Reabilitação Intensiva em Casa: NIPPIS (Icict/Fiocruz & UNIFASE) revela benefícios da Atenção Domiciliar para pacientes

22 de agosto de 2023
Reabilitação Intensiva em Casa: NIPPIS (Icict/Fiocruz & UNIFASE) revela  benefícios da Atenção Domiciliar para pacientes

A Atenção Domiciliar (AD) para pacientes em reabilitação intensiva tem se mostrado uma abordagem efetiva, de acordo com a recente pesquisa na literatura científica conduzida por pesquisadoras do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (NIPPIS – Icict/Fiocruz & UNIFASE). O

estudo intitulado "Efetividade da Atenção Domiciliar (AD) para Usuários com Necessidade de Reabilitação Intensiva: uma Revisão Sistemática" foi

financiado pelo Ministério da Saúde e CNPq, contribuindo para o desenvolvimento da atenção domiciliar. Coordenado por Cristina Rabelais, a pesquisa contou com a participação das seguintes pesquisadoras: Dolores Maria Franco de Abreu; Maria Fernanda de Faria von Sydow Bittencourt; Mariana Gabriel e Silvia de Oliveira Pereira.


As pesquisadoras se empenharam em compreender a efetividade da atenção domiciliar para pacientes que precisam de reabilitação intensiva, levando em consideração diversos fatores como tempo de permanência, número de intercorrências, custos e a experiência do usuário.


Um dos achados mais relevantes foi a comprovação da efetividade da reabilitação domiciliar, abrindo caminho para sua aplicação em diferentes contextos no âmbito do SUS. A coordenadora da pesquisa, Cristina Rabelais, destaca que a abordagem oferece vantagens significativas tanto para o usuário quanto para o setor de saúde.


A pesquisa também abordou cuidados de reabilitação para diversos agravos, como os cardiovasculares, ortopédicos, respiratórios, neurológicos e

outros que afetam a funcionalidade. Os resultados são positivos no que se refere à experiência do usuário em relação à reabilitação domiciliar, especialmente a aceitação dos pacientes quanto ao uso da telerreabilitação como uma estratégia de cuidado e acompanhamento eficaz.


Mesmo com a diversidade das intervenções e das diferentes metodologias dos estudos incluídos nessa revisão sistemática, foi possível observar que a abordagem de atenção domiciliar se mostrou menos custosa do que a internação hospitalar e as intercorrências observadas em cada uma das modalidades apresentadas variam.


Outras contribuições do estudo foram o debate sobre o termo "reabilitação intensiva" no contexto brasileiro, realizado por meio de uma roda de conversa com profissionais da área durante o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, e a criação de um glossário para esclarecer conceitos relacionados, divulgado nas redes sociais da Fiocruz e da UNIFASE.


A pesquisa também oferece importantes contribuições sobre a atenção domiciliar (AD) no âmbito do SUS, incluindo práticas de reabilitação. Com base nos resultados, estratégias de reabilitação domiciliar intensivas podem ser aplicadas com sucesso, como a disponibilização e a adequação de equipe multidisciplinar de acordo com a complexidade do usuário e também o acompanhamento por telemonitoramento, especialmente naqueles locais de difícil acesso ou onde a equipe é reduzida.


O estudo sugere, também, a associação de diferentes serviços, como ambulatorial, comunitário, domiciliar e hospitalar, a fim de garantir uma reabilitação supervisionada e mais eficiente.


A pesquisa se alinha aos objetivos do NIPPIS e do Departamento de Evidências em Saúde (DECIT), que buscam produzir e reproduzir informações e conhecimentos para embasar decisões na área da saúde. A promoção do uso de evidências na tomada de decisão é um desafio que vale a pena enfrentar, e estudos como este são fundamentais para subsidiar a formulação e implementação de políticas específicas no âmbito do SUS, beneficiando a população como um todo.


Para mais informações detalhadas sobre a pesquisa, você pode entrar em contato pelo e-mail nippis@icict.fiocruz.br. Além disso, alguns produtos e resultados relevantes estão disponíveis para acesso, e você pode encontrá-los clicando aqui.

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Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves.