Sarampo: uma doença possível de combater com vacinação

14 de agosto de 2020
Sarampo: uma doença possível de combater com vacinação

Paulo César Guimarães
Médico, pediatra e infectologista, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

Em meio à pandemia de COVID-19, com pesquisadores do mundo inteiro debruçados em pesquisas, na procura por uma vacina que possa auxiliar na luta contra o novo Coronavírus, surge uma nova preocupação. O Ministério da Saúde revela um surto de sarampo em estados de todas as cinco regiões do país, incluindo o Rio de Janeiro. Em Petrópolis, a Secretaria Municipal de Saúde já confirmou 10 casos, apenas nestes sete primeiros meses de 2020. No ano passado inteiro, os dados do governo revelam que a cidade só registrou um infectado pela doença.  O retorno do sarampo serve para nos mostrar o quanto o ser humano é complexo e contraditório.

A mesma pessoa capaz de se conectar com o mundo a todo minuto volta à treva das cavernas com medo de vacinas. Não sem antes espalhar nas redes sociais que elas matam. O que mata é a ignorância, diziam os antigos pré-internet. Hoje, ocupados no celular, alguns pais e mães põem em segundo plano a própria saúde e a dos filhos.

Vacinar ou não vacinar deixa de ser um dilema, quando a vida do outro também está em risco. Sarampo se espalha rápido. É irresponsabilidade mandar uma criança para a escola sem a proteção devida ou ir trabalhar podendo passar o vírus nos transportes coletivos e para os colegas. Isso só para utilizar o exemplo da doença infecciosa e contagiosa que aflige o mundo. Não adianta querermos uma solução rápida contra a pandemia do novo Coronavírus se não nos responsabilizarmos diante das demais doenças que também levam à morte.

Antes que sofra ataques virtuais, informo que não tenho clínica de vacinação. A propaganda aqui é a alma da sensatez. Com orgulho, sou médico pediatra e infectologista, professor e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis e Membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro. Combater a ignorância e salvar vidas é a minha missão, que também pode ser a sua agora, ao ajudar a fortalecer a campanha contra a desinformação.

Sarampo mata. Não é uma doença de pele como muitos acreditam, por ouvir dizer, diante das manchas vermelhas entre os sintomas. Ela foi estancada, mas voltou com força, por falta de vacinação aqui e ali. O vírus do sarampo pode levar a uma encefalite, que é infecção e inflamação no encéfalo, e também provocar um processo pneumônico grave, além de problemas sistêmicos preocupantes.

Então, para que retroceder quando temos a boa informação ao alcance dos dedos e doses de vacinas nos postos? A importância de crianças e adultos receberem as doses da tríplice viral é imensa. Vital.

As vacinas foram lançadas após anos de pesquisas sérias. Evitaram e seguem impedindo milhões de mortes em todos os países. As contraindicações são mínimas. Grave é tomar a vacina, crescer, se multiplicar e, depois, dizer que ela não presta para os filhos. É preciso conscientização, em nome da nossa sobrevivência. Porque, sem imunização, as doenças voltam a circular. Muitas vezes, a pessoa pensa que o filho já foi vacinado contra tudo mas, buscando orientação, os profissionais ajudarão a rever o calendário de vacinação, para certificar se está realmente completa a caderneta da criança. Nessa hora, o bom senso adverte: ignorar a vacina e espalhar fake news faz muito mal à saúde.

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