TCC de aluna de Enfermagem da UNIFASE auxilia pacientes ostomizados em Petrópolis

1 de agosto de 2024
TCC de aluna de Enfermagem da UNIFASE auxilia pacientes ostomizados em Petrópolis

Os desafios enfrentados pelos pacientes ostomizados, principalmente no momento da alta hospitalar, onde estes ainda não estão preparados para processar as informações recebidas sobre os cuidados com as ostomias, chamaram a atenção da acadêmica de Enfermagem da UNIFASE Nathalia Carvalho, que decidiu utilizar o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para criar um conteúdo informativo que auxiliasse, em todos os aspectos, os pacientes ostomizados em Petrópolis, após a alta hospitalar.


“Humanizar a assistência significa colocar o paciente no centro das ações de cuidado. Geralmente, as informações sobre os cuidados são passadas para os acompanhantes ou familiares, mas fornecer essas informações diretamente ao paciente promove autonomia e favorece o autocuidado. Isso torna o paciente mais informado e ativo no seu processo de tratamento, reduzindo a dependência de terceiros e aumentando a confiança em sua recuperação. Sempre ouvi dos meus professores que todo enfermeiro é um educador,

independentemente da área de atuação. Cada pessoa é única e possui necessidades diferentes e, por isso, o site foi desenvolvido com o intuito de fornecer informações úteis e relevantes para pessoas com ostomias de todas as idades, condições sociais e de saúde”, explica a enfermeira Nathalia Carvalho, que concluiu sua graduação em dezembro de 2023.


A ostomia é um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no corpo para a eliminação de fezes ou urina, por meio de uma bolsa coletora externa, sendo essencial para pacientes que enfrentam determinadas condições médicas. De acordo com dados da Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), estima-se que existam aproximadamente 120 mil ostomizados em todo o país. Esse número reflete a realidade de pacientes que passaram por cirurgias de ostomia, muitas vezes decorrentes de câncer colorretal, doenças inflamatórias intestinais, traumas abdominais ou complicações cirúrgicas.


“As ostomias são intervenções necessárias, que muitas vezes não são bem compreendidas pelo paciente. No momento da alta esse processo toma maiores proporções, porque ele sabe que terá que cuidar e conviver com essa nova condição. É nesse momento que o TCC da Nathalia vem contribuindo muito na aceitação dessa nova condição de vida, pois é oferecido ao paciente material informativo com orientações para lidar com as ostomias, que está inserido em um site e pode ser acessado através da leitura de um QR Code

pelo celular. A mudança de vida desse paciente ocorre em todas as condições, sendo necessário oferecer informações em todos os âmbitos”, salienta Rosangela Amaral, preceptora, coordenadora da Residência de Enfermagem Obstétrica da UNIFASE e coordenadora do Centro Cirúrgico do Hospital de Ensino Alcides Carneiro, que foi a orientadora do TCC da Nathalia.


O percentual de cirurgias de ostomia no Brasil ainda é difícil de ser mensurado com precisão devido à escassez de dados detalhados, mas estima-se que as cirurgias relacionadas ao câncer colorretal sejam as principais responsáveis pela criação de ostomias, seguidas por doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.


“A vida de um paciente ostomizado não se limita apenas ao procedimento cirúrgico. Há desafios físicos, emocionais e sociais a serem superados. A adaptação ao uso da bolsa coletora pode ser complicada, exigindo suporte contínuo de profissionais de saúde, além de apoio psicológico para lidar com as mudanças corporais e a possível estigmatização social. Então, esse TCC tem grande importância, uma vez que ao acessar o site, o paciente irá conseguir tirar dúvidas em todos os aspectos, físico, social, sexual, nutricional e psicológico. Esse trabalho já beneficiou vários pacientes no momento da alta, pois é um site bem completo, com informações importantes concedidas por uma equipe multiprofissional, além de abordar mitos e verdades que envolvem as ostomias”, destaca a orientadora.


No Brasil, o Dia Nacional dos Ostomizados, celebrado em 16 de novembro, é uma oportunidade para reforçar a importância da conscientização e do apoio aos pacientes. A data também serve para mobilizar a sociedade e os governos em prol de melhores condições de vida para essas pessoas. Para ter mais informações sobre o tema, acesse o site criado pela Nathalia Carvalho e compartilhe conhecimento: https://63fcfb53884b0.site123.me/

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Alunos da UNIFASE e da Universidade da República (Uruguai) vivenciam experiência imersiva no Quilombo Boa Esperança

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.