Especialista alerta sobre casos de conjuntivite e os cuidados específicos com os olhos

19 de novembro de 2020
Especialista alerta sobre casos de conjuntivite e os cuidados específicos com os olhos

Os olhos são órgãos muito sensíveis, por isso é importante adotar algumas medidas para protegê-los, com cuidados específicos que podem evitar lesões e até eventuais problemas visuais. A higienização adequada das mãos evita que os olhos sofram com resíduos, vírus e bactérias que podem ser responsáveis por quadros clínicos de infecções, como é o caso da conjuntivite. 

“É muito comum as pessoas seguirem o mito de que a conjuntivite contagiosa é transmitida pelo ar. É importante ressaltar que este tipo de infecção não tem o tipo de transmissão aérea. A transmissão da conjuntivite ocorre através do contato direto com os olhos, lágrima ou toque do paciente em fase de contágio, ou então através do contato com superfícies e objetos contaminados e não higienizados. O contato das mãos com as superfícies contaminadas pode veicular os microorganismos, sendo essencial a higiene das mãos”, explica a oftalmologista e coordenadora da Unidade Curricular e Serviço de Oftalmologia da UNIFASE/FMP, Patrícia Pachá.

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana fina altamente vascularizada, que recobre a parte anterior do olho, conhecida como esclera. Inflamações da conjuntiva são conhecidas como conjuntivite e promovem vermelhidão ocular. A maioria dos quadros de conjuntivite é benigno, necessitando de medidas de suporte e higiene. É relevante observar que muitas doenças oculares que apresentam um comportamento mais agressivo, também se manifestam provocando vermelhidão dos olhos. É fundamental que o diagnóstico correto seja feito e que seja evitada a automedicação, uma vez que podem agravar algumas condições oculares, provocando até comprometimento da visão.

“Usar colírio sem prescrição médica, com certeza, compromete a saúde dos olhos, principalmente se esses colírios estiverem associados com substâncias anti-inflamatórias, como é o caso dos corticoides, que podem aumentar a pressão, e com uso crônico em pessoas suscetíveis, podem provocar a perda visual por destruição do nervo óptico, em decorrência do aumento da pressão ocular”, destaca a oftalmologista.

É importante frisar que nem toda vermelhidão nos olhos é exatamente por conta de um quadro clínico de conjuntivite. Diferenciar uma irritação nos olhos e um caso de doença, causada por vírus ou bactéria, é um procedimento sério, que só deve ser realizado por um profissional especialista na área ocular.

“A diferenciação das causas de olho vermelho só pode ser feita através de um exame oftalmológico. Não adianta ir na farmácia e simplesmente comprar um colírio. Todas as manifestações podem provocar o olho vermelho, não apenas a conjuntivite. Como são muitas as doenças que provocam a vermelhidão dos olhos, algumas leves e outras severas, com potencial lesivo à visão, o ideal é que a pessoa não procure automedicação, mas o atendimento de um médico”, enfatiza Patrícia Pachá.

Nem toda conjuntivite é infecciosa. A especialista explica que a mais frequente das infecciosas não é a bacteriana, mas a conjuntivite viral, que deve ser cuidada com isolamento do paciente, fora do ambiente comunitário e de trabalho, com higiene adequada e lubrificação ocular.

“Normalmente são quadros transitórios e autolimitado que precisam sempre do acompanhamento médico. Dois mitos que as pessoas costumam seguir, mas que definitivamente não devem ser feitos: usar água de rosas brancas ou fazer limpeza com chás e produtos externos. Até mesmo o uso de água, ainda que seja da torneira, não é benéfica para o olho. É preciso ter muito cuidado também com o uso de soro fisiológico, pois existem preparações que são para uso externo, normalmente para a pele, e não são indicadas para o olho. Algumas têm conservantes que podem provocar alergias. Definitivamente, não se pode usar antibiótico sem indicação médica. A melhor alternativa, sempre que os olhos apresentarem alguma alteração, é procurar atendimento de um especialista”, frisa a oftalmologista. 

Existem muitos tipos de conjuntivite: virais, bacterianas, tóxicas por uso de produtos, alérgicas, primaveril, que é outro tipo de alérgica, etc. A especialista explica que a conjuntivite vai desaparecer na dependência de sua causa. Se o quadro for viral, costuma desaparecer entre 7 e 14 dias. Já as conjuntivites bacterianas, vão desaparecer mais rápido, desde que seja feito o tratamento adequado, com antibiótico, que uma vez iniciado, já apresenta melhoras no terceiro dia de tratamento, de cerca de uma semana. Por outro lado, a conjuntivite alérgica, geralmente associada a fatores ambientais e comumente relacionada ao período da infância, tende à cronicidade e precisa ser tratada para manutenção do processo em estabilidade.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
27 de outubro de 2025
Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar