DIU: entenda como funciona esse método anticoncepcional

22 de maio de 2023
DIU: entenda como funciona esse método anticoncepcional

Analuce Mussel Dunley Santos

Professora de ginecologia e obstetrícia da UNIFASE/FMP, Mestre em saúde da família.


O DIU é um método anticoncepcional reversível, altamente eficaz, sendo considerado um dos mais seguros em relação a prevenção de gravidez. O risco de engravidar com DIU é menor do que com pílula anticoncepcional. É um método que tem longa duração, podendo durar de 5 a 10 anos, dependendo do tipo de DIU. A grande vantagem da facilidade do uso, ou seja, após inserido, só precisa fazer a revisão com o profissional de saúde, no exame de rotina anual. No Brasil, temos os DIUs não hormonais (de cobre e prata com cobre) e hormonais. Os DIUs não hormonais têm como desvantagem, em algumas pacientes, poder aumentar o sangramento e a cólica durante o período menstrual. Os DIUs hormonais promovem redução ou até parada do fluxo menstrual e cólicas menstruais.


A inserção do DIU pode ser realizada imediatamente no pós-parto ou abortamento e fora destes períodos. Pode ser realizada em consultório e não necessita anestesia, sendo bem tolerada pela grande maioria das pacientes. Alguns profissionais preferem colocar com a paciente menstruada, outros já colocam em qualquer fase do ciclo. Alguns solicitam uma ultrassonografia transvaginal antes da inserção e outros um teste de gravidez, isso depende da rotina de cada um. O importante é ter certeza de que a mulher não está grávida. A maioria dos serviços irá solicitar um exame de preventivo recente para a inserção do DIU. Caso no momento da inserção o profissional verifique uma inflamação do colo uterino muito intensa, talvez seja necessário primeiro fazer o tratamento, para depois inserir o DIU.


No SUS, para método anticoncepcional dispomos do DIU de cobre, estando o hormonal disponível somente para tratamento de patologias que causem, por exemplo, cólicas ou sangramento excessivo como em alguns casos de endometriose ou mioma.


Para a colocação do DIU, basta as pacientes irem ao posto de saúde e expressarem o seu desejo. Alguns postos de saúde da família já disponibilizam este serviço. Os que não tiverem condições de fazê-lo, irão encaminhar a paciente ao serviço de planejamento familiar.


O efeito do DIU é imediato e o retorno à fertilidade também. Isso significa que a partir do momento que a mulher coloca o dispositivo já começa o efeito contraceptivo e, a partir do momento que é retirado, já pode engravidar com segurança, não ficando qualquer efeito residual, mesmo nos DIUs hormonais. O DIU não previne contra infecções sexualmente transmissíveis, para isso deverá ser usado preservativo (camisinha) masculino ou feminino. No ano de 2022, foram inseridos 556 DIUs pelo SUS no município de Petrópolis.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
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Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar