Na Natureza, nunca estamos sós

21 de outubro de 2024
Na Natureza, nunca estamos sós

Gabriel Martins
Professor e membro da Comissão Organizadora e Científica da Semana Científica da UNIFASE/FMP.


A relação entre humanidade e natureza tem se tornado cada vez mais evidente. Vivemos em uma cidade que testemunhou tragédias ambientais recentes. As chuvas de 2022, que resultaram em enchentes devastadoras e deslizamentos de terra, nos mostraram como a ação humana e o desequilíbrio ambiental podem levar a catástrofes. Num olhar mais amplo, nos deparamos com outros eventos extremos como incêndios florestais na Amazônia e secas prolongadas na região em várias regiões do Brasil, acontecimentos que se intensificam a cada ano. Além disso, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as atividades humanas são as principais responsáveis por esse aquecimento global.


Todos esses fenômenos vêm impactando diretamente na biodiversidade do planeta. A perda de habitats naturais e a fragmentação de ecossistemas têm levado ao declínio e extinção de várias espécies. A criação de corredores ecológicos e a restauração de áreas degradadas são ações urgentes e essenciais para proteger a nossa biodiversidade e manter os benefícios da natureza, como a polinização e o controle de pragas. Para encontrar soluções mais eficazes e duradouras para esses desafios, é fundamental valorizarmos o conhecimento tradicional dos povos indígenas e comunidades locais, que há gerações convivem em harmonia com a natureza e possuem um profundo entendimento dos ecossistemas.


Nesse contexto, tais povos, guardiões de vastas áreas de florestas e outros ecossistemas, possuem um conhecimento profundo sobre a natureza e suas dinâmicas. Estudos demonstram que as terras indígenas apresentam taxas de desmatamento significativamente menores em comparação com outras áreas. Ao respeitar os conhecimentos tradicionais e os direitos dos povos indígenas, podemos fortalecer a conservação da biodiversidade e promover a justiça ambiental. A participação cidadã também é fundamental para a construção de um futuro mais sustentável. Iniciativas como a criação de hortas comunitárias e a adoção de práticas de consumo consciente demonstram o poder da ação coletiva em promover a conservação ambiental.


A educação ambiental é a chave para construirmos um futuro mais sustentável. Ao conscientizar as pessoas sobre os desafios ambientais e incentivar a participação ativa na busca por soluções, podemos transformar a sociedade. É fundamental que todos nós, enquanto cidadãos, assumamos a responsabilidade de cuidar do meio ambiente e de promover práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia. As escolas e universidades, como a UNIFASE/FMP, têm um papel fundamental nesse processo. É por isso que a nossa instituição organiza mais uma edição da Semana Científica, um espaço para discutir ideias e promover ações que visem a preservação do planeta.


Assim, a XXX Semana Científica da UNIFASE/FMP, com o tema “NA NATUREZA NUNCA ESTAMOS SÓS: COEXISTÊNCIA EM FOCO”, surge num momento oportuno para promover discussões sobre a coexistência harmoniosa entre o ser humano e o meio ambiente. Além de debater tragédias como as vividas por Petrópolis, o evento propõe uma reflexão sobre os diferentes saberes, incluindo aqueles advindos dos povos originários, que há séculos ensinam formas sustentáveis de coexistir com o ambiente. Ailton Krenak, pensador indígena brasileiro, ressalta que "O futuro é ancestral e a humanidade precisa aprender com ele a pisar suavemente na terra”, algo que foi negligenciado durante todos esses séculos de colonização e expansão das cidades sem considerar os próprios limites da Natureza.


A programação da Semana Científica, que acontecerá de 5 a 8 de novembro de 2024, inclui rodas de conversa temáticas, mostra de trabalhos, espaços para debates e interação com a comunidade, além de um concurso de redação e desenho para os jovens. De forma geral, o evento estimula a comunidade a pensar em soluções práticas e criativas para evitar novas tragédias, fortalecendo a ideia de que ciência e responsabilidade ambiental andam lado a lado. As catástrofes recentes reforçam a necessidade de um olhar crítico sobre as ações humanas. Como diz John Muir: "Quando tentamos separar qualquer coisa, descobrimos que ela está ligada ao resto do universo". Esperamos você na nossa XXX Semana Científica da UNIFASE/FMP. Saiba mais em:
https://www.even3.com.br/scunifasefmp2024/

