Poluição plástica e saúde planetária: por que precisamos repensar nossa relação com o meio ambiente

28 de maio de 2025
Poluição plástica e saúde planetária: por que precisamos repensar nossa relação com o meio ambiente

ONU faz alerta global e UNIFASE/FMP propõe caminhos regenerativos com curso de extensão e ações sustentáveis

A poluição plástica é um dos maiores desafios ambientais da atualidade e está diretamente ligada à saúde humana. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), aproximadamente 430 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, mas apenas 9% são recicladas. Em 2025, a campanha do Dia Mundial do Meio Ambiente, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), faz um apelo global para o combate ao uso indiscriminado de plástico e incentiva ações sustentáveis em todas as esferas da sociedade.

 
“A maioria dos produtos é feita total ou parcialmente de plástico, ou vem embalada nele. Isso gera uma produção massiva e um descarte descontrolado, com graves impactos ambientais, principalmente devido ao longo tempo de degradação do material. A quantidade de nanopartículas plásticas no ambiente é alarmante e suas consequências ainda são imprevisíveis. O ser humano não tem saúde se o planeta está doente. A produção em larga escala de resíduos compromete os ecossistemas e, consequentemente, a nossa qualidade de vida. Microplásticos já foram encontrados em órgãos como cérebro, placenta, rins e fígado. Ainda não sabemos ao certo os impactos dessas partículas na fisiologia humana, mas os efeitos são acumulativos e preocupantes”, alerta Paulo Sá, médico e professor da UNIFASE/FMP, especialista em Saúde Planetária.


Na UNIFASE/FMP, essa pauta é levada a sério — dentro e fora da sala de aula. Para fortalecer o debate e contribuir com soluções práticas, a instituição está com inscrições abertas para o curso de extensão “Saúde Planetária e Cultura Regenerativa: Caminhos para a geração de saúde e transformação sistêmica”, com início marcado para o dia 7 de junho. Com 47 horas de duração, o curso é totalmente online e ao vivo, oferecendo uma abordagem inovadora sobre as conexões entre saúde humana, meio ambiente e responsabilidade coletiva.


Voltado para estudantes, profissionais de saúde, educadores, gestores e líderes comunitários, o curso propõe práticas regenerativas e a criação de mapas de transformação pessoal e territorial. Um dos professores do curso é Rodrigo D'Almeida, mestre e pesquisador em Desenvolvimento Sustentável pela UFFRJ, facilitador de Culturas Regenerativas pelo Gaia Education. Segundo ele, a Cultura Regenerativa vai além da sustentabilidade: “não é só evitar danos, mas curar e revitalizar a vida”.


As inscrições para participar do curso vão até o dia 05 de junho. Saiba mais em: 
www.unifase-rj.edu.br/extensao/curso-de-extensao/curso/saude-planetaria-e-cultura-regenerativa-ead.

Sustentabilidade na prática

Na UNIFASE/FMP, os princípios ensinados no curso estão presentes na rotina institucional. A instituição mantém ecopontos permanentes para a coleta de lacres, tampinhas plásticas e óleo de cozinha, unindo educação ambiental e impacto social. Desde 2012, o projeto Anel de Solidariedade já arrecadou 16 toneladas de lacres, revertidas em 188 cadeiras de rodas. Iniciativas recentes também ganham força, como o recolhimento de óleo, com 114 litros destinados ao projeto INcluir Petrópolis, e a campanha Tampinhas da Esperança, que ajuda a custear o cuidado de mais de 300 cães resgatados. Já o projeto Era Lixo, Virou Luxo, reconhecido pela OMS, transforma resíduos em objetos úteis e criativos. A Cantina Escola também se tornou ponto de coleta seletiva, reforçando o compromisso da comunidade acadêmica com o descarte correto.

Além das ações práticas, o conceito de saúde planetária também está presente nos currículos dos cursos de graduação e no campus parque, que segue um modelo sustentável e abriga eventos voltados à preservação ambiental.


Ecopontos:

* Estacionamento coberto do Campus Barão do Rio Branco (Av. Barão do Rio Branco, 1003, Centro)
* Ambulatório Escola (Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia)
* PSF Estrada da Saudade (Rua Estrada da Saudade, 160)
* PSF Machado Fagundes (Rua Dr. Paulo Rudge, 238)
* PSF Boa Vista (Rua Henrique João da Cruz, 300)
* PSF Nova Cascatinha (Rua Hyvio Naliato, 951)


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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.
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