Entenda os termos que explicam a pandemia do Covid – 19

24 de março de 2020
Entenda os termos que explicam a pandemia do Covid – 19

Nos últimos dias, uma série de termos técnicos entrou no cotidiano de milhões de brasileiros, devido a pandemia de Covid-19.  Por isso,  a FMP/Fase organizou um glossário das principais expressões ligadas à pandemia  do coronavírus para evitar confusões e esclarecer as medidas que estão sendo tomadas.

Confira:

Casos confirmados  – Pacientes que apresentam o sintomas e cujo teste confirmou a presença do vírus no organismo.

Casos suspeitos –  Pacientes que apresentam o sintomas, entraram em contato com outras pessoas com coronavírus e/ou viajarem recentemente mas que ainda não receberam a confirmação dos exames sobre a presença do coronavírus no organismo.

Coronavírus –  É uma família de vírus. Existem vários tipos de coronavírus – a mutação que está causando a pandemia atual é apenas mais um. Os coronavírus podem causar desde um resfriado comum até outras doenças mais graves, como a MERS e a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). O novo coronavírus foi chamado de SARS-CoV-2 e causa a Covid-19.

COVID-19 –  É o nome da doença causada pelo novo coronavírus.

Distanciamento Social –  Medidas tomadas para reduzir o contato entre as pessoas, inclusive as não-infectadas, como fechamento de bares e restaurantes ou a introdução de home office, o trabalho em casa. É realizado para desacelerar a disseminação de uma doença e é o que o maioria dos brasileiros está fazendo atualmente.

Epidemia –  Um aumento no número de casos de uma doença acima do que é normalmente esperado para a população de uma determinada área.

Estado de Calamidade Pública –  É decretado quando situações de danos à saúde e aos serviços públicos já estão em curso. Permite aos governos locais e federal obter e gastar recursos de forma facilitada.

Estado de Emergência –  É decretado quando há iminência de danos à saúde e aos serviços públicos. Permite aos governos locais e federal adotar medidas com menos burocracias.

Gripe espanhola –  O coronavírus é comparado com a gripe espanhola de 1918, considerada uma das pandemias mais mortais da história. Causada pela mutação de um dos vírus da gripe, o influenza, a gripe infectou 500 milhões de pessoas, 25% da população do planeta.

Grupo de risco –  Pessoas que correm grande risco de serem infectadas ou terem complicações caso ocorra o contágio. No caso do coronavírus, os grupos de risco são idosos, fumantes e pessoas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

Isolamento Domiciliar –  Pacientes que apresentam sintomas leves e foram diagnosticados com Covid-19 e que permanecem em casa, isoladas, até a recuperação. É a separação de pessoas doentes das pessoas saudáveis.

Máscara N-95 –  Equipamento usado para evitar a dispersão do vírus. Deve ser utilizada apenas por aqueles que estão infectados.

Paciente assintomático –  Aqueles que, embora já estejam com coronavírus no corpo, não apresentam nenhum sintoma. Apesar dessa condição, eles podem transmitir a doença.

Pandemia –  Uma epidemia que se espalha por vários países e continentes.

Período de incubação –  Tempo decorrido entre o momento do contágio e os primeiros sintomas, como febre e tosse seca. No caso do coronavírus, o período de incubação é de dois a 14 dias e, durante esse intervalo, o infectado já é capaz de contaminar outras pessoas, mesmo sem nenhum sintomas.

Quarentena –  Separação e restrição de movimento de pessoas saudáveis que já foram expostas à doença para evitar a transmissão.

Respirador –  Equipamento hospitalar usado para introduzir ar nos pulmões por meio de um tubo introduzido pela boca ou nariz de um paciente.

Taxa de Letalidade –  É o número de pessoas, em média, que morrem após contrair a doença. Esse número é o resultado da divisão entre o total de mortes causadas pela doença e o número total de casos. Cada país e local terá uma taxa de letalidade diferente, dependendo de fatores como a agilidade no diagnóstico e a capacidade do sistema de saúde.

Taxa de Mortalidade –  Ao contrário da taxa de letalidade, é calculada pela divisão do número de mortos por toda a população, não apenas o número de infectados. É o risco de qualquer pessoa na população tem de morrer por causa da doença.

