Saiba o passo a passo da realização dos exames do coronavírus

29 de março de 2020
Saiba o passo a passo da realização dos exames do coronavírus

Prefeitura de Petrópolis explica em detalhes o passo a passo da realização dos exames do coronavírus

Para esclarecer ainda mais às possíveis dúvidas da população em relação ao tempo de demora nos resultados dos exames de pacientes suspeitos de coronavírus na cidade, a Secretaria de Saúde levantou, esta semana, o passo a passo realizado, desde o momento de coleta do material, até a chegada dos resultados para as equipes de Vigilância Epidemiológica de Petrópolis. Atualmente, o diagnóstico do coronavírus é feito a partir da coleta de amostras respiratórias de pacientes considerados suspeitos, com testes baseados em técnicas de biologia molecular. Em Petrópolis, agentes da Vigilância Epidemiológica têm realizado este trabalho.

Todo o processo tem início quando o paciente dá entrada nas unidades de saúde da cidade. Para explicar com mais exatidão, vamos tomar como exemplo o primeiro caso confirmado na cidade, ainda neste mês de março. Uma mulher, moradora de Petrópolis com 29 anos de idade, começou a apresentar sintomas após regressar de uma recente viagem a Salvador e São Paulo. A paciente deu entrada na UPA Centro e, em seguida, foi encaminhada ao Ponto de Apoio. No local, foi examinada por uma equipe médica que avaliou o quadro como suspeito e com grande possibilidade de um teste positivo. Os médicos fecharam o quadro clínico devido aos principais sintomas, como febre alta, tosse e dificuldade respiratória, e aos próprios relatos de sua viagem. Em seguida, e devido ao diagnóstico, acionaram a equipe técnica da Vigilância Epidemiológica para fazer a coleta do material, enviado no mesmo dia para os laboratórios do Estado do Rio de Janeiro.

A partir deste ponto vem existindo um espaço de tempo além do previsto pela prefeitura para a confirmação dos resultados dos demais pacientes. Isso tem ocorrido devido ao excesso de exames realizados pelos laboratórios, atualmente para três Estados do Brasil. Segundo informações, os laboratórios têm apenas uma prioridade: casos em que os pacientes suspeitos vieram a óbito. A medida tem como objetivo voltar à atenção dos agentes de saúde às famílias que, inadvertidamente, mantiveram contato com o paciente. Médicos explicam, ainda, que nem todos os pacientes necessitam fazer os testes.

“Fazemos a coleta apenas de pacientes que apresentam um quadro clínico compatível com a Covid-19. Após a coleta temos a mesma indicação para outros casos. Pedimos para que os pacientes fiquem casa e se mantenham em isolamento. Casos mais graves são encaminhados às unidades de saúde imediatamente”, explicou o médico infectologista e professor da FMP/Fase, José Henrique Castrioto.

Segundo a Diretora de Vigilância em Saúde, Elisabeth Wildberger, nos casos em que pacientes dão entrada em unidades privadas da cidade o trâmite não sofre muitas alterações.

“Nesse caso os médicos devem fazer a avaliação e entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica para que nós façamos a coleta ou levemos o equipamento para que eles mesmos executem o procedimento. As unidades particulares têm um número disponível 24 horas para entrar em contato com a gente. O problema é que muitos não fazem esse contato e, quando fazem, apresentam um atraso de dois ou três dias. Isso faz com que a demora nos resultados seja ainda maior”, disse.

A Secretária de Saúde, Fabiola Heck, insiste em lembrar que apenas os exames realizados pelo Estado podem ser contabilizados para o município.

“O que precisa ficar claro é que a Secretaria de Saúde trabalha com os números divulgados pelo Estado. Apenas esses são válidos para nós e é com eles que temos trabalhado. Precisamos ter um agente centralizador dessa estatística, nesse caso o Estado, caso contrário, perderíamos totalmente o controle. As pessoas não estão proibidas de fazerem o exame na rede privada, mas esse resultado não poderá ser contabilizado para Petrópolis”, disse.

As palavras da secretária podem ser explicadas de forma ainda mais clara. Petrópolis contabiliza, hoje, apenas os números oficiais, isto é, os números declarados pelos laboratórios do Estado. Todos os outros resultados, feitos por laboratórios particulares, não entram para a estatística da cidade por se tratar de números não oficiais. “Além do mais algumas unidades de saúde privadas vêm agindo com total irresponsabilidade por estarem divulgando números, internações e mortes atribuídas à doença sem a certeza de confirmação por parte dos exames realizados”, acrescentou.

A prefeitura aguarda até a ‪próxima sexta-feira, mais resultados coletados na última semana para atualizar seus boletins. “Precisamos que todos entendam que estamos juntos nesta luta. Temos feito o possível e o impossível para que todos permaneçam seguros e bem informados sobre esse assunto e vamos continuar nessa luta até o fim. Esse é o meu compromisso com o povo petropolitano”, concluiu o prefeito Bernardo Rossi.

Boletim Epidemiológico

 

Fonte:  Prefeitura de Petrópolis

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O mês de agosto é conhecido como "Agosto Dourado", uma campanha mundial que visa promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo e adequado para os bebês nos primeiros meses de vida. A campanha, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, além de incentivar a doação de leite humano para bebês prematuros e internados em UTIs neonatais. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a Dra. Nathalia Veiga Moliterno, pediatra, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora da UTI Neonatal do HEAC, salienta a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano. Confira: Qual a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê? Dra. Nathalia: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver de forma saudável. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e reduz o risco de doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes. Além dos benefícios nutricionais, o que mais o leite materno oferece ao recém-nascido? Dra. Nathalia: O leite materno é muito mais do que apenas um alimento, pois ele contém anticorpos e células de defesa que fortalecem o sistema imunológico do bebê. Também ajuda na maturação do intestino, no desenvolvimento neurológico e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é essencial para a saúde emocional. Quais são os principais desafios que as mães enfrentam na amamentação e como superá-los? Dra. Nathalia: Entre os desafios mais comuns estão dor nos primeiros dias, fissuras nos mamilos, insegurança sobre a quantidade de leite produzida e, muitas vezes, falta de apoio da rede familiar ou social. Superar essas dificuldades passa por uma boa orientação sobre pega e posição, acompanhamento de profissionais de saúde treinados e, principalmente, acolhimento sem críticas, para que a mãe se sinta confiante. Como os profissionais de saúde podem apoiar melhor as mães durante o processo de amamentação? Dra. Nathalia: O apoio deve começar ainda no pré-natal e na maternidade, com informações sobre como iniciar a amamentação corretamente. É importante observar e corrigir a pega, ouvir as angústias da mãe, oferecer soluções práticas e fortalecer sua confiança. Além disso, criar grupos de apoio e facilitar o acesso ao Banco de Leite também fazem diferença. Quem pode doar leite humano e quais são os critérios básicos para a doação? Dra. Nathalia: Qualquer pessoa saudável que esteja amamentando e tenha leite excedente pode doar. O único cuidado é não fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. O processo é simples, seguro e cada doadora recebe orientação sobre higiene e armazenamento adequado do leite. Qual é o impacto da doação de leite humano para os bebês internados em UTIs neonatais? Dra. Nathalia: Para os bebês prematuros ou em estado grave, o leite humano doado pode ser decisivo para a sobrevivência. Ele reduz drasticamente o risco de infecções, enterocolite necrosante e outras complicações graves. É um verdadeiro "remédio natural" que melhora a recuperação e aumenta as chances de alta hospitalar. Há riscos para o bebê que recebe o leite doado? Dra. Nathalia: Não. Todo o leite doado passa por um processo rigoroso no Banco de Leite: seleção das doadoras, pasteurização e testes microbiológicos. Somente após garantir total segurança ele é oferecido aos bebês. Como a população pode ajudar a incentivar a cultura da doação de leite materno? Dra. Nathalia: A população pode ajudar divulgando informações corretas, apoiando as mães que amamentam e valorizando a importância do leite humano como recurso de vida. Cada frasco doado faz diferença para um bebê internado, e cada gesto de incentivo fortalece essa rede de solidariedade. Como efetivar a doação de leite materno em Petrópolis? Dra. Nathalia: Em Petrópolis, as mães podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano do Hospital Alcides Carneiro, através dos telefones: (24) 2236-6634 ou (24) 98143-9904. O hospital fornece os frascos de vidro esterilizados e orienta todo o processo de coleta. Inclusive, há um serviço de coleta domiciliar, o que facilita muito para as doadoras. Basta se cadastrar e a equipe organiza a retirada do leite.