Burnout: conheça mais sobre a doença relacionada ao trabalho e como adotar medidas de prevenção no dia a dia

2 de maio de 2022
Burnout: conheça mais sobre a doença relacionada ao trabalho e como adotar medidas de prevenção no dia a dia

A palavra de origem inglesa, que tem como tradução literal “esgotamento”, nunca foi tão evidenciada como nos últimos anos. Burnout é o nome utilizado oficialmente em medicina como um fenômeno do contexto ocupacional, diretamente relacionado à exaustão do trabalhador em relação às suas atividades profissionais, representando um estado físico e mental de adoecimento desencadeado por circunstâncias específicas do trabalho.

“Classicamente, essa doença provoca uma tríade representada por um estado de exaustão emocional (falta de energia para lidar com as demandas do trabalho), despersonalização (no sentido de distanciamento e frieza emocional) e a redução da realização pessoal, processos esses que desencadearão uma série de outros sintomas psiquiátricos, como: ansiedade, angústia, irritabilidade, sofrimento na véspera do momento de ir para o trabalho, insônia, entre outros. Está francamente relacionado a uma resposta de exposição prolongada aos estresses específicos do trabalho, havendo melhora dos sintomas quando o indivíduo está fora do contexto laboral”, explica o médico psiquiatra Thiago Coronato, professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE).

As demandas de trabalho no dia a dia geram um desgaste natural, que geralmente não afeta a saúde do trabalhador. No entanto, quando a pessoa perceber que as atividades profissionais estão sobrecarregando o seu estado emocional, é preciso ficar atento e adotar algumas medidas de prevenção.

“É necessário que os trabalhadores respeitem os seus limites, não excedam o horário de trabalho, não acumulem atividades para além de suas funções, respeitem o horário de almoço, lanche e repouso, não levem atividades do trabalho para casa, ou para além do horário oficial de trabalho, além de manterem uma vida saudável, alimentando-se bem, praticando exercícios físicos regulares e hobbies que possam servir como ‘válvulas de escape’ emocionais. Fazer terapia também é uma forma de lidar com as frustrações e trabalhar novas formas de conduta para aquisição de resiliência, que auxilia nas situações específicas e estressantes do trabalho. A pandemia trouxe aspectos complicados principalmente para quem esteve em regime de “home office”, criando uma fusão do ambiente domiciliar com o de trabalho. O novo momento, pós-pandemia, tende a criar novamente uma diferenciação necessária tanto ambiental quanto dos limites do tempo do trabalho na vida de cada um. Espera-se que esses limites tragam novamente mais qualidade a todos, pois não devemos trabalhar em tempo integral, pelo bem de nossa saúde mental”, destaca o psiquiatra.

A qualidade do período de descanso é fundamental para que os profissionais não se sintam esgotados diante das obrigações no trabalho. É preciso que cada pessoa esteja atenta para que as atividades laborais não levem a um processo de adoecimento relacionado ao esgotamento, que acontece no estado de sobrecarga física ou mental relacionada ao estresse específico de trabalho.

“O ideal é que cada um, dentro do seu perfil de atuação, consiga se organizar para ter uma rotina de trabalho em que não exija tanto de si a ponto de chegar ao seu limite, com um esgotamento pleno, esse é um dos segredos para  conseguir lidar com a rotina estressante no dia a dia de trabalho. Na hora do almoço, a pessoa pode buscar uma forma de relaxar, ouvir uma música, ler um livro, conversar com os colegas, mas nada relacionado ao trabalho, e usufruir de pequenos momentos fracionados ao longo do dia para dar uma respirada e arcar com as suas responsabilidades no trabalho. O sono é um processo importantíssimo na prevenção de doenças, pois é o momento de reparação do nosso corpo. Dormir pelo menos sete horas por dia é o ideal para que o organismo tenha uma recuperação nos seus processos físicos, mentais, neurológicos e endocrinológicos. A qualidade do sono é justamente a chave para que o trabalhador não entre em um processo de exaustão completa que vai levar à doença”, finaliza o psiquiatra.

 

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Pela primeira vez em Petrópolis, a UNIFASE/FMP foi palco do CBC Itinerante, programa de educação continuada promovido pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), no qual profissionais da saúde puderam atualizar seus conhecimentos em cirurgias de casos clínicos complexos e controversos envolvendo Abdome Agudo, Vias Biliares e Oncologia Gastrointestinal. Com o objetivo de aproximar a capital das cidades do interior do Rio de Janeiro, Petrópolis foi o sexto município a receber o CBC Itinerante. "Petrópolis foi escolhida por ter a UNIFASE/FMP, que é formadora de excelentes profissionais da área de saúde, e também por sabermos que aqui existem médicos de assistência de diversas especialidades cirúrgicas para uma troca enriquecedora de experiências", comenta o cirurgião Guilherme Ravanini, Membro Titular e Diretor do Núcleo Central do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Na ocasião, médicos especialistas em suas áreas de atuação ministraram palestras abordando as últimas atualizações na área de cirurgia em diferentes casos, integrando não só cirurgiões, como também acadêmicos e residentes de Medicina. "Os acadêmicos e residentes puderam vivenciar essa experiência trazida por cirurgiões mais experientes de todo o estado e da cidade, que promoveram essa parte educacional em assuntos super interessantes, como abdome agudo, hérnias da parede abdominal, um pouco de oncologia, principalmente os tumores de cólon e os tumores gástricos", explica o médico cirurgião Thiago Kloh, professor da disciplina de Clínica Cirúrgica da UNIFASE/FMP. Durante o dia todo, os participantes puderam ampliar seus conhecimentos sobre técnicas modernas em casos de diverticulite aguda complicada, obstrução intestinal no pós-operatório imediato, apendicite, câncer de vesícula, câncer gástrico e câncer colorretal. "Entre as minhas opções de residência, estou optando pela clínica cirúrgica, então decidi participar do CBC para poder me informar melhor sobre o campo da cirurgia geral, que eu pretendo atuar no futuro. Esses eventos nos ajudam porque reforçam o que aprendemos na faculdade e oferecem mais informações relacionadas à carreira", disse Heitor Lopes Carvalho, aluno do 10º período de Medicina da UNIFASE/FMP que participou do CBC Itinerante.  Também participaram do evento, os médicos Marcos Filgueiras, Diogo Salles, Marco Antônio Banal Xavier, Rafael Massao da Silva Nagato, Fabio Leonetti, Augusto Cesar de Mesquita, Lécio Carneiro Junior, Fernando B. Ponce Leon Pereira de Castro, Alexandre Ferreira Oliveira, Biazi Ricieri Assis, Marcelo Sá de Araújo, Leonardo Rocha Ferraz, Guilherme Guédon de Oliveira, Julio Cesar Tabares Morales e Julio Vieira de Melo.