Ensaio Expositivo: Meio ao meio há meio

2 de fevereiro de 2023
Ensaio Expositivo: Meio ao meio há meio

O Centro Cultural do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), a partir desta sexta-feira (03/02) recebe o ensaio expositivo Meio ao meio há meio, com obras realizadas por integrantes de cursos livres da Escola de Artes do Parque Lage (Rio de Janeiro/RJ), sob orientação curatorial da curadora, artista, pesquisadora e docente Sonia Salcedo del Castillo. O ensaio expositivo faz parte da programação da 1ª Jornada da Virada Climática da UNIFASE/FMP e foi idealizado em três pilares: Bem viver, Transformação e Ancestralidade, inspirado pelas ideias oriundas do conceito de “bem viver” proposto pelo sociólogo Alberto Acosta. Os interessados em conferir as obras, podem fazer a visitação de 03 de fevereiro a 18 de março de 2023. A entrada é gratuita.

 

Meio ao meio há meio

Texto desenvolvido no processo coletivo dos participantes:
Adriana Mendonça – Camilo Moreira – Clarice Rito – Claudio Partes – Estela Camillo – Gustavo Assis – Inês Cavalcanti – Josiana Oliveiras – Marta Monteiro – Maria Eduarda Pessoa – Rosangela Brito – Yasmin Falcão

Não há nada melhor do que imaginar outros mundos quando nos damos conta do quanto é doloroso o mundo em que vivemos. O fazer artístico pode (deve) encorajar a atitude e mudança de nossa relação com a natureza e nosso lugar no mundo.

O ensaio expositivo Meio ao Meio há Meio é resultado do curso Exposições como Meio (Escola de Artes Visuais do Parque Lage – EAV/ RJ ministrado por Sonia Salcedo delCastillo). Seu escopo veio ao encontro da reflexão sobre o meio ambiente: objeto de pesquisa proposto pela UNIFASE/FMP. Dessa forma, o grupo aqui reunido (alunos, artistas convidados, designers, arquitetos, professores) concebeu esta mostra como uma oferta imaginada e inspirada pelas ideias oriundas do conceito de “bem viver” proposto pelo sociólogo Alberto Acosta. No pensamento do autor, o “bem viver” é promessa de futuro como um acontecimento e não como ameaça.

Bem viver é uma oportunidade para construir outra sociedade sustentada em uma convivência cidadã. A diversidade e a harmonia com a natureza a partir do conhecimento dos diversos povos e culturas existentes no país e no mundo. Isso nos leva a ideia de transformação. Transformação é a capacidade de invenção apesar das adversidades. Com o sentimento de coletividade, a transformação acontece e é possível. Ou seja, a transformação só tem sentido se ela pode alcançar a todos, desde nossa ancestralidade até o tempo presente.
Ancestralidade é a noção que carregamos conosco, nossos ancestrais, é vivida não só no nosso corpo como na espiritualidade, é o elo que liga o presente ao passado e futuro, ela traz o sentido de circularidade.

Meio ao Meio há Meio é um ensaio expositivo que traz uma afirmação destinada a reforçar a capacidade humana de reinvenção e reelaboração do nosso entorno. Com o objetivo de sensibilizar o público para interpelar, tensionar, explorar, refletir nosso compromisso

Dessa forma, esse ensaio expositivo foi idealizado no âmbito dos três pilares acima mencionados: Bem viver, Transformação e Ancestralidade.

Bem viver a sustentabilidade nos provoca a refletir sobre o uso que fazemos da materialidade que nos envolve dia a dia, são produtos de consumo, objetos do cotidiano que podem ser ressignificados nessa busca incessante de nos reinventar nesse meio.

Bem viver transformação traz o observador ao universo de criar um olhar para esse espaço com a intencionalidade de refazer os caminhos percorridos até então. Uma reinvenção, como foi dito, mesmo diante das diversidades.

Bem viver Ancestralidade é nosso pilar de força, de busca por valores ancestrais que nos mantiveram até aqui. Caminhos que foram percorridos e podem ser recuperados, abrigados, afetivamente vamos pensando a transformação tendo por base aqueles que nos guiaram e nos apresentaram um mundo efetivamente humano.

Humanidade e natureza ainda há meio!

Karla Barroso
Suely Lima

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.