UNIFASE nas Olímpiadas de Paris

25 de julho de 2024
UNIFASE nas Olímpiadas de Paris

Especialistas em Psicologia do Esporte explicam o trabalho de preparação mental dos atletas brasileiros para competições na Olimpíada Paris 2024


A preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos 2024 em Paris está a todo vapor, e a busca por resultados expressivos envolve mais do que treinamento físico e técnico. O trabalho mental, auxiliado pelos profissionais da Psicologia do Esporte, tem se mostrado crucial para o sucesso nas competições. É exatamente neste contexto que duas professoras da Pós-graduação em Psicologia do Esporte do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE), Daniele Seda e Nathália Cardoso, se destacam como integrantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).


“Os atletas, por terem um ofício de alta performance, visibilidade e cobrança, são passíveis de desenvolverem transtornos de ansiedade, estresse, alimentares e até depressivos, cerca de três a quatro vezes mais do que a população comum. Existem protocolos em Psicologia do Esporte que permitem verificar melhora significativa de rendimento esportivo. As nações que mais têm psicólogos atuando, são as que conquistam mais medalhas. Esse é um indicador do benefício direto no desempenho esportivo dos atletas que contam com o trabalho multidisciplinar. No trabalho que desenvolvo com os atletas, geramos autoconhecimento e desenvolvemos protocolos para lidarem com o treinamento, rendimento e para trabalharem em equipe, inclusive com os outros profissionais da comissão”, explica a especialista em Psicologia do Esporte e professora da UNIFASE, Daniele Seda.


Os psicólogos do esporte desempenham um papel fundamental na rotina dos atletas, ajudando-os a lidar com a pressão, a ansiedade e o estresse que grandes eventos esportivos inevitavelmente trazem. Técnicas de visualização, controle da respiração e gestão emocional são alguns dos métodos utilizados para fortalecer a mente dos atletas antes, durante e após as competições.


“Estou acompanhando a comissão técnica da equipe de vela, em Marseille, onde acontecerá a competição, e atletas que competem no tiro com arco e no levantamento de peso. Durante os Jogos é garantir que os atletas consigam manter sua rotina de treinamento mental e de cuidado com sua saúde mental, trabalhar em conjunto com os técnicos e demais profissionais de saúde, assim como acolher e trabalhar em cima das demandas que surgirem, blindando os atletas para que saibam como lidar com questões externas que ocorram durante as competições”, salienta.


A importância desse suporte dos especialistas em Psicologia do esporte vai além do desempenho esportivo. Um atleta mentalmente preparado tem mais capacidade de superar adversidades, manter o foco durante as competições e, principalmente, desfrutar do processo esportivo com mais equilíbrio e satisfação. “Durante a realização dos Jogos de Paris, darei o suporte psicológico para aqueles que estão competindo e continuarei exercendo outras funções no Centro de Treinamento com os atletas que continuam tendo outras

competições para além dos Jogos Olímpicos. Os atletas que atendo e que estão classificados serão atendidos de forma on-line, mas teremos outros profissionais da nossa equipe que darão o suporte para os atletas brasileiros in loco, na França, como é o caso da Daniele. Acredito que a Psicologia do Esporte vem crescendo de maneira proporcional ao aumento da conscientização sobre a importância dos aspectos psíquicos no ambiente esportivo. Cada vez mais, tem sido notado que dentro de um ambiente onde os atletas de alto rendimento são levados ao seu limite físico, a todo momento, para alcançarem uma boa colocação ou baterem recordes e marcas, o psicológico é muitas vezes deixado de lado, o que pode ter impactos severos na saúde geral do esportista. Hoje, falar a respeito da saúde mental no esporte virou pauta necessária”, destaca a especialista em Psicologia do Esporte e professora da UNIFASE, Nathália Cardoso.


Com o apoio desses profissionais, os atletas brasileiros chegam a Paris não só fisicamente aptos, mas mentalmente fortalecidos, prontos para representar o país com garra e determinação. “O corpo e a mente não são opostos, nem completamente distintos, mas complementares. Tanto para manter a saúde e o bem-estar dos atletas, quanto para um aumento no nível da performance, o cuidado com a saúde mental é parte essencial. Atendo atletas de diversas modalidades, do surf e das lutas, aos esportes coletivos. Para se conseguir uma boa performance, é fundamental estar bem física e psicologicamente”, afirma Nathália.


Clévia Sies, coordenadora do curso de Pós-Graduação em Psicologia do Esporte da UNIFASE, está muito orgulhosa do desempenho das especialistas. “Estamos na quarta turma da Pós-Graduação em Psicologia do Esporte, com previsão da quinta turma para março de 2025. A Nathália Cardoso foi nossa aluna da primeira turma. Diante do excelente desenvolvimento dela, eu a convidei para ser professora do nosso curso de pós-graduação. A Daniele Seda é nossa docente desde a primeira turma da pós-graduação. Então, são

duas professoras de excelência que agora fazem parte da Comissão do Comitê Olímpico Brasileiro. Fico muito feliz ao ver o trabalho fantástico que elas estão desenvolvendo com os atletas e por ver como os frutos da nossa especialização estão sendo colhidos pelos especialistas que formamos e entregamos ao mercado de trabalho”, pontua.

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.