Neurociência na educação: contribuição para a prática pedagógica

15 de junho de 2022
Neurociência na educação: contribuição para a prática pedagógica

Sabendo da importância da neurociência na educação, a UNIFASE lançou este ano, o curso de pós-graduação em Tecnologias Digitais, Neurociência e Prática Pedagógica.   

Ele surgiu da necessidade de analisar de forma mais profunda como as tecnologias digitais trazidas pelo período pandêmico e o pós-pandemia, aliadas à neurociência na educação, podem auxiliar professores na aplicação de técnicas de educação integral.

Veja neste artigo como elas se integraram contribuindo positivamente para a prática da educação.

 

Por que a neurociência pode ser uma aliada dos professores?

A neurociência estuda cientificamente o sistema nervoso humano, se relacionando com várias áreas da medicina e também com diversas outras áreas do saber. Ela traz contribuições muito importantes para a educação, pois nos ajuda a compreender como nosso cérebro se comporta diante de um novo conhecimento ou informação.

Portanto, diante dos desafios trazidos pela educação do século XXI e pela transformação digital, é fundamental utilizar os conhecimentos oferecidos pela neurociência para auxiliar professores e profissionais da educação no desenvolvimento de metodologias e técnicas mais inovadoras e eficazes.

O que acontece em nosso cérebro quando aprendemos?

A neurociência tem nos mostrado como o nosso cérebro aprende , como fixamos o conhecimento e memorizamos o conteúdo aprendido, além de entendermos também como este se transforma a cada vez que aprendemos algo novo. 

Ela tem nos ensinado que aprender traz benefícios para todo o corpo. Segundo essa ciência, o nosso cérebro sofre mudanças físicas e estruturais a cada vez que absorvemos um novo conhecimento, fazendo com que ele se reorganize e se torne mais funcional. 

Diante destas informações, a neurociência na educação tem como objetivo ajudar professores e profissionais da educação a criar metodologias e propostas de ensino mais assertivas e adequadas aos estudantes e às diferentes modalidades de ensino.

Como as tecnologias digitais impactam na prática pedagógica

A tecnologia está inserida em todas as áreas de nossas vidas. Mudou nossos hábitos e nos trouxe um alto grau de independência e autonomia. A forma como trabalhamos, relacionamos, comunicamos e até mesmo como estudamos não é mais a mesma. 

As antigas práticas e metodologias educacionais rígidas não funcionam mais em um contexto onde as pessoas estão mais exigentes quanto ao que consomem. Neste cenário, é necessário que a educação seja inovadora e acompanhe o ritmo que o mundo tem nos imposto.

Portanto, as tecnologias digitais podem contribuir de forma muito positiva para a educação superior e a educação básica em geral, pois ajudam a transmitir o conhecimento de forma mais lúdica e estimulante

Como as tecnologias digitais podem ajudar?

As tecnologias digitais são ferramentas que, aliadas à neurociência na educação, promovem o envolvimento físico, emocional e biológico dos estudantes, fazendo com que fiquem mais motivados a aprender e envolvidos com este processo. 

Elas despertam o interesse dos alunos e os aproximam ainda mais do conhecimento, fazendo com que sua absorção seja mais fácil e interessante. 

Entre as ferramentas disponibilizadas pela tecnologia digital para a educação, estão as plataformas de ensino digitais, os fóruns, os jogos on-line , a gamificação, os sistemas para simulação de atendimento e muito mais.

Um exemplo disso é o uso de tecnologias digitais nas metodologias ativas, onde diversas ferramentas tecnológicas podem ser disponibilizadas para tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico , produtivo e eficaz. 

7 contribuições da neurociência na educação

A neurociência na educação nos ajuda a desenvolver metodologias , práticas e técnicas que tem como objetivo estimular nossos cérebros para que eles sejam capazes de absorver e armazenar o maior número de informações e da melhor forma possível.  

Confira através de alguns exemplos, como seus estudos contribuem para a prática pedagógica.

1. O aprendizado acontece de forma integral

Aprender é algo complexo e não se resume a ler e memorizar conteúdos, Na verdade, isso envolve a emoção e a interação, mas também o nível de motivação, a qualidade da alimentação, do descanso, ou seja de todo o contexto no qual uma pessoa está inserida. 

Um professor deve ter um olhar mais amplo sobre seus alunos, a fim de ajudá-los a vencer seus desafios de forma individual e coletiva.

2. É possível aprender algo novo todo dia!

Nossos neurônios são capazes de fazer conexões por toda a vida e, como vimos, nosso cérebro se amplia e se reorganiza a cada novo aprendizado.

A partir dessas informações, os professores devem estimular , orientar, propor novas atividades e oferecer condições para que cada aluno exerça suas potencialidades de forma autônoma em um fluxo de aprendizado contínuo. 

3. A empatia facilita a aprendizagem

A neurociência na educação nos mostra que as imposições e punições não educam, mas condicionam. Ao contrário disso, a proximidade entre aluno, colegas e professor, a empatia entre eles, fortalece e facilita o processamento de informações. 

4. Cada pessoa tem um canal preferencial de comunicação 

Ao aprender, podemos usar todos os canais de comunicação que possuímos, como a visão, a audição, o tato e até mesmo o olfato e o paladar.