16 de setembro de 2025
No dia 20 de setembro, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) será palco do SOBRACIL Itinerante, um evento promovido pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia Robótica Digital, que percorre diversas cidades brasileiras levando conhecimento científico e experiências práticas para médicos, residentes e estudantes de medicina. Pela primeira vez realizado na UNIFASE/FMP, o encontro chega a Petrópolis pela iniciativa do professor Vitor Banal, titular da SOBRACIL e docente da Faculdade de Medicina de Petrópolis. Segundo ele, trazer o evento para a instituição representa uma oportunidade única de atualização científica e de integração entre especialistas e futuros médicos. “É um momento de imersão científica e prática. A medicina está em constante evolução, e oferecer esse contato direto com novas técnicas e especialistas de destaque contribui muito para a formação dos nossos alunos e residentes, além de atualização dos profissionais da região”, destacou ele. A programação conta com uma série de palestras com grandes nomes da cirurgia nacional, com temas que abrangem desde procedimentos ginecológicos até abordagens avançadas em oncologia e urologia. Entre os destaques, estão apresentações sobre “Linfadenectomia Pélvica”, conduzida pelo Dr. Romualdo Gama e os debatedores Diogo Salles e Antonio Eckardt; “Duodenopancreatectomia Minimamente Invasiva”, com o Dr. Dyego Benevenuto e os debatedores Raul Macedo e Rafael Albagli; e a “Sistematização cirúrgica na endometriose profunda”, com o Dr. Marco Aurélio Pinho e os debatedores Thiago Borges e Diler Pereira. O programa ainda abordará técnicas como a “Linfadenectomia lateral no câncer de reto por laparoscopia”, apresentada pelo Dr. Leonardo Castro e os debatedores Armando Porto, Paulo Reis e Guilherme Guedon; a Miomectomia com a técnica “Go to the Base”, pelo Dr. Bernardo Lasmar e os debatedores Márcio Moura e Nathalie Xavier; além do “Tratamento minimamente invasivo de fístulas anorretais”, ministrado pela Dra. Claudia Joaquim e as debatedoras Aniela Barros e Fernanda Vieira. O evento prossegue com palestras sobre a “Nova classificação das aderências intrauterinas”, apresentada pelo Dr. Ricardo Lasmar e os debatedores Elza Santana e Gustavo Gama; a “Pieloplastia laparoscópica”, conduzida pelo Dr. Ricardo Freire e os debatedores Matheus Nunes e Rafael Gabrich; e a “Prostatectomia radical robótica”, tema do Dr. Pedro Gabrich e o debatedor André Lima. Encerrando a programação científica, haverá ainda debates sobre “Colectomia videolaparoscópica em câncer de cólon”, apresentada pelo Dr. Thiago Kloh e os debatedores Pedro Badini e Marcos Figueiras, e a “Abordagem da hérnia por laparoscopia”, com o Dr. Márcio Cavallieri e os debatedores Armando Porto e Marco Banal.  O SOBRACIL Itinerante acontecerá até às 13h, em formato totalmente presencial. Para participar é necessário se inscrever no site https://www.unifase-rj.edu.br/evento-de-extensao/evento-sobracil-itinerante
15 de setembro de 2025
No Brasil, 20 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Só em Petrópolis, são mais de 80 mil pessoas, segundo o IBGE. Embora o número represente 31% da população, a falta de acessibilidade ainda é um problema comum. Um desafio para gestores públicos e privados, conforme apontado pelo arquiteto Eduardo Ronchetti, durante encontro realizado na Sala Arthur de Sá Earp Neto, na UNIFASE/FMP. “A deficiência não está nas pessoas. Está na largura da porta, no degrau, na falta da tradução para o braile, na ausência de sinalização. Precisamos eliminar as barreiras físicas para fazer valer o direito de ir e vir com igualdade”, afirmou o arquiteto, convidado pelo projeto INcluir Petrópolis para falar sobre acessibilidade arquitetônica e apontar caminhos para a Cidade Imperial - histórica e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Segundo o coordenador de Extensão da UNIFASE/FMP, Ricardo Tammela, ser palco de discussões tão importantes e poder refletir sobre possibilidades de melhorias é uma honra: “A sociedade é plural e é isso que torna a convivência social tão rica. Respeitar essa pluralidade e fornecer elementos para que todos possam se desenvolver com equidade é o único caminho possível em busca de um futuro digno para todos. A promoção da inclusão depende de uma mudança de cultura que começa em cada um de nós, rompendo estigmas e preconceitos, mas exige ações concretas”, declarou Tammela, citando o trabalho já realizado pela Comissão de Acessibilidade ( https://www.unifase-rj.edu.br/acessibilidade ) na instituição para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Promovido pela Ong INcluir Petrópolis, em parceria com a Prefeitura de Petrópolis, o evento teve como objetivo abrir o diálogo sobre as possíveis soluções de adaptação de espaços históricos para promover a inclusão, mas também fortalecer o turismo e a economia local. “Nossa intenção é assegurar que moradores e visitantes possam usufruir plenamente da cidade, com oportunidade para todos e ter o direito de ir e vir garantido”, explicou Chen Li Cheng, presidente da Ong, recebeu recentemente o título de Utilidade Pública da Câmara Municipal de Petrópolis. “O INcluir Petrópolis entende que a acessibilidade é um fator essencial de equidade para qualquer cidade. Trazer o arquiteto e consultor Eduardo Ronchetti reforça nosso compromisso com a missão de transformar vidas por meio da inclusão, sempre com respeito, sustentabilidade e justiça social”, destaca Chen Li Cheng, destacando que Ronchetti é uma das maiores referências nacionais em acessibilidade, autor de quatro livros e responsável por mais de 800 projetos em todo o Brasil. Desde novembro de 2024, a UNIFASE/FMP mantém uma parceria com o Projeto INcluir para a captação de óleo de cozinha usado. O resíduo arrecadado tem destinação correta e o valor arrecadado é revertido em ações de inclusão social promovidas pelo projeto. Para facilitar o acesso, seis ecopontos foram disponibilizados: Campus Barão, no Ambulatório Escola, no PSF Estrada da Saudade, no PSF Machado Fagundes, no PSF Boa Vista e PSF Nova Cascatinha. Para participar, basta trazer o óleo de cozinha usado em embalagem plástica com tampa de rosca de qualquer tamanho. A entrega pode ser feita de segunda a sexta, de 8h às 18h, no campus Barão, e de 8h às 17h (com intervalo de almoço de 12h às 13h), nas demais unidades.
15 de setembro de 2025
Faculdade de Medicina de Petrópolis é uma das três instituições do Estado do Rio com selo de qualidade SAEME e está entre as melhores escolas médicas do Brasil.