 99200-4036 (WhatsApp), ou pelo e-mail contato.tecnico@unifase-rj.edu.br
31 de outubro de 2025
O projeto "NBQR nas Comunidades: Educação, Prevenção e Tecnologia para a Resiliência Socioambiental" conta com equipe multidisciplinar e participação de diferentes instituições
29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves.