Baixa adesão à vacinação de crianças: uma realidade preocupante

22 de setembro de 2022
Baixa adesão à vacinação de crianças: uma realidade preocupante

A Vacinação de crianças é obrigatória e está amparada no artigo 14, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que  determina a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. 

O serviço público de imunização é um instrumento essencial para a erradicação ou redução de doenças que possam atingir menores de 12 anos. Com isso, a lei estabelece,  dentro da esfera de deveres estatais, sociais e familiares, a obrigação de vacinação das crianças. 

Entretanto, a desinformação e a falsa sensação de que não corremos mais riscos, faz com que pais e responsáveis não deem a devida importância à vacinação de crianças e ignorem a necessidade de obedecer aos calendários e campanhas de imunização.

Em função disso, doenças que já estavam erradicadas ou sob controle voltaram a fazer vítimas, o que acendeu alertas entre cientistas, médicos, especialistas em imunologia, epidemiologia e outros profissionais da área de saúde pública e privada.

Se não quisermos que doenças atuais avancem ou que as antigas retornem ao nosso dia-a-dia, é preciso alertar a população e adotar medidas que revertam esse quadro.

A vacinação de crianças no Brasil

Vacinação de crianças
Vacinação de crianças

O Brasil oferece atualmente um total de 18 imunizantes e possui um calendário de vacinação que alcança crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Apesar disso, o país tem enfrentado uma realidade que tem causado apreensão e preocupação, que é a baixa adesão à vacinação de crianças. 

Para tentar solucionar este problema e minimizar seus efeitos, o Ministério da Saúde prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação até o dia 30 de setembro.

O objetivo mais relevante é incentivar a vacinação de crianças e adolescentes e reverter os baixos índices apresentados pelos sistema de registros destas ações.

Esta prorrogação tem como foco principal alcançar a meta vacinal contra a poliomielite, que é de 95% das 14,3 milhões de crianças brasileiras de até 5 anos de idade, mas que até agora alcançou apenas 34% deste público. 

A pólio, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa que em seus quadros mais graves pode provocar a paralisação dos membros inferiores.

Por isso, o país continua investindo no Programa Nacional de Imunizações , para informar e orientar sobre a importância dos imunizantes e evitar que essa doença, erradicada em 1994, volte ao cenário nacional. 

A redução da aplicação da Tríplice Viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola, trouxe de volta outra doença, o sarampo, cujo vírus havia sido eliminado em 2016 e voltou a circular livremente pelo país. Já há registros de 822 novos casos espalhados em diversos estados e 26 mortes de crianças.

Por que a vacinação de crianças vem sofrendo quedas?

O Brasil conta com um dos melhores programas vacinais do mundo, mas nossa situação atual é preocupante.

Existem diversos fatores que levaram a índices tão baixos, tais como:

  • A desigualdade vacinal entre regiões,
  • A complexidade do calendário de imunizações brasileiro
  • Falta de disponibilidade dos pais para levarem as crianças aos postos de vacinação.

No entanto, segundo especialistas, os principais fatores têm sido os movimentos anti-vacina, que questionam a eficácia e a necessidade dos imunizantes, e a falsa sensação de segurança de que não corremos mais riscos. Isso leva as pessoas a acreditarem que a vacinação de crianças não é tão necessária. 

Além disso, a preocupação e a vacinação maciça contra COVID-19 fez com que as pessoas relaxassem um pouco nos cuidados com o calendário dos outros imunizantes. Segundo dados, nenhum estado brasileiro conseguiu cumprir a meta vacinal contra o sarampo em 2021, que é 95% das crianças na faixa etária indicada para a imunização.

A vacinação de crianças em Petrópolis

Assim como em todo o país, a vacinação de crianças em Petrópolis tem encontrado diversos obstáculos. Segundo dados das organizações de saúde responsáveis pelas campanhas vacinais da cidade, apenas 15% do público-alvo havia recebido o imunizante contra a poliomielite até o último dia 31 de julho.

O grande risco deste relaxamento na vacinação de crianças, tanto em Petrópolis quanto em todo o país, é o retorno de doenças imuno-preveníveis que já foram erradicadas. 

Como a cidade de Petrópolis tem enfrentado este problema?

No primeiro semestre deste ano, a prefeitura de Petrópolis, através da equipe da Divisão de Imunização e o Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde, organizou a “Vacinação Itinerante” com foco em crianças entre 2 meses e 7 anos de idade, mas com possibilidade de vacinação de adultos. 

Para ampliar a cobertura vacinal, a prefeitura realizou também o Dia D de Vacinação de Crianças , no dia 03 de setembro . Foram disponibilizadas salas e postos móveis para imunizar crianças de até cinco anos contra poliomielite e garantir a multivacinação de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos com caderneta de vacinação incompleta.

COVID-19: a vacinação de crianças e cuidados adicionais

Segundo pesquisadores e cientistas, a pandemia da COVID-19 ainda não foi erradicada e tende a se tornar uma endemia, ou seja, o vírus continuará circulando, mas com menos força e causando surtos periódicos. 

Para nos proteger, proteger nossas crianças e conviver com ela de forma segura, é preciso tomar alguns cuidados.

1. Obedecer às campanhas e calendários de vacinação.

A aplicação das primeiras duas doses da vacina contra a COVID-19 em 83% da população é considerada uma das responsáveis pela diminuição das contaminações e propagação do vírus. 

Por isso, é fundamental que pais e responsáveis fiquem atentos às notícias e imunizem seus filhos, conforme orientam os calendários vacinais e as vacinas disponíveis.

2. Uso de máscaras

Apesar do uso estar suspenso, por enquanto, mesmo em locais fechados, fique atento às orientações dos órgãos sanitários sobre o assunto. Se possível, faça uso da mesma em locais e situações de risco.  

3. Distanciamento social

Apesar do isolamento ter sido suspenso, mantenha o distanciamento social caso você ou pessoas de seu convívio apresentem sintomas da COVID-19. Sempre que possível, evite locais com aglomeração de pessoas.

4. Higienização das mãos.

Este é um hábito que deve fazer parte de nossas vidas, não apenas em tempos de pandemia. A higienização das mãos é uma das formas mais eficazes de se  prevenir contra diversas doenças transmissíveis e infecções.

Fiocruz e Unifase – Uma parceria com foco na vacinação infantil

Preocupadas com a saúde e qualidade de vida infantil, a Fiocruz e a UNIFASE desenvolveram dois programas: o “Observa Infância ”, uma iniciativa de divulgação científica voltada para saúde de crianças com até 5 anos de idade, e o Vax*Sim, que já havia sido pensado e desenvolvido antes mesmo da pandemia, em função da queda da cobertura vacinal.

Ambos estão sob a coordenação de Patrícia Boccolini , professora da UNIFASE e pesquisadora do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social (NIPPIS – UNIFASE/Fiocruz).  

Para saber mais sobre eles e sobre porque a baixa adesão à vacinação de crianças preocupa especialistas, assista a este vídeo da UNIFASE.

Unifase : A sua faculdade em Petrópolis

12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.