Exposição “Mulher de Ninguém” em destaque no Centro Cultural da UNIFASE

6 de maio de 2022
Exposição “Mulher de Ninguém” em destaque no Centro Cultural da UNIFASE

Após dois anos imersos em atividades culturais de forma on-line, chegou o tão esperado momento de retorno presencial às atividades no Centro Cultural da UNIFASE, que tem a satisfação de inaugurar a exposição “Mulher de Ninguém”. O título, que chama a atenção, foi inspirado na expressão “Mulher de fulano de tal” e a pesquisa de criação se baseou num capítulo no livro “Isso é Arte?”, de Will Gompertz, que relata a “Exhbition 31 Women/ Exibição 31 Mulheres”, realizada no ano de 1943 pela colecionadora de arte Peggy Guggenheim com orientação do artista plástico Marcel Duchamp, uma das primeiras exposições realizadas só com obras de artistas do sexo feminino.

“É uma grande alegria poder retomar o calendário expositivo com a exposição ‘Mulher de Ninguém’ e, dentro dela, a mostra de trabalhos produzidos por moradoras do Vale do Carangola. Essa exposição reafirma a luta de artistas contra a hierarquia de gênero na arte e no acesso aos espaços expositivos. Um posicionamento político e ético muito importante no atual contexto de retrocessos e de aumento na escalada dos preconceitos e violências contra as mulheres, negros, indígenas, LGBTQI+”, frisa Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da UNIFASE.

A artista Josiana Oliveiras explica que a ideia da primeira exposição promovida apenas por mulheres abriu caminho para uma produção mais livre, sem a hierarquia da arte de gênero e sem a necessidade de a mulher viver à sombra de um homem artista, nem de ocupar aquele clássico lugar de modelo, musa e amante dos artistas. A exposição “Mulher de Ninguém” destaca obras de 30 artistas da cidade de Petrópolis e convidadas dos estados do Rio de Janeiro (capital), São Paulo, Juiz de Fora e uma convidada especial da França. Os trabalhos apresentados são uma ode à independência da mulher como artista, como ser pensante e atuante em todas as esferas.

“Pesquisando mais a fundo a história sobre a primeira exposição só de mulheres, percebi que os nomes de muitas artistas estavam com a identidade atrelada aos nomes de artistas homens. Assim, vi a necessidade de falar sobre a mulher em geral, mas principalmente as artistas, por estar neste meio, ter seu nome desvinculado do nome dos homens. A expressão ‘mulher de fulano de tal’, desde quando a mulher é posse do homem para ter sua existência resumida a ser casada com alguém? Então, essas são as questões que orientaram essa exposição. Normalmente, a gente trabalha com um fio condutor que cria uma narrativa dentro de uma exposição ou de uma sala. Aqui, as próprias artistas são esse fio. Vamos ver artistas que têm sua pesquisa dentro da literatura, do corpo como suporte, da natureza e do fazer manual, como o crochê e a cerâmica, sendo a pesquisa em arte, isso é muito legal, pois são mulheres criando o que querem e não o que a sociedade acha que elas devam fazer”, frisa a curadora Josiana Oliveiras.

Os variados papéis desempenhados pelas mulheres que trabalham, cuidam da casa, têm o compromisso com os filhos e se dedicam à pesquisa para comporem suas obras são importantes pontos para a reflexão da sociedade e estarão em destaque na exposição.

“Atualmente vemos muitas artistas mulheres expondo, o que é ótimo, mas também queremos ver as nossas artes fazendo parte das coleções. As mulheres formalmente têm jornada tripla. Precisam dar conta da casa, da família e do trabalho. Muitas vezes, o trabalho de arte acaba ficando de lado. O que percebi com essa exposição e com o contado com as 30 artistas é que a gente se desdobra e, muitas vezes, achamos isso natural. A exposição não quer criar uma evidência sobre a mulher só, queremos mostrar artistas novas e outras que estão há tempos na profissão, que têm uma pesquisa séria e merecem ser valorizadas”, frisa a artista.

A exposição “Mulher de Ninguém” tem a co-produção e co-curadoria do artista petropolitano Cláudio Partes, convidado pela sensibilidade que apresenta em todos os seus trabalhos.

“Queremos nosso lugar de fala como artista e nosso reconhecimento tanto quanto os homens têm. Ter o Cláudio Partes dividindo a produção dessa exposição só de mulheres, cria esse espaço de fala e de percepção de como nós trabalhamos e temos as nossas particularidades”, destaca Josiana Oliveiras.

Simultânea à exposição “Mulher de Ninguém”, o Centro Cultural Arthur Sá Earp Neto apresenta a mostra “Cores e Formas da Determinação” com trabalhos desenvolvidos pelas estudantes mulheres do projeto de extensão da UNIFASE “Encceja Mulheres do Vale”, realizado no Vale do Carangola. As pinturas orgânicas foram feitas durante a oficina de arteterapia com orientação da artista visual e psicóloga Fernanda Medeiros.

“Essa mostra é resultado de um projeto de preparação para o ENCCEJA, mas também, como ele é desenvolvido apenas com mulheres, é um espaço para se conversar sobre o que é ser mulher no Vale do Carangola, ser mulher em Petrópolis, no Brasil. É um projeto de extensão que foi proposto a partir de conversas com essas mulheres e é também desenvolvido por alunas e professoras extensionistas. Nesse início de pós-pandemia, é uma fresta nesse modelo de sociedade absurdamente desigual e injusta, que abrimos e ocupamos. Um movimento de resistência e luta por um mundo mais bonito”, ressalta Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da UNIFASE.

 

O Centro Cultural da UNIFASE, localizado na Av. Barão do Rio Branco, 1003
Centro, Petrópolis, RJ, estará aberto novamente para transbordar cultura e ultrapassar os muros institucionais. A exposição “Mulher de Ninguém” será inaugurada no próximo sábado, dia 07 de maio, e ficará aberta para visitação, gratuita, de 09 de maio a 25 de julho, das 10h às 18h, exceto aos domingos.

 

15 de dezembro de 2025
Curso presencial, credenciado pela ASBAI, tem tradição de mais de 60 anos e oferece formação avançada na área
12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .