Ações de conscientização destacam a urgência do combate à violência contra mulheres

31 de agosto de 2024
Ações de conscientização destacam a urgência do combate à violência contra mulheres

UNIFASE realiza ações para conscientizar a população sobre o alto índice de violência contra as mulheres

Segundo os dados levantados pela 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) e divulgados na última quarta-feira (28/08), Rio de Janeiro, Rondônia e Amazonas são os estados brasileiros com maiores índices de mulheres que declaram ter sofrido violência doméstica ou familiar provocada por um homem. 


Sendo uma realidade preocupante, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) promoveram ações de conscientização e reflexão sobre o tema nas unidades de saúde da Família que são geridas pela instituição. 


“Na USF Boa Vista, nós elaboramos um mural educativo sobre o tema, apresentando os tipos de violência, com o objetivo de sensibilizar e informar a população sobre a identificação de situações de violência e os canais disponíveis para denúncias, promovendo uma rede de apoio. Além disso, realizamos a sala de espera, onde os grupos de mulheres da comunidade debateram sobre a temática conosco”, explica Esthefanie Mello, Nutricionista da USF Boa Vista, unidade gerida pela UNIFASE/FMP. 


Gabriela Graça, coordenadora do curso de Medicina Legal e Perícias Médicas da UNIFASE/FMP, frisa que a violência contra a mulher causa danos físicos, psicológicos e sociais profundos, fazendo com que as vítimas muitas vezes sofram com depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outras doenças mentais, sendo extremamente necessário que as vítimas denunciem seus agressores na delegacia, para que eles paguem pelo crime. 


“Finalizando esse mês agosto, o mês de prevenção à violência contra a mulher, e nesse ano com um dado especial, que é o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, que modificou um pouco esse cenário, em que as lesões corporais leves sejam consideradas não dependência de representação para que a punição de um agressor contra uma mulher seja levada adiante, nós queremos estimular as vítimas a comparecerem às delegacias para fazerem as denúncias, passarem por exames de corpo de delito, uma vez que o nosso laudo pericial vai embasar um processo, vai embasar a denúncia e essa vítima vai ter a possibilidade de ter um processo de violência contra a mulher aberto”, destaca. 

O combate à violência contra a mulher e a redução no número alarmante de feminicídios no país são desafios que exigem a participação de toda a sociedade. Por isso, a especialista salienta que é fundamental que todas as vítimas denunciem os casos de violência e busquem informações sobre os serviços de apoio às mulheres que sofrem agressões. 


“Através do laudo pericial, a vítima tem acesso a proteção, com direito a medidas protetivas, entre outras coisas que podem ajudá-la a sobreviver nesse cenário. Quero deixar também um apelo aos profissionais de saúde, que não deixem de registrar no prontuário médico, tudo que a mulher vítima de violência relatar, detalhando as lesões que diagnosticarem, uma vez que esses documentos podem ser utilizados depois como provas indiretas, caso a denúncia seja feita em outro momento. Então, contamos com todos os profissionais de saúde para ajudar no combate à violência contra a mulher”, finaliza Gabriela Graça.



O número nacional para denúncias da Central de Atendimento à Mulher é o 180. Não deixe que o medo cale a sua voz, pois o aumento de casos de feminicídio no Brasil traz esse alerta às vítimas, para que denunciem seus agressores, antes que entrem também para essa triste estatística nacional de feminicídio. 


29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
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