No entanto, cada pessoa utiliza um destes canais com mais intensidade , pois ele é sua preferência sensorial neste processo. Por isso, é fundamental utilizar a diversidade dos sentidos em sala de aula para garantir que todos consigam absorver os conteúdos apresentados.

É importante fazer leituras em voz alta, textos escritos, fazer debates, apresentar vídeos, músicas ou fazer jogos e dinâmicas que estimulem os alunos através do canal de comunicação que é mais forte para ele.

As tecnologias digitais são muito bem-vindas para auxiliar nestes estímulos . Os alunos podem, por exemplo, gravar e ouvir podcasts , criar blogs e sites, fazer postagens em redes sociais ou trabalhos compartilhados através de plataformas digitais 

5. A emoção ajuda a reter informações

Nosso cérebro trabalha melhor quando é estimulado em seus dois hemisférios. Por isso, é importante usar as emoções como ferramenta de aprendizagem. Quando um educador integra emoções e informações no processo de aprendizagem, ele faz com que os conteúdos sejam fixadas de uma forma mais eficaz e consistente.

Ele pode, por exemplo, usar a emoção para reverter um quadro ou pensamento negativo que impede um aluno de aprender. Assim, ele conseguirá que ele se sinta mais confiante, melhore sua autoestima e aprenda melhor.

6. Sem motivação não há aprendizado

É necessário que o educador proponha atividades desafiadoras , motivadoras, mas que sejam adequadas ao perfil de cada aluno e ao contexto onde estão inseridos.

Tanto as atividades com alto grau de dificuldade, como as de baixo grau, podem ser desestimulantes se aplicadas para o público errado. Sem o estímulo correto, não haverá interesse e o cérebro não vai absorver.

Portanto, a falta de atenção não significa indisciplina ou que um aluno tenha dificuldade para aprender. Talvez ele apenas não esteja recebendo o estímulo correto e que coloque seu cérebro para trabalhar.

7. Memorizar não é o mesmo que aprender

Aprender significa saber integrar informações, relacioná-las, ressignificá-las e refletir sobre elas. 

Por isso, o cérebro precisa receber informações através de diversos pontos de ancoragem, para absorver conteúdos e construir um aprendizado real, ao invés de simplesmente memorizar informações que serão esquecidas ao longo do tempo.

Prepare-se na UNIFASE!

É fundamental que os profissionais se especializem para atuar dentro desta nova realidade, onde a neurociência na educação e as novas tecnologias digitais oferecem excelentes soluções para a prática pedagógica.

Ficou curioso(a) para conhecer mais sobre essa pós ? Então, clique abaixo para saber mais informações.
Pós-Graduação em Tecnologias Digitais, Neurociência e Prática Pedagógica

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Pela primeira vez em Petrópolis, a UNIFASE/FMP foi palco do CBC Itinerante, programa de educação continuada promovido pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), no qual profissionais da saúde puderam atualizar seus conhecimentos em cirurgias de casos clínicos complexos e controversos envolvendo Abdome Agudo, Vias Biliares e Oncologia Gastrointestinal. Com o objetivo de aproximar a capital das cidades do interior do Rio de Janeiro, Petrópolis foi o sexto município a receber o CBC Itinerante. "Petrópolis foi escolhida por ter a UNIFASE/FMP, que é formadora de excelentes profissionais da área de saúde, e também por sabermos que aqui existem médicos de assistência de diversas especialidades cirúrgicas para uma troca enriquecedora de experiências", comenta o cirurgião Guilherme Ravanini, Membro Titular e Diretor do Núcleo Central do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Na ocasião, médicos especialistas em suas áreas de atuação ministraram palestras abordando as últimas atualizações na área de cirurgia em diferentes casos, integrando não só cirurgiões, como também acadêmicos e residentes de Medicina. "Os acadêmicos e residentes puderam vivenciar essa experiência trazida por cirurgiões mais experientes de todo o estado e da cidade, que promoveram essa parte educacional em assuntos super interessantes, como abdome agudo, hérnias da parede abdominal, um pouco de oncologia, principalmente os tumores de cólon e os tumores gástricos", explica o médico cirurgião Thiago Kloh, professor da disciplina de Clínica Cirúrgica da UNIFASE/FMP. Durante o dia todo, os participantes puderam ampliar seus conhecimentos sobre técnicas modernas em casos de diverticulite aguda complicada, obstrução intestinal no pós-operatório imediato, apendicite, câncer de vesícula, câncer gástrico e câncer colorretal. "Entre as minhas opções de residência, estou optando pela clínica cirúrgica, então decidi participar do CBC para poder me informar melhor sobre o campo da cirurgia geral, que eu pretendo atuar no futuro. Esses eventos nos ajudam porque reforçam o que aprendemos na faculdade e oferecem mais informações relacionadas à carreira", disse Heitor Lopes Carvalho, aluno do 10º período de Medicina da UNIFASE/FMP que participou do CBC Itinerante.  Também participaram do evento, os médicos Marcos Filgueiras, Diogo Salles, Marco Antônio Banal Xavier, Rafael Massao da Silva Nagato, Fabio Leonetti, Augusto Cesar de Mesquita, Lécio Carneiro Junior, Fernando B. Ponce Leon Pereira de Castro, Alexandre Ferreira Oliveira, Biazi Ricieri Assis, Marcelo Sá de Araújo, Leonardo Rocha Ferraz, Guilherme Guédon de Oliveira, Julio Cesar Tabares Morales e Julio Vieira de Melo.