30ª Semana Científica da UNIFASE/FMP marca reflexão sobre coexistência e saberes da natureza

11 de novembro de 2024
30ª Semana Científica da UNIFASE/FMP marca reflexão sobre coexistência e saberes da natureza

Com inspiração na vasta Mata Atlântica presente no Campus Parque, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) realizaram a 30ª Semana Científica. Ao longo de quatro dias, o evento discutiu o tema “Na natureza nunca estamos sós: coexistência em foco” e contou com a presença de 40 pesquisadores de diversas partes do país para repensar nossa relação com o meio ambiente, valorizando os conhecimentos e práticas dos povos originários. 


“Hoje nós estamos tendo a oportunidade de os próprios indígenas serem os protagonistas, construírem projetos de educação, de saúde e de territórios culturais. Saímos de um passado, com uma ideia muito estereotipada dos povos indígenas e estamos em instituições ensinando nossos conhecimentos sagrados e milenares”, disse a professora da UERJ e Assessora da Coordenação de Igualdade Racial e Etnias da Secretaria de Cultura de Maricá, Carolina Potiguara, durante a palestra de encerramento. 


Buscar caminhos de coexistência respeitosa é um desafio para essa geração, como destaca Lucas Fontaine, integrante da comissão organizadora e estudante do 8º período de psicologia da UNIFASE: “Nossa proposta foi pensar e resgatar essa coexistência que nunca deixou de existir, mas que foi negligenciada com o passar do tempo. Hoje nós temos um desafio que é reconhecer essa coexistência, com uma perspectiva de reparação a tudo que foi causado aos povos originários”, comentou Lucas.


A importância do tema central foi reforçada pela participação expressiva de inscritos – 1.024 pessoas, incluindo quase 180 professores e funcionários da instituição – e pelo número recorde de trabalhos submetidos: 266 projetos. Estes números refletem a relevância e o envolvimento de alunos, profissionais da instituição e sociedade civil organizada, que vieram compartilhar ideias, reflexões e pesquisas.


Ao longo do evento, foram realizadas uma série de atividades multidisciplinares, incluindo rodas de conversa com 40 pesquisadores vindos de diversos estados do Brasil. As áreas temáticas abordadas foram, “Cuidado e Humanização em Saúde”, “Epidemiologia dos Biomas”, “Mudanças Climáticas e Adaptação”, “Saberes Tradicionais e Educação Popular em Saúde”, “Tecnologias, Gestão e Políticas” e “Território, Biodiversidade e Ecossistemas”. Com essa programação, a Semana Científica aprofundou as relações entre o ser humano e a natureza, discutindo as interações e impactos no bioma da Mata Atlântica e destacando a importância de estratégias de desenvolvimento sustentável e regeneração dos ecossistemas.


Este ano, a Semana contou também com o envolvimento de 20 instituições, como UFRRJ, Fiocruz, Observatório das Favelas, Instituto de Artes Henrique Carioca, UFF, UFRJ, USP, Quilombo da Boa Esperança, entre outras, e ofereceu nove cursos variados, contando com o suporte de 44 monitores que auxiliaram nas atividades. Além disso, 23 trabalhos de destaque receberam menção honrosa por suas notas máximas e participação nas rodas de conversa, enriquecendo ainda mais as discussões com suas perspectivas e contribuições para o tema.


Para celebrar os 30 anos de Semana Científica, a UNIFASE/FMP inovou, lançando um concurso de ilustração e produção textual, que teve 26 participantes. Sete vencedores receberam o “Prêmio Nobel”, inspirado na Livraria Nobel que presenteou os ganhadores com um livro. Esse concurso contou com a participação de quatro escolas municipais de Petrópolis, e os trabalhos premiados dialogaram diretamente com o tema central, destacando as conexões entre o ser humano e a natureza de maneira criativa e inspiradora.

“O que norteou essa Semana Científica foi de fato a valorização de diferentes saberes. Nós buscamos uma interdisciplinaridade, justamente para tirar nossos alunos dessa questão curricular, então nós oportunizamos uma outra forma de pensar e ouvir. Fechamos o evento de uma maneira muito bonita e significativa”, destacou o professor da UNIFASE/FMP e integrante da comissão organizadora, Gabriel Martins.



A Semana Científica da UNIFASE/FMP, ao completar três décadas, continua a ser um evento transformador, conectando gerações de alunos e pesquisadores em torno de uma ciência comprometida com o equilíbrio entre o homem e o meio ambiente. O tema deste ano reforçou que, na natureza, nada existe isoladamente. A busca por harmonia e coexistência com o nosso ecossistema é uma responsabilidade que deve ser assumida coletivamente, valorizando os saberes tradicionais e promovendo um futuro mais sustentável e em paz com a natureza.




29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
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