Veganuary: movimento ganha Força no Brasil com reflexões sobre saúde e sustentabilidade

27 de janeiro de 2025
Veganuary: movimento ganha Força no Brasil com reflexões  sobre saúde e sustentabilidade

O Veganuary, movimento global que incentiva as pessoas a adotarem uma dieta vegana durante o mês de janeiro, tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil. A iniciativa, que surgiu no Reino Unido em 2014, visa promover a reflexão sobre os impactos das escolhas alimentares na saúde, no meio ambiente e no bem-estar animal. No país, onde o consumo de carne ainda é culturalmente forte, o debate ganha nuances importantes, especialmente com o apoio de especialistas em nutrição e sustentabilidade.


A professora Natália Oliveira, docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) e Pesquisadora do Observatório de Epidemiologia Nutricional da UFRJ, destaca que o Veganuary não é apenas uma mudança temporária na dieta, mas uma oportunidade para repensar hábitos e seus impactos. “Adotar uma alimentação vegana, mesmo que por um mês, pode trazer benefícios significativos para a saúde, como a redução do risco de doenças cardiovasculares e a melhoria da digestão. Além disso, é uma chance de experimentar novos sabores e descobrir que uma dieta à base de plantas pode ser saborosa e nutritiva”, afirma.


Além dos benefícios individuais, a professora ressalta o impacto coletivo dessa escolha. “A pecuária é uma das atividades que mais contribuem para a emissão de gases de efeito estufa e o desmatamento. Ao optar por uma dieta vegana, mesmo que temporariamente, as pessoas estão contribuindo para a redução desses impactos ambientais”, explica a nutricionista, que complementa: “É importante lembrar que pequenas mudanças no dia a dia  podem gerar grandes transformações quando adotadas por muitas pessoas”.


Supermercados, restaurantes e até redes fast food têm ampliado suas opções à base de plantas. Isso reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que está sendo percebido pelas indústrias. "É preciso cuidado, pois o mercado de produtos veganos tem crescido muito, e muitos desses produtos são ultraprocessados, ou seja, cheios de aditivos como corantes, aromatizantes e emulsificantes, altos em sódio e carboidratos. Então, a preferência deve ser por alternativas naturais. Em resumo, é preciso estar

sempre atento à diversificação no consumo de frutas e hortaliças, cereais e leguminosas, para atingir as recomendações de proteínas e nutrientes, evitando os alimentos ultraprocessados", observa a professora.


O Veganuary, portanto, vai além de uma simples tendência. É um convite à reflexão e à ação, tanto para a saúde individual quanto para o futuro do planeta. Como conclui a professora Natália Oliveira: “Cada garfada é uma escolha. E escolhas conscientes podem transformar o mundo”. No entanto, a nutricionista faz um alerta: “É fundamental que as pessoas busquem orientação profissional ao adotar uma dieta vegana, especialmente se for por um período mais longo. Uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários, é essencial para evitar deficiências nutricionais”.


Com o crescimento do movimento no Brasil, o Veganuary se consolida como uma oportunidade para experimentar novos hábitos e, quem sabe, inspirar mudanças permanentes. Afinal, como diz a professora, “janeiro pode ser o início de uma jornada mais saudável e sustentável para todos”, finaliza a nutricionista.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar