Brincadeiras educativas e estímulo à leitura auxiliam no desenvolvimento cognitivo das crianças

12 de outubro de 2020
Brincadeiras educativas e estímulo à leitura auxiliam no desenvolvimento cognitivo das crianças

Uma das datas mais esperadas pelos pequenos está chegando. Entre papéis coloridos e muita diversão, é exatamente neste feriado, e Dia das Crianças, que os pais aproveitam para presentear os filhos e passar momentos agradáveis de interação. Para incentivar a criatividade e fugir um pouco dos jogos eletrônicos, que tal propor brincadeiras em que as crianças fiquem livres para inventar e estipular as regras?

Não, não é preciso gastar muito para promover um Dia das Crianças diferente com os filhos em casa. Basta abusar da criatividade e seguir algumas dicas separadas pela psicóloga e psicopedagoga do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, Ana Helena Tibiriçá Ramos Goldestein.

“É possível confeccionar brinquedos utilizando sucata, como tampas, jornal, garrafas, latas e rolinho de papel higiênico. Quantas vezes nós somos surpreendidos com crianças que ao receberem um presente se encantam mais com a embalagem do que com o próprio brinquedo? Enfim, é preciso que os adultos ofereçam brincadeiras que estimulem a criatividade. Dessa forma, as crianças vão aprender a encontrar soluções inovadoras para as situações que a vida vai apresentar em todas as áreas, ao longo da vida”, destaca a psicopedagoga da UNIFASE.

A psicóloga explica que não existe idade determinada para que a criança comece a ser estimulada a aprender a contar, ler e escrever. Cada uma tem seu ritmo, que depende da interação com o mundo que a cerca. Nos anos iniciais da educação infantil, o desenvolvimento dos pequenos se dá através de diversos estímulos, pois eles exploram o mundo através do tato, das formas e cores, da música, e também começam o processo de socialização, relacionando-se com amigos e adultos.

“Todos os estímulos à criatividade e ao desenvolvimento social são importantes para que, quando chegar a hora de começar a alfabetização, o aprendizado aconteça de forma mais natural, sem grandes dificuldades. É importante que as crianças tenham acesso às estruturas prontas, por exemplo para escrever, pois precisam ter a coordenação motora fina, movimento de pinça e lateralidade desenvolvidos, ou seja, a criança deve rabiscar muito, antes de chegar ao movimento de escrita. As atividades de ler, contar e escrever devem ser divertidas e significativas para que a criança tenha interesse em aprender. Enquanto isso, desenhos, folhas em branco e lápis de colorir devem ser oferecidos para diversão”, frisa Ana Helena Tibiriçá Ramos Goldestein.

Os pais também devem investir na contação de histórias, pois ajuda a ampliar o entendimento de mundo das crianças. Através do processo de leitura, as crianças têm acesso a diversas realidades, oportunizando aprender sobre outras culturas e costumes.

“Contar histórias para as crianças é importante, pois desenvolve diversas habilidades linguísticas, como vocabulário, ortografia e gramática. Além disso, a imaginação, a criatividade, a emoção, pois trabalha com sentimentos e emoções vividos pelos personagens, empatia, ao se colocar no lugar dos personagens, e a concentração, prestando atenção na narrativa. Cada fase do desenvolvimento infantil possui um tipo de aprendizado e de habilidades que a criança já domina, por isso, deve se ficar atento aos livros indicados para cada faixa etária do desenvolvimento da criança, para que ela se mantenha desafiada, estimulada e motivada a continuar se dedicando aos livros. Usar livros próprios para a hora do banho também é uma maneira divertida de incentivar a prática da leitura e pode auxiliar na aquisição de hábitos de higiene de forma lúdica”, destaca Goldestein.

Neste período de pandemia, muitas famílias estão em casa, todos juntos nos mesmos ambientes, o que pode desgastar o convívio e a relação entre as pessoas. Os pais precisam trabalhar, as tarefas do lar continuam, e as crianças estão sem ir para as escolas. O que fazer? O importante é manter a qualidade da convivência e não a quantidade de horas disponíveis. A frase, atribuída a Albert Einstein: “O brincar é a mais alta forma de pesquisa”, mostra o quanto um dos cientistas mais conhecidos e respeitados do mundo valorizava as brincadeiras.

“É através da brincadeira e da interação com o meio que a criança adquire conhecimento. Quando a brincadeira é em grupo, facilita o convívio social, ajudando os pequenos a entender as regras e os limites das relações, além de fortalecer os vínculos. Brincar é essencial para uma criança entender o mundo que a cerca. Os pais devem disponibilizar brinquedos para as crianças e aproveitar os momentos livres para brincar com os filhos, pois esse gesto de carinho ajuda a desenvolver a capacidade das crianças em pensar e compreender o mundo à sua volta, além de reforçar os vínculos de amor”, finaliza.

26 de novembro de 2025
Festival recebe duas gerações de autoras da instituição, unindo ficção, pesquisa e paixão pela escrita
24 de novembro de 2025
A Faculdade de Medicina de Petrópolis recebeu no último sábado (22) uma visita muito especial: a turma de Medicina de 1975 da FMP, que celebrou meio século de história desde o início da sua formação. Cinquenta anos depois, os antigos estudantes regressaram ao campus para reencontrar colegas de profissão, recordar momentos marcantes e testemunhar a evolução da Faculdade ao longo das últimas décadas. A celebração incluiu ainda a simbólica renovação do juramento médico, revivendo a emoção e o compromisso que marcaram o início das suas carreiras. O encontro foi idealizado pela professora e egressa da turma, Drª Rosane Bittencourt e reuniu mais de 30 ex-alunos. Entre os visitantes, esteve presente o ex-diretor da FMP, Dr. Paulo Cesar Guimarães.
24 de novembro de 2025
A humanização do cuidado tem se consolidado como um dos pilares da formação em saúde na UNIFASE/FMP, especialmente na Residência Multiprofissional em Atenção Básica em Saúde, onde o Programa de Desenvolvimento das Humanidades vem promovendo mudanças na forma como os profissionais compreendem, acolhem e se relacionam com os pacientes. Implementado na graduação desde 2021 e ampliado para a residência multiprofissional desde março de 2025, o programa utiliza metodologias como narrativas biográficas, prática reflexiva, comunicação em saúde e rodas de conversa estruturadas para desenvolver competências essenciais ao trabalho no SUS. A proposta busca fortalecer a escuta qualificada, o vínculo com o território, o olhar ampliado sobre o processo saúde-doença e o cuidado centrado na pessoa. “Nós temos uma avaliação permanente das residentes, muito positiva, sobre o processo de acompanhamento e desenvolvimento das humanidades como sendo um espaço para o compartilhamento das práticas e uma oportunidade de refletir sobre essa prática. É fundamental que as nossas residentes hoje, como futuras especialistas em Atenção Básica, estejam tendo a oportunidade de desenvolver a habilidade de refletir sobre a prática, refletir sobre as ações, refletir sobre o processo de formação, sobre os atendimentos, sobre olhar para o território. Então possibilitar um encontro destinado a esse processo de reflexão é claro que contribui para o desenvolvimento dessa habilidade e isso sem sombra de dúvidas impacta no atendimento aos indivíduos, às famílias e à comunidade” Norhan Sumar, coordenador do programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UNIFASE/FMP. O impacto do programa na formação de profissionais e na qualificação da assistência chamou a atenção da comunidade acadêmica internacional. Em 2025, a professora Camila Aloisio Alves, coordenadora do Programa de Desenvolvimento das Humanidades da UNIFASE/FMP foi ao Canadá apresentar os resultados e desdobramentos do projeto. “A experiência foi muito exitosa, enriquecedora e produtiva. Pude participar de dois congressos: o primeiro, na cidade de Québec, “Passé, présent et futur des récits de vie dans la recherche en éducation et la formation”, organizado pela Universidade de Laval em parceria com a Associação Internacional de Histórias de Vida e Formação, da qual faço parte do conselho administrativo, e cujo objetivo foi explorar o papel das narrativas de vida na pesquisa e na formação em educação, o segundo, « Collaboration interprofessionnelle et apprentissage expérientiel en santé: récits, pratiques et approches créatives » foi organizado pela Universidade de Montreal e pelo Centro de pesquisa do Instituto de Geriatria de Montreal, com o objetivo de refletir sobre a complexidade da experiência de colaboração interprofissional em cuidados de saúde, em parceria com o paciente e seus familiares. Nele apresentei a conferência « La narration du vécu et les savoirs expérientiels : quel rapport pour quels apports dans la formation en santé ? »". No contexto desse mesmo congresso, a residente Rafaela Martinho Tobler, que está no segundo ano do Programa de Residência Multiprofissional da Atenção Primária, também foi convidada a apresentar as contribuições e perspectivas de aprendizado multiprofissional a partir da sua trajetória de formação e atuação como residente. “Em outubro, estive no Canadá para apresentar um trabalho sobre a Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UNIFASE, destacando a importância do trabalho em equipe e das práticas multiprofissionais. A Universidade de Montreal tem forte tradição em pesquisas sobre interdisciplinaridade, e essa aproximação foi possível graças à parceria estabelecida pela professora Camila, que já mantém contato com os pesquisadores de lá. Durante a viagem, também visitei a universidade e o centro de geriatria, o que me permitiu conhecer de perto o funcionamento do sistema de saúde local. Foi uma experiência extremamente enriquecedora, na qual pude aprender muito e ampliar minha visão sobre práticas em saúde”, disse Rafaela. A professora Camila destaca que além da participação nos congressos, ela também ministrou dois ateliês de formação, como nos explicou: “um foi na Universidade do Québec à Trois Rivières (UQTR) sobre “L’approche narrative biographique : quelles contributions pour la formation à l’université ? »; e outro na Universidade de Montréal, especificamente para os pesquisadores da Equipe Futur, intitulado « L’approche narrative biographique: quelles contributions pour la recherche en santé et en éducation ? »”. Cabe destacar que a Equipe Futur tem o objetivo compreender melhor a contribuição das experiências educacionais para o processo de profissionalização dos profissionais de saúde e que a docente passou a ser membro colaboradora desde junho deste ano, tendo se tornado a única professora brasileira e a única não canadense a compor o grupo de forma permanente. UNIFASE/FMP: referência em programas de residência Com um portfólio consolidado, a UNIFASE/FMP oferece residências em diversas áreas da saúde. Na área médica, são ofertadas especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais recente programa em Cirurgia Oncológica. Além disso, o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica inclui vagas para nutricionistas, psicólogos e enfermeiros. Na Residência em Enfermagem, as opções de especialização incluem Terapia Intensiva, Obstetrícia e, agora, Oncologia.  A instituição conta ainda com cursos de pós-graduação. Confira mais informações no site da instituição: https://www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/cursos-de-pos-graduacao