Telemedicina –  Atendimento médico à distância. Permite que médicos analisem laudos, exames ou recomendem um remédio de forma remota.

Transmissão Comunitária –  Quando a infecção é descoberta em uma pessoa que não viajou recentemente e não tem conexão com nenhum caso conhecido. Em outras palavras, quando os médicos não conseguem identificar como a pessoa foi infectada.

OMS –  Organização Mundial da Saúde, órgão da Organização das Nações Unidas.

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O mês de agosto é conhecido como "Agosto Dourado", uma campanha mundial que visa promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo e adequado para os bebês nos primeiros meses de vida. A campanha, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, além de incentivar a doação de leite humano para bebês prematuros e internados em UTIs neonatais. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a Dra. Nathalia Veiga Moliterno, pediatra, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora da UTI Neonatal do HEAC, salienta a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano. Confira: Qual a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê? Dra. Nathalia: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver de forma saudável. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e reduz o risco de doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes. Além dos benefícios nutricionais, o que mais o leite materno oferece ao recém-nascido? Dra. Nathalia: O leite materno é muito mais do que apenas um alimento, pois ele contém anticorpos e células de defesa que fortalecem o sistema imunológico do bebê. Também ajuda na maturação do intestino, no desenvolvimento neurológico e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é essencial para a saúde emocional. Quais são os principais desafios que as mães enfrentam na amamentação e como superá-los? Dra. Nathalia: Entre os desafios mais comuns estão dor nos primeiros dias, fissuras nos mamilos, insegurança sobre a quantidade de leite produzida e, muitas vezes, falta de apoio da rede familiar ou social. Superar essas dificuldades passa por uma boa orientação sobre pega e posição, acompanhamento de profissionais de saúde treinados e, principalmente, acolhimento sem críticas, para que a mãe se sinta confiante. Como os profissionais de saúde podem apoiar melhor as mães durante o processo de amamentação? Dra. Nathalia: O apoio deve começar ainda no pré-natal e na maternidade, com informações sobre como iniciar a amamentação corretamente. É importante observar e corrigir a pega, ouvir as angústias da mãe, oferecer soluções práticas e fortalecer sua confiança. Além disso, criar grupos de apoio e facilitar o acesso ao Banco de Leite também fazem diferença. Quem pode doar leite humano e quais são os critérios básicos para a doação? Dra. Nathalia: Qualquer pessoa saudável que esteja amamentando e tenha leite excedente pode doar. O único cuidado é não fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. O processo é simples, seguro e cada doadora recebe orientação sobre higiene e armazenamento adequado do leite. Qual é o impacto da doação de leite humano para os bebês internados em UTIs neonatais? Dra. Nathalia: Para os bebês prematuros ou em estado grave, o leite humano doado pode ser decisivo para a sobrevivência. Ele reduz drasticamente o risco de infecções, enterocolite necrosante e outras complicações graves. É um verdadeiro "remédio natural" que melhora a recuperação e aumenta as chances de alta hospitalar. Há riscos para o bebê que recebe o leite doado? Dra. Nathalia: Não. Todo o leite doado passa por um processo rigoroso no Banco de Leite: seleção das doadoras, pasteurização e testes microbiológicos. Somente após garantir total segurança ele é oferecido aos bebês. Como a população pode ajudar a incentivar a cultura da doação de leite materno? Dra. Nathalia: A população pode ajudar divulgando informações corretas, apoiando as mães que amamentam e valorizando a importância do leite humano como recurso de vida. Cada frasco doado faz diferença para um bebê internado, e cada gesto de incentivo fortalece essa rede de solidariedade. Como efetivar a doação de leite materno em Petrópolis? Dra. Nathalia: Em Petrópolis, as mães podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano do Hospital Alcides Carneiro, através dos telefones: (24) 2236-6634 ou (24) 98143-9904. O hospital fornece os frascos de vidro esterilizados e orienta todo o processo de coleta. Inclusive, há um serviço de coleta domiciliar, o que facilita muito para as doadoras. Basta se cadastrar e a equipe organiza a retirada do leite.