Levantamento da ONU revela que Brasil lidera casos de ansiedade no mundo

24 de julho de 2024
Levantamento da ONU revela que Brasil lidera casos de ansiedade no mundo

Especialista explica a importância de a população buscar ajuda profissional e destaca a reflexão trazida pelo filme Divertidamente 2.

O Brasil ocupa uma posição alarmante no cenário mundial: é o país com mais casos de ansiedade no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, representando cerca de 9,3% da população. Essa realidade reforça a necessidade urgente de os brasileiros reconhecerem os sintomas para que saibam quando devem buscar ajuda profissional e possam entender mais sobre essa condição que afeta a vida de tantas pessoas.


O médico Thiago Coronato, psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) explica que a ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, mas quando se torna crônica e excessiva, pode interferir seriamente na vida diária.


“Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem preocupação constante, medo irracional, palpitações, falta de ar, tremores, entre outros. É essencial identificar esses sinais e procurar ajuda profissional para um diagnóstico adequado e tratamento eficaz. É importante salientar que o tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, medicamentos, técnicas de relaxamento e mudanças no estilo de vida. Psicólogos e psiquiatras são os profissionais capacitados para ajudar a entender e gerenciar os sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para quem sofre com a ansiedade”, destaca.


A ansiedade é uma questão de saúde pública que precisa ser tratada com seriedade. O Brasil, estando no topo do ranking mundial de casos, deve intensificar os esforços para promover a conscientização e facilitar o acesso ao tratamento. Filmes como Divertidamente 2, que está em cartaz e é destaque de bilheteria em todo o país, oferece uma reflexão profunda sobre os sentimentos humanos, sendo uma ferramenta valiosa para iniciar conversas importantes sobre saúde mental, mostrando que todos os sentimentos são válidos e que buscar ajuda é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.


“O interessante neste filme é a abordagem de como é necessário que as pessoas reconheçam e aceitem seus sentimentos, promovendo uma compreensão mais ampla sobre as questões neurológicas e psicológicas. Divertidamente 2 não apenas entretém, mas também educa, sensibilizando o público sobre a importância de cuidar da saúde mental. A narrativa apresenta de maneira acessível como as emoções, quando mal compreendidas ou reprimidas, podem levar a problemas como a ansiedade, e por isso é fundamental a abertura ao diálogo e buscar ajuda para conversar sobre os sentimentos, sendo passos fundamentais para o bem-estar”, finaliza o psiquiatra.

Fisioterapia na Atenção Primária à Saúde: uma atuação que vai além da reabilitação

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Alunos da UNIFASE e da Universidade da República (Uruguai) vivenciam experiência imersiva no Quilombo Boa Esperança

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.