UNIFASE/FMP é a primeira instituição do Estado a investir em método inovador em anatomia

19 de junho de 2023
UNIFASE/FMP é a primeira instituição do Estado a investir em método inovador em anatomia

Os avanços nas ferramentas de ensino na área da saúde sempre surpreendem e possibilitam que novas técnicas sejam utilizadas na formação dos futuros profissionais. Recentemente, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu a visita do diretor de vendas e marketing da Von Hagens, Alexander Crasemann, e do diretor da CIVIAM, Maurício Della Rosa, para o acompanhamento do processo de utilização das peças de plastinação, método inovador de preservação de espécimes biológicos que estagna a decomposição e, por isso, permite que sejam mais próximos à aparência em vida.

“No Brasil, poucas instituições investiram nesse método inovador. É uma felicidade imensa ter essa parceria e a possibilidade de oferecer aos nossos alunos a experiência de visualizarem essa técnica de dissecção e preparação de peças, onde há a preservação de estruturas muito peculiares, muito frágeis, que nas peças formolizadas não é possível identificar. Esse critério de dissecção, de preparação, é muito interessante e promissor no processo de ensino-aprendizagem. Acredito que essa parceria vai agregar muito valor na formação de excelência dos nossos alunos”, destaca o professor Geraldo Pitizer, responsável pelo ensino na área de anatomia da UNIFASE/FMP.

A UNIFASE/FMP é a primeira instituição de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro a investir na compra dos espécimes biológicos de plastinação que serão utilizados nas aulas de anatomia. O método, criado pelo médico alemão Dr. Gunther von Hagens, permite que todos os fluídos do corpo sejam substituídos por um polímero que pode ser endurecido, garantindo que os espécimes não tenham odor e nem ofereçam qualquer risco à saúde, tendo todas as características da estrutura interna do corpo, como veias, artérias, articulações, músculos, órgãos, tecidos, entre outros, preservadas.

“As peças adquiridas serão utilizadas nas aulas de anatomia dos cursos da UNIFASE/FMP, especialmente nas áreas de Medicina e Odontologia, pois os alunos precisam ter um conhecimento mais aprofundado da região da cabeça e do pescoço. No entanto, também estamos programando a utilização nas aulas dos demais cursos, especialmente, nas aulas que abordam a anatomia do tórax, do abdômen e, principalmente, a neuroanatomia. Os alunos terão acesso às peças a partir deste segundo semestre de 2023, iniciando a parte de estudos em que poderão visualizar as estruturas que serão dissecadas e que já estão presentes também em outras peças formalizadas”, destaca o professor
Geraldo Pitizer.

Os corpos utilizados são de doadores que deram o consentimento por escrito durante a vida, de que seus corpos deveriam ser usados para a educação das gerações futuras por meio da plastinação, através do programa de doação de corpos do Institute for Plastination, fundado em 1993. Essa técnica de preservação dos corpos já foi conferida por mais de 50 milhões de pessoas no mundo, através da exposição itinerante “Body Worlds”. O uso dos espécimes humanos apresenta uma visão precisa da anatomia humana, que não
consegue ser obtida com modelos tridimensionais. Quando o tratamento físico-químico é realizado corretamente, as estruturas celulares microscópicas mantêm a forma original e, por isso, são consideradas revolucionárias nos estudos de anatomia, pois tornam o aprendizado na área da saúde extremamente real e fascinante. É possível, por exemplo, notar um pulmão real alterado pelo uso contínuo de cigarro, de pessoas que fumaram ao longo da vida. A aquisição das peças pelas instituições de ensino só é possível após um
criterioso processo de análise realizado pela empresa alemã.

“Tivemos boas recomendações da UNIFASE e da Faculdade de Medicina de Petrópolis. É motivo de orgulho para a Van Hagen ter essa instituição de ensino superior como nossa cliente. A forma de ensinar está mudando. Usando nossos modelos, é possível mostrar aos estudantes toda a estrutura do corpo humano real”, comenta Alexander Crasemann, diretor de vendas e marketing da Von Hagens.

29 de julho de 2025
Descubra como a fisioterapia na atenção primária à saúde fortalece o SUS e conheça a nova pós-graduação da UNIFASE/FMP com foco em APS.
28 de julho de 2025
Descontos são válidos para nove cursos e funcionários do Hospital Alcides Carneiro também têm condições especiais
25 de julho de 2025
Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.