RJ fecha 2022 com baixa cobertura vacinal em crianças

3 de janeiro de 2023
RJ fecha 2022 com baixa cobertura vacinal em crianças
Estado não atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma vacina e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes 

Crianças menores de 5 anos que vivem no estado do Rio de Janeiro estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A, hepatite B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves, devido à baixa cobertura vacinal registrada em 2022. A conclusão é de levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) que analisou dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O estudo aponta que o estado do Rio de Janeiro não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes.


A coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica que a meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%. “No estado do Rio de Janeiro, até o fim de novembro, apenas 75% dos bebês que deveriam ser imunizados com a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, receberam o imunizante. O cenário fluminense contrasta com a média nacional, que chegou a 92%, colocando a BCG como a única vacina do calendário básico infantil a cumprir o preconizado pela pasta”, aponta a pesquisadora.


As vacinas que protegem contra poliomielite; difteria, tétano e coqueluche; hepatite B e pneumonia e meningite bacterianas não chegaram à metade da população-alvo no estado do Rio de Janeiro. Em território fluminense, a situação é ainda mais preocupante em relação ao sarampo: apenas 28% dos bebês que deveriam ser vacinados receberam a segunda dose do imunizante na idade recomendada. As coberturas vacinais do estado também são extremamente baixas para febre amarela (41%); catapora (34%) e hepatite A (31%). 


Patricia esclarece que o levantamento é preliminar, pois o ano de 2022 ainda não está fechado e os municípios têm até 2024 para registrar dados no sistema de informações do Ministério da Saúde. “Os dados foram coletados em 28 de novembro de 2022. É possível que alguns municípios ainda alcancem a meta para algumas vacinas, mas nos cenários nacional e estadual dificilmente veremos uma mudança tão abrupta, ainda mais se considerarmos a tendência dos últimos anos, pois 2022 não é um caso isolado. Ao longo da última década, o que vemos ano após ano é um cenário de queda constante nas taxas de vacinação”, conclui a coordenadora do Observa Infância.


Metodologia


Os dados foram coletados em 28 de novembro de 2022. Para o cálculo da cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano, o Observa Infância considera o número de doses aplicadas naquele ano e o número de nascidos vivos no ano corrente, segundo o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc). Para crianças que já completaram 1 ano, a estimativa é baseada no número de nascidos vivos do ano anterior menos o número de óbitos de menores de 1 ano registrados também no ano anterior, segundo o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM). Os dados ainda podem sofrer alterações devido ao tempo necessário para o preenchimento. Os municípios têm prazo até 2024 para finalizar os registros. O Observa Infância calcula a cobertura do grupo de vacinas indicadas para a proteção contra as mesmas doenças, o que permite acomodar as mudanças no calendário e estabilizar os indicadores vacinais para trabalhar com a série histórica. 


Observa Infância

O Observatório de Saúde na Infância - Observa Infância é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais. As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

 

12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.