Especialização em Alergia e Intolerâncias Alimentares expande atuação de nutricionistas no mercado

13 de outubro de 2021
Especialização em Alergia e Intolerâncias Alimentares expande atuação de nutricionistas no mercado

Nas últimas décadas, os especialistas observaram uma considerável mudança nos padrões da epidemiologia da alergia alimentar (AA), com aumento da prevalência, gravidade das manifestações clínicas e risco de persistência até idades mais avançadas. De acordo com os dados epidemiológicos, a análise de tendência temporal mostrou um aumento de sete vezes nas internações por reações alérgicas graves em crianças do Reino Unido, EUA, Itália e Austrália, apenas nos últimos 10 anos. Mais de 170 alimentos foram identificados como desencadeadores da AA, entre eles: nozes, ovos, amendoim, peixe, marisco, leite, trigo, soja e sementes, com variações nacionais e geográficas referentes à Alergia Alimentar mais comum.

Neste cenário que demanda por atendimentos específicos, é cada vez mais necessário ter profissionais especialistas no mercado de trabalho, que saibam identificar e propor o melhor tratamento para as pessoas que sofrem com algum tipo de alergia ou intolerância alimentar.

“Novas tecnologias e ferramentas experimentais forneceram informações sobre a importância de bactérias selecionadas nos mecanismos de tolerância imunológica. Os ácidos graxos de cadeia curta são produtos metabólicos cruciais da microbiota intestinal, responsáveis ​​por muitos efeitos protetores contra a alergia alimentar. Estes compostos estão envolvidos na regulação epigenética do sistema imunológico. Essas evidências fornecem uma base para o desenvolvimento de estratégias inovadoras para prevenir e tratar alergias alimentares. Como o tema apresenta muitas novidades, é importante que o profissional nutricionista busque cursos de atualização para suprir às necessidades da crescente demanda do atendimento clínico nutricional”, explica Cíntia Ramos Azara, coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Alergia e Intolerâncias Alimentares da UNIFASE.

Dentro deste contexto de carência por especialistas na área de Alergia e Intolerâncias Alimentares, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) abriu as inscrições para a nova turma do curso de pós-graduação 100% a distância, que terá início agora em outubro, na plataforma de ensino da instituição. A especialização em Alergia e Intolerâncias Alimentares tem o objetivo de desenvolver as competências necessárias para a identificação e atuação no cuidado nutricional dos pacientes com alergias e intolerâncias alimentares, capacitando os nutricionistas para que possam atuar de forma mais efetiva na clínica nutricional.

“O curso promove a discussão sobre questões relacionadas às alergias e intolerâncias alimentares, planejamento dietético e desenvolvimento de receitas e novos produtos voltados ao público com essas necessidades. Profissionais titulados e com experiência prática fazem a diferença na qualidade do curso. O módulo de planejamento dietético permite a aplicação prática do conhecimento adquirido, aliando ainda o desenvolvimento de novos produtos para o público em questão. O fato de ser disponibilizado a distância é outro diferencial, que permite a participação no curso em horário de melhor conveniência para o aluno, sem perder a qualidade”, salienta Cíntia Ramos Azara.

Nas aulas da especialização são utilizadas ferramentas digitais, como conteúdo 3D interativo e narrado, gamefication (jogos interativos), mural interativo, podcasts, infográficos animados, fóruns de discussão etc. Outras informações e as inscrições estão disponíveis no site: www.unifase-rj.edu.br.

“Os cursos de graduação em Nutrição não dispõem de disciplina específica sobre Alergia e Intolerâncias Alimentares. O módulo IV dessa especialização da UNIFASE é voltado especificamente para a prescrição de dieta (planejamento dietético); elaboração de receitas e produtos. Além disso, os alunos serão acompanhados o tempo todo pelