UNIFASE/FMP participa do Pint of Science, pela terceira vez

24 de maio de 2025
UNIFASE/FMP participa do Pint of Science, pela terceira vez

Em 2025 a edição brasileira do festival comemorou 10 anos

A UNIFASE/FMP reafirmou seu compromisso com a divulgação científica ao marcar presença, pelo terceiro ano consecutivo, no Pint of Science – festival internacional que transforma bares e restaurantes em palcos para a ciência. A edição de 2025 teve como tema “Tempo de Mudanças” e celebrou uma década de atuação no Brasil.


O evento foi criado em 2012, na Inglaterra e está presente no Brasil desde 2015. Em Petrópolis, o festival é coordenado pela professora da UFRJ, Carolina Braga, e conta com uma equipe de docentes e discentes da UFRJ, UNIFASE/FMP e CEFET-Petrópolis. A ideia é promover a troca de conhecimentos entre pesquisadores e a comunidade de forma leve e acessível.


“O nosso desafio é trazer temas variados das mais diversas áreas e conversar sobre ciência em um lugar descontraído, onde todo mundo que estiver interessado se sinta à vontade não só de ouvir, como de interagir e perguntar para os especialistas que nós convidamos”, disse Carolina Braga, coordenadora local do Pint of Science.


Mais uma vez, o festival contou com a participação de docentes da UNIFASE/FMP, que abordaram temas interessantes para a sociedade. O público pode conhecer de perto como a ciência atua na resolução de crimes, por meio de técnicas e casos práticos da ciência forense na palestra “Desvendando crimes com ciência – Esta e outras aplicações da Ciência Forense”. A apresentação foi feita pela doutora Mary Laura Perez, professora da pós-graduação de medicina legal e perícias médicas da UNIFASE/FMP, que também desvendou se a ciência forense da ficção representa a realidade. 


“Nós temos muitos filmes e séries que retratam o trabalho da perícia, mas o que eles mostram na ficção é uma realidade muito glamourizada. Claro que a gente permite a licença poética. Mas o que nós temos no nosso dia a dia, e que eles retratam é o trabalho em grupo, onde o perito legista trabalha junto com o perito criminal e o papiloscopista. Assim a gente consegue fazer um trabalho muitas vezes em conjunto com a investigação da delegacia e isso engrandece muito”, falou a professora.


O professor Paulo Sá trouxe a reflexão sobre os impactos das ações humanas no planeta, com a palestra “Entre excessos e resíduos: o impacto do comportamento humano no planeta”. A proposta foi discutir formas de promover uma relação mais sustentável com o meio ambiente, diante dos desafios impostos pelos hábitos modernos.


“Quando você fala de ciência, você fala de rigidez, de regras, e isso afasta as pessoas do conhecimento científico. Por isso nós vemos tanta negação por aí. Então, essa iniciativa traz a ciência para o colo da população, e em uma cervejaria é ótimo, já que você tem a possibilidade de conversar assuntos sérios como a questão da saúde planetária e da cultura regenerativa. É público e notório que a saúde do planeta está indo para o ralo e com isso nós também vamos juntos. Não existe um planeta doente e um ser humano saudável. Nós temos que migrar para uma cultura regenerativa, por isso abordei a questão dos resíduos sólidos e o destino deles”, ressaltou o professor de Saúde Planetária e Cultura Regenerativa da UNIFASE/FMP.


Com mais de 25 países envolvidos e 169 cidades participantes no Brasil, o Pint of Science tem a missão de democratizar o conhecimento científico e nesse contexto a UNIFASE/FMP pode contribuir para promover a ciência como ferramenta de transformação social ao fazer parte deste movimento global, como explica a professora da UNIFASE/FMP Thaise Gasser, que também é uma das organizadoras do evento, em Petrópolis.


