O papel transformador da Paternidade Ativa na vida familiar é tema de pesquisa financiada pela FAPERJ na UNIFASE

26 de janeiro de 2024
O papel transformador da Paternidade Ativa na vida familiar é tema de pesquisa financiada pela FAPERJ na UNIFASE

Um conceito que vai além do simples papel de provedor financeiro, a Paternidade Ativa destaca uma abordagem mais envolvente e participativa por parte dos homens na criação e na educação dos filhos. A prática, que provoca reflexão sobre as questões de gênero e busca promover uma dinâmica familiar mais equitativa e enriquecedora, é tema de projeto de Iniciação Científica desenvolvido dentro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Enfermagem do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE), que foi selecionado pela

Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).


Professora da UNIFASE e orientadora do projeto, a enfermeira Natália Duarte explica que a pesquisa, que é desenvolvida por alunos do 8º período do curso de Enfermagem, visa contribuir com a sociedade buscando estratégias para a promoção de uma paternidade ativa, através do reconhecimento dos saberes sociais e valorização das práticas sociais. “As bolsas de pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento de ações voltadas às demandas sociais, pois a pesquisa só existe para atender às necessidades de uma sociedade, potencializando o que já existe e criando formas de lidar com diversos dilemas”, destaca, lembrando que o projeto Paternidade Ativa busca desconstruir os estereótipos relacionados aos gêneros, apontando as responsabilidades e habilidades que os pais têm a oferecer no desenvolvimento emocional, educacional e social dos filhos.


Aluno do curso de Enfermagem da UNIFASE, Fábio Pamplona Marcolino, que foi contemplado pela bolsa da FPERJ em função da pesquisa, diz que o tema surgiu em sala de aula. “Me senti incomodado com falas de colegas que apontavam que, na criação dos filhos, as mulheres eram prejudicadas porque ficavam com o trabalho mais pesado, enquanto aos homens restava a parte boa do processo. Discordei porque sou pai e sempre participei ativamente da vida da minha filha desde o início”, detalhou, lembrando que o grupo de

trabalho é formado, ainda, pelas estudantes Anna Villela de Paula e Laura Schmitt Oliveira.

“A pesquisa tem sido uma ferramenta de reconstrução da minha visão sobre os cuidados nesse período da vida, me auxiliando a perceber melhor as necessidades e dificuldades que as pessoas têm no momento da gestação, parto e puerpério. O projeto mudou minha visão de que o pai era apenas um figurante, já que encontramos muitos homens extremamente ativos e participativos, que abraçam o momento e realmente estão ao lado da parceira durante todas as etapas. Venho quebrando muitos preconceitos que tinha

sobre o que é ser pai e criar essa perspectiva tem sido muito gratificante”, comenta Anna Villela.


A aluna Laura Schmitt Oliveira explica que, nos campos de estágio, uma coisa que a intrigou foi perceber a ausência da presença paterna na sala de parto. “Nossa pesquisa é uma ferramenta crucial para alertar tanto os profissionais de saúde quanto os pais em busca de informações, para que sejam auxiliados neste período tão especial da vida”, salienta.

Os desafios enfrentados pelos pais, como pressões sociais e profissionais, também ficam em evidência na pesquisa. Por outro lado, há ênfase no apoio crescente de empresas modernas com políticas de licença parental e flexibilidade no trabalho que precisam ser adotadas por todos os empresários.

“É certo que a Paternidade Ativa não é apenas uma mudança comportamental, mas uma transformação de mentalidade que beneficia toda a sociedade, contribuindo para famílias saudáveis e uma geração equilibrada”, destaca o estudante Fábio Pamplona.

Coordenadora de Pesquisa da UNIFASE, a professora Ana Maria Rodrigues dos Santos lembra que a UNIFASE/FMP oportuniza aos estudantes o contato com a pesquisa e possibilita a interação dos alunos com docentes nos diferentes cenários e áreas de pesquisa da instituição. “Também contribui para o desenvolvimento do pensamento reflexivo e científico, estimula a formação de massa crítica capaz de elaborar questões relevantes para avaliação de práticas nas diferentes áreas do conhecimento e salienta a discussão de temas relevantes como a ética e a integridade em pesquisa, despertando vocações acadêmicas”, finaliza.


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Uma alimentação adequada pode ser uma forte aliada na luta contra o câncer, tanto na prevenção quanto durante o tratamento. Com o objetivo de ampliar o conhecimento e o debate sobre o tema, a UNIFASE vai realizar no dia 28 de abril, das 8h às 16h, o Seminário de Nutrição “Nutrição e Câncer: Ciência, Prevenção e Cuidado”. O evento tem como propósito promover a atualização científica sobre a relação entre nutrição e câncer, abordando aspectos preventivos e terapêuticos, além de estimular o pensamento crítico dos alunos de Nutrição sobre o impacto da alimentação na oncologia. “O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Diante do constante aumento do número de casos e da relação entre hábitos alimentares, estado nutricional e a redução ou o aumento do risco de doenças, é imprescindível nos debruçarmos cada vez mais sobre o tema. A Nutrição tem um papel central nesse processo de enfrentamento, com a possibilidade de melhorias na resposta aos medicamentos, redução dos efeitos colaterais e promoção da qualidade de vida. Destaca-se ainda que uma das principais atribuições do nutricionista é orientar, apoiar e promover hábitos alimentares saudáveis, que certamente podem fazer toda a diferença na vida de seus pacientes”, explica Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição da UNIFASE. O seminário será uma oportunidade enriquecedora para aprofundar conhecimentos e reforçar o papel essencial da nutrição na saúde pública e na vida dos pacientes oncológicos. A professora Thaise Gasser, destaca a relevância da temática e o papel central dos nutricionistas nesse contexto. “Falar sobre nutrição e câncer também é falar sobre a formação dos futuros nutricionistas. Essa é uma área que exige muito mais do que conhecimento técnico: exige sensibilidade, escuta e atualização constante. O câncer não é uma condição única — ele se apresenta de formas diferentes e exige condutas adequadas à realidade da pessoa. Por isso, é essencial que a graduação prepare o nutricionista para lidar com essa complexidade, oferecendo ferramentas para atuar com competência técnica e compaixão. É importante que a pessoa encontre no nutricionista não só alguém que orienta, mas que acolhe, apoia e contribui ativamente para a sua qualidade de vida”, disse ela.  O seminário é voltado para estudantes e profissionais de Nutrição, bem como demais interessados no tema, e contará com palestras que abordam diferentes vertentes do cuidado nutricional em pacientes oncológicos. A programação completa e as inscrições estão no site: https://www.unifase-rj.edu.br/evento-de-extensao/seminario-nutricao-2025