A Psicologia do Esporte no século XXI

31 de julho de 2023
A Psicologia do Esporte no século XXI

Clévia Sies Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Psicologia do Esporte da UNIFASE

A Psicologia do Esporte é uma ciência que visa a melhora da qualidade de vida física e psicológica dos atletas, sejam eles de categoria de base, cyberatletas, paradesporto ou alto rendimento.

Com o intuito de otimizar seu rendimento, a psicologia do esporte deve estar presente em todas as etapas pré e pós competitivas, bem como o profissional que acompanha o atleta necessita fazer parte do grupo técnico, atuando também com treinadores e técnicos em centros de treinamentos e nos locais competitivos.

O olhar é voltado para a dinâmica dos grupos e muitas vezes há necessidade de atuação pontual individualizada.

O cuidado com o corpo relacional permite que o psicólogo compreenda e auxilie a visão do atleta quando o assunto está relacionado as suas emoções e estruturas psíquicas.

É inegável a importância do olhar atento aos aspectos psicológicos dos atletas. Muitos relatos denotam que o sofrimento psíquico é tão grave quanto uma lesão física, sendo a psicologia do esporte uma arma forte para evitar que danos emocionais relacionados ao desporto possam perdurar.

Vale ressaltar que a grande visibilidade recebida pela psicologia do esporte no período da pandemia, fomentou que a mesma fosse ainda mais atuante dentro dos espaços competitivos, mas também abriu possibilidades de novas atuações. Muitos são os educadores físicos que se especializam na área para atuar de forma indescritivelmente mais eficaz com crianças dentro das escolas, centro recreativos e clubes, bem como na reabilitação, promoção de saúde e no alcance mais rápido dos objetivos de seus clientes dentro de academias de ginástica.

A prática de atividade física crescente e seus inúmeros benefícios somato – psíquicos, trazem a psicologia do esporte para dentro das ciências do movimento humano visando a pessoa e seus comportamentos dentro do contexto esportivo.

Discutir as questões relacionadas a esta área do conhecimento, bem como produzir conhecimentos na área são necessidades atuais, para ampliar o entendimento de que a Psicologia do Esporte não trabalha somente com o atleta, mas com o todo. Episódios como o sofrido pelo Pedro do Flamengo poderiam ser minimizados ou até mesmo evitados se houvesse investimento em um profissional da área. Em novembro, a UNIFASE receberá o IX Congresso da ABRAPESP, que traz em sua programação grandes nomes e práticas atualizadas com o intuito de engrandecer a importância e a atuação da Psicologia do Esporte no Brasil, dando maior visibilidade a área para que nossos atletas e praticantes de atividades físicas, em pleno século XXI, não sejam mais acometidos pelo descaso.


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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.