“É muito importante que a UNIFASE/FMP também ocupe esses espaços para além do campus. Nesse local de discussão onde se traz a ciência para as mesas de bar, é um momento que nós também divulgamos o conhecimento científico e trazemos a possibilidade de formação crítica dessas pessoas que estão aqui. Então, a nossa instituição reconhecida como formadora de ensino de qualidade não poderia ficar de fora”, completou Thaise Gasser.



A edição de 2026 do Pint of Science já tem data marcada: 18, 19 e 20 de maio. E fique ligado: em breve, o programa especial do Ligado na UNIFASE sobre o evento 2025 estará disponível no canal do YouTube: https://www.youtube.com/unifase


Por Roberta Unifase 23 de maio de 2025
A Companhia de Trânsito e Transportes de Petrópolis e a equipe responsável pelo Trauma do Hospital Santa Teresa foram nossos ilustres convidados para um dia especial de conscientização junto com nossos colaboradores técnicos administrativos e alunos do curso Técnico em Enfermagem. A missão era alertar sobre os perigos do trânsito e os cuidados que devem ser tomados, seja na função de motorista ou pedestre. Os encontros, que fizeram parte da Semana de Trânsito da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos e das ações do Maio Amarelo da Cipa Barão, trouxeram dados preocupantes: mais de 23 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito no Brasil em 2023. Em Petrópolis, em 2024, foram registrados 1851 atendimentos no setor responsável pelos traumas, destes 851 foram sinistros envolvendo motos, 428 com carros e 133 atropelamentos. Os sinistros são consequência de atos de negligência, imprudência ou imperícia podendo causar, além das mortes, sobrecarga do sistema de saúde, prejuízos sociais e econômicos, impactos psicológicos e lesões permanente ou incapacitantes. Por isso, ações de conscientização são tão importantes e urgentes. Mesmo que todo mundo saiba, é preciso lembrar: se beber, não dirija; não use celular ao dirigir e use sempre cinto de segurança.
21 de maio de 2025
A parceria entre a UNIFASE/FMP (Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) acaba de alcançar mais um importante marco: o Núcleo de Evidências vinculado ao Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (NEV NIPPIS) foi oficialmente reconhecido pela Rede EVIPNet Brasil, ligada ao Ministério da Saúde. O reconhecimento foi formalizado no dia 22 de abril, durante a cerimônia nacional promovida pela EVIPNet Brasil, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que incentiva o uso de dados e pesquisas científicas para informar políticas públicas em saúde. A rede é coordenada no Brasil pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectics/MS). A criação do NEv no NIPPIS começou em 2021, liderada pela pesquisadora e professora da UNIFASE/FMP Cristina Rabelais, com apoio de outras investigadoras, como Silvia Pereira, Dolores Abreu, Daniele Novaes, Maria Fernanda Bittencourt e Mariana Gabriel. A mentoria ficou a cargo de Maritsa Bortoli, do Instituto de Saúde de São Paulo. “O nosso objetivo é trazer informações e conhecimentos que favoreçam a tomada de decisão, a participação e o controle social privilegiando grupos populacionais para os quais a informação é precária ou inexistente”, explicou a pesquisadora e coordenadora do NIPPIS, Cristina Rabelais. Desde então, o núcleo tem se destacado por sua atuação no desenvolvimento de estudos científicos com impacto direto na construção de políticas públicas mais justas e eficientes. Entre os trabalhos de maior destaque estão: · “Efetividade da atenção domiciliar para usuários com necessidade de reabilitação intensiva”, uma revisão sistemática financiada pelo CNPq e pelo Ministério da Saúde. · “Pessoa com deficiência, direitos sociais, políticas públicas e indicadores sociais”, pesquisa desenvolvida no âmbito do projeto SISDEF. Com este reconhecimento, o NEv NIPPIS torna-se o primeiro Núcleo de Evidências da Fiocruz no estado do Rio de Janeiro e um dos primeiros do estado, reforçando a liderança da UNIFASE/FMP e da Fiocruz na produção de conhecimento científico aplicado às necessidades da sociedade, procurando divulgar esse conhecimento através de uma linguagem simples, como ressalta a professora Cristina: “Nós buscamos diminuir o abismo que existe entre a academia e a população, fato que ficou muito evidente na época da pandemia, mas que sempre existiu. Então, a ideia é a gente seguir produzindo estudos que gerem evidências que ajudem o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas para grupos socialmente excluídos. Dessa maneira, a gente espera dar informações tanto para quem precisa tomar decisões para desenhar e plantar as políticas, quanto para aqueles que precisam acompanhar a realização dos seus direitos”. O NEv NIPPIS também integra a Coalizão Brasileira pelas Evidências, uma rede nacional com mais de 40 instituições comprometidas com políticas sociais baseadas em ciência, e recentemente passou a fazer parte da Rede Nacional de Evidências em Direitos Humanos (ReneDH), ampliando ainda mais sua atuação em temas de direitos humanos e cidadania.  Este triplo reconhecimento destaca o papel de vanguarda da UNIFASE/FMP e da Fiocruz na promoção de uma cultura de decisões públicas fundamentadas em evidências, contribuindo para uma sociedade mais informada, inclusiva e orientada pelo conhecimento.
21 de maio de 2025
A UNIFASE/FMP marcará presença na Conferência Latino-Americana e Caribenha de Ciências Sociais (CLACSO), considerada o maior e mais relevante encontro acadêmico e político das Ciências Sociais e Humanidades a nível mundial. A edição de 2025 ocorrerá entre os dias 9 e 12 de junho, em Bogotá, na Colômbia, com o tema “Horizontes e Transformações para a Igualdade”. A professora Gleicielly Braga, docente de Extensão da UNIFASE/FMP, teve seu trabalho aprovado e apresentará o estudo intitulado “Refletindo sobre a Extensão Universitária nas lentes da Florestania de Ailton Krenak”. A investigação propõe uma reflexão profunda sobre as práticas extensionistas da instituição, inspirada no conceito de Florestania , desenvolvido pelo pensador indígena Ailton Krenak. Segundo a professora, a extensão universitária vivida na UNIFASE/FMP é como uma floresta viva: “A extensão sentipensante, vivenciada aqui na instituição é diversa, afetiva e resistente”. A docente destaca que essa abordagem não se limita a levar conhecimento às comunidades, mas sim a escutar, respeitar e aprender com os saberes ancestrais e territoriais. “Ao nos abrirmos para as vozes silenciadas e para os encontros nas encruzilhadas, nossa prática extensionista se transforma em um exercício de cuidado, de democracia cotidiana e de construção de mundos possíveis”, afirma. O trabalho propõe ainda uma reconfiguração do papel da universidade, que deixa de ser um polo unidirecional de saber para se tornar parte ativa de uma rede de trocas, vínculos e escuta sensível. “Cuidar não é apenas atender, mas reverenciar a vida do outro, compreendendo sua trajetória, trocando saberes e respeitando sua história”, complementa Gleicielly. A CLACSO 2025 reunirá pensadores, investigadores, docentes e líderes sociais de todo o mundo para debater e construir propostas em torno dos eixos Democracias, Resistências, Comunidades, Direitos e Paz. Ainda de acordo com a professora, esse movimento da internacionalização da experiência extensionista desenvolvida na UNIFASE/FMP tem um reflexo profundo na formação dos alunos. Segundo ela, quando os estudantes veem a prática ser reconhecida e ecoando em outros territórios, eles passam a compreender que estão inseridos em um movimento maior que ultrapassa muros institucionais e fronteiras nacionais.  “Participar dessa Conferência mostra aos nossos alunos que o que eles fazem no território, em contato com quilombos, com a floresta, com os becos da cidade ou com os corredores das unidades de saúde, é relevante, potente, e precisa ser ouvido no mundo. Isso os forma não apenas como profissionais mais preparados, mas como sujeitos mais atentos à pluralidade, à escuta, ao cuidado, à justiça. E, sobretudo, como semeadores de futuros possíveis”, conclui a professora.