Terapia Alimentar no Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP estimula crianças a experimentar alimentos de forma lúdica

3 de outubro de 2025
Terapia Alimentar no Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP estimula crianças a experimentar alimentos de forma lúdica

Todos sabem que uma alimentação saudável é fundamental para o desenvolvimento infantil. Mas o que fazer quando a criança rejeita determinados alimentos importantes para o seu crescimento? Esse é um desafio comum a muitas famílias — e, para apoiá-las, o Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP oferece um serviço pioneiro em Petrópolis: o Ambulatório de Terapia Alimentar, que integra ensino de graduação com atendimento clínico voltado a crianças de até 10 anos.


Com uma abordagem que vai além do plano alimentar, o atendimento acontece em um espaço especialmente preparado, com materiais lúdicos e instrumentos clínicos, respeitando a individualidade de cada paciente. Segundo a nutricionista Juliana Schaefer, professora e coordenadora do ambulatório, o primeiro passo é descobrir a origem da dificuldade alimentar. “A causa pode ser orgânica, sensorial, estar relacionada a um transtorno de alimentação ou até a um diagnóstico, como o TEA (Transtorno do Espectro Autista). A partir dessa avaliação, trabalhamos a aceitação e o contato com os alimentos através dos sentidos, para que a criança possa cheirar, tocar, conhecer e interagir com eles”, explica.


Um exemplo dessa evolução é a pequena Helena Francisco, de 6 anos. Embora quando menor tivesse um cardápio variado, ela passou a recusar alguns alimentos com o tempo. Após iniciar a terapia no Ambulatório Escola, já apresenta avanços significativos. “Tem sido muito positivo. Ela evoluiu bastante na questão de experimentar. Ainda enfrentamos dificuldades, mas com as opções apresentadas pela equipe, conseguimos substituir alguns alimentos por alternativas mais saudáveis. Às vezes ela prova algo novo, mesmo dizendo que não gosta, e em outros momentos aceita experimentar de novo para avaliar se gosta ou não”, conta a mãe, a enfermeira Jéssica Figueiredo. Um dos marcos do progresso de Helena foi experimentar kiwi pela primeira vez. “Ela chegou do Ambulatório dizendo que tinha adorado e pediu que comprássemos kiwi para comer em casa”, lembra Jéssica.


A participação da família é considerada essencial nesse processo. “Chamamos de atendimento parental, pois visa a participação dos pais nas sessões com objetivo de acompanharem a aproximação dos alimentos e a dinâmica para reproduzirem em casa, criando um ambiente mais saudável e fortalecendo os vínculos. Toda semana os pais recebem uma tarefa para fazer em casa, envolvendo receitas, alimentos e interação culinária lúdica, leve e divertida. A terapia estimula a criança a melhorar a seletividade alimentar e o processo envolve toda família", explica Juliana.
 
O programa tem duração de 12 semanas, seguido de acompanhamento no ambulatório pediátrico, que continua orientando os responsáveis. “Trabalhamos uma vez por semana, mas o empenho da família é diário, e isso faz toda a diferença”, reforça a nutricionista.


Além de beneficiar as crianças, o Ambulatório de Terapia Alimentar também proporciona aos estudantes de Nutrição da UNIFASE uma vivência prática diferenciada. “É uma área ainda pouco explorada na Nutrição, mas que muda vidas. A criança começa a se alimentar melhor e isso impacta toda a vida dela, ajudando a formar adultos que comem com variedade e qualidade. É um trabalho muito bonito”, destaca Íris Giglio, estudante do 8º período do curso.


Credenciado como uma policlínica, o Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP atua tanto na Atenção Primária quanto na Atenção Secundária, oferecendo desde atendimentos de clínicas básicas até as especializadas. No caso da pediatria, o foco é a promoção da saúde de crianças e adolescentes, do nascimento até os 14 anos de idade.
 
Nutrição na UNIFASE


Com forte base técnica e foco humanizado, o curso de Nutrição da UNIFASE oferece vivências práticas desde o início da graduação, com atuação em cenários próprios como o Ambulatório Escola e as Unidades de Saúde da Família. O currículo é organizado por áreas de atuação do nutricionista, incluindo nutrição clínica, social e coletiva.
 
Reconhecido como o melhor curso de Nutrição de Petrópolis pelo Guia da Faculdade 2024, o curso também se destaca no cenário estadual, sendo o 2º melhor entre as instituições privadas do Rio de Janeiro e um dos 10 melhores da Região Sudeste, segundo o MEC (ENADE).


2 de outubro de 2025
O evento coloca em pauta o conhecimento científico em sintonia com os desafios que o mundo enfrenta
1 de outubro de 2025
A UNIFASE/FMP vai promover no dia 9 de outubro, das 14h às 17h, o curso de extensão “Análise Corporal, um novo olhar para Psicologia”, voltado para alunos de Psicologia e áreas ligadas ao desenvolvimento humano. A proposta é apresentar os fundamentos teóricos da obra de Wilhelm Reich no campo da psicoterapia corporal, estimulando a percepção do corpo como expressão emocional e psicológica. O curso também vai proporcionar vivências que favoreçam o autoconhecimento e a escuta do corpo no processo terapêutico, além de desenvolver um novo repertório clínico baseado na leitura corporal e na energia vital. O conteúdo será ministrado pelo psicólogo Luis Paulo da Silva Pinto, que vai conduzir os participantes em atividades práticas e reflexões que ampliam a compreensão da integração entre corpo, emoção e mente. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site: https://www.unifase-rj.edu.br/extensao/curso-de-extensao/curso/analise-corporal-um-novo-olhar-para-psicologia Serviço: Curso: Análise Corporal, um novo olhar para Psicologia Data: 09 de outubro de 2025 Horário: 14h às 17h Local: UNIFASE/FMP – Campus Barão – Avenida Barão do Rio Branco, 1.003, Centro – Petrópolis
30 de setembro de 2025
No dia 4 de outubro, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) será palco do “1º Simpósio de Alergia Alimentar: Ampliando a Visão do Pediatra”, promovido pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ). O encontro vai reunir médicos, residentes e acadêmicos de medicina em uma manhã de debates científicos sobre um dos temas mais relevantes da prática pediátrica. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site www.soperj.org.br “O tema “Alergias Alimentares” têm ganhado cada vez mais destaque na pediatria, tanto pela frequência crescente de casos descritos na literatura quanto pela complexidade do diagnóstico e do tratamento. Diante desse cenário, o Departamento Científico de Alergia e Imunologia da SOPERJ propôs o 1º Simpósio de Alergia Alimentar para oferecer um espaço de atualização científica, troca de experiências e discussão prática entre especialistas e pediatras que lidam com essa realidade no dia a dia”, esclareceu Nathalia Veiga Moliterno, professora de Pediatria da FMP e diretora de cursos e eventos da SOPERJ. A abertura ficará a cargo da Dra. Mara Morelo, do Dr. Álvaro Veiga, do Dr. Ney Bartolomeu e do Dr. Felipe Moliterno, que explicou como o simpósio pode impactar diretamente na qualidade de vida dos pacientes pediátricos com alergias alimentares. “Acredito que em 3 níveis: 1) Aumentando o aprendizado para suspeita diagnóstica dos quadros de alergia alimentar que podem se manifestar de várias formas e intensidade; 2) Instruindo os profissionais a quais exames solicitarem e como, de acordo com cada quadro e suspeita; 3) Tratando as crianças adequadamente a luz das evidências científicas mais robustas e atuais”, disse Moliterno, professor da FMP e Presidente da Regional Serrana da SOPERJ. As palestras vão abordar desde os erros mais comuns na interpretação diagnóstica da alergia alimentar, tema apresentado pela Dra. Lucila Camargo, até o teste de provocação oral, explicado pelo Dr. José Luiz Rios, que trará orientações sobre o que é e quando deve ser indicado. Na sequência, o Dr. Evandro Prado discutirá a relação entre dermatite atópica e alergia alimentar, enquanto a Dra. Norma Rubini apresentará estratégias de condução para casos de esofagite eosinofílica. Doutora Nathalia ressalta ainda a importância de manter os profissionais atualizados sobre esse tema. “As alergias alimentares têm impacto direto na saúde e na qualidade de vida das crianças e de suas famílias. Uma abordagem bem fundamentada previne diagnósticos equivocados, restrições alimentares desnecessárias e riscos de reações graves. Atualizar os pediatras significa capacitá-los para reconhecer manifestações variadas, indicar exames de forma criteriosa e orientar condutas que sigam protocolos atuais, fortalecendo a prática baseada em evidências”, destaca ela.  O evento contará ainda com sessões de discussão garantindo uma troca dinâmica de experiências entre especialistas e participantes.