UNIFASE/FMP cria projeto pioneiro para detalhar mapa participativo em áreas de risco

17 de junho de 2024
UNIFASE/FMP cria projeto pioneiro para detalhar mapa participativo em áreas de risco

Comunidade que cuida da vida começa no Posto de Saúde da Família da Estrada da Saudade

Equipes das Unidades de Saúde da Família geridas pelo Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) – na Estrada da Saudade, Machado Fagundes, Boa Vista e Nova Cascatinha – tiveram, nas últimas semanas, três primeiros encontros com técnicos da Defesa Civil Municipal para o desenvolvimento de um projeto pioneiro que visa o detalhamento do mapa participativo de áreas de risco do município. O projeto piloto intitulado “Comunidade que cuida da vida” prevê a coleta de dados específicos sobre as famílias dessas áreas, contribuindo para avanços na percepção de riscos pela comunidade e o aprimoramento das ações visando a orientação dos moradores. 


Professora da UNIFASE/FMP, Lívia Teixeira, que é supervisora das cinco equipes de Unidades de Saúde da Família geridas pela UNIFASE/FMP explica que, com o aprimoramento da coleta de dados a partir do projeto da instituição, será possível, por exemplo, mapear casos específicos de acamados, pessoas com dificuldades de locomoção e outras especificidades, indicando a necessidade de ações adicionais para remoção destas pessoas em casos de condições – sejam meteorológicas ou geológicas – que exijam a saída de suas casas. 


“A UNIFASE/FMP incluiu no currículo de seus cursos a temática ambiental, estimulando pesquisas e ações voltadas à sustentabilidade e à redução e riscos de desastres. Sendo assim, estamos levando esta questão também aos nossos Postos de Saúde da Família, com nossas equipes e alunos em trabalhos de campo. Neste primeiro momento, a atenção está voltada à capacitação das nossas equipes, com enfermeiros, técnicos, agentes comunitários e outros, tratando do mapeamento participativo e identificação de risco”, detalhou. 


O trabalho de campo será iniciado com as duas equipes de Estratégia de Saúde da Família da Estrada da Saudade, que já passaram também por treinamento para inserção dos dados no mapa digital de risco. “Vamos fazer o mapa de risco e apontar as unidades sensíveis a desastres e também às ondas de calor. Vamos identificar domiciliados, acamados, pontos de apoio e rotas de fuga, contribuindo de forma decisiva para esse grande mapa que norteia as ações do poder público”, frisou. 


A expectativa é que a coleta de dados na Estrada da Saudade seja concluída até o início de agosto, abrindo espaço para o mapeamento em uma nova área, dentre as alcançadas pelas equipes de Saúde da Família da UNIFASE/FMP. A segunda etapa está prevista para a região de Machado Fagundes.


Além das equipes de território dos PSF’s e da Defesa Civil, também participaram do primeiro encontro representantes do Ministério Público Estadual, Fiocruz, e SOS Serra.

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.