A Atenção Primária precisa de você!

13 de novembro de 2019
A Atenção Primária precisa de você!

Por Julia Barban Morelli | Médica de Família e Comunidade na USF Boa Vista, da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), e coordenadora do Grupo de Trabalho de Ensino da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

 

 

A Atenção Primária à Saúde é o locus organizador do sistema de saúde, onde os princípios de longitudinalidade e integralidade do cuidado são colocados em prática de forma real e imprescindível. Onde também a noção de “porta de entrada” com acesso fácil dos pacientes aos profissionais de saúde faz com que a prática seja rica por um lado e desafiadora por outro, na medida em que os problemas de saúde se apresentam de forma indiferenciada em uma população muitas vezes carente de meios socioeconômicos para o pleno exercício do autocuidado. Os profissionais que aceitam esse desafio não se pegam questionando a utilidade de sua ação, pois são intensamente necessários para as famílias sob seus cuidados e para o território que atendem.

A residência de Medicina de Família e Comunidade é a residência que melhor prepara para o atendimento de qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. É também a residência que coloca na maleta de instrumentos do(a) médico(a) habilidades de comunicação, de raciocínio e de ação em quadros agudos e crônicos. A intervenção do médico de família vai além de pedir exame e passar remédio: trabalha em equipe para agir nos determinantes das doenças, na comunidade, no território, que é o lugar real onde as coisas acontecem. E é onde os pacientes apresentam os sintomas pela primeira vez, fazendo com que o profissional da atenção primária seja aquele responsável pela investigação clínica, seguimento próximo e muitas vezes a referência central do paciente em seus cuidados de saúde. É também a residência que fornece as ferramentas para cuidar das pessoas com qualidade no seu contexto familiar, entendendo a família como recurso de tratamento dos pacientes.

A residência de Medicina de Família e Comunidade propicia oportunidade de buscar superar dificuldades específicas na formação do(a) médico(a), com estágios optativos no Brasil ou exterior. Na Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase, os cenários de prática incluem ambulatórios (todos com preceptoria docente), hospital e maternidade de ensino, além de equipes docente-assistenciais de saúde da família com mais de 15 anos de experiência na formação de médicos(as). Todos os preceptores do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade são especialistas na área e possuem formação de curso de preceptoria, o que leva à consistência do ensino, com conteúdo teórico aprofundado e prática assistencial reflexiva.

Além disso tudo, a residência de Medicina de Família e Comunidade pontua para o acesso a outras residências (igual ao extinto PROVAB). Em Petrópolis, a atenção primária é desenvolvida sem pressa, com capacidade de ofertar cuidado de qualidade aos cerca de 2.800 pacientes de cada equipe, dentro de um sistema de saúde municipal bem estruturado.

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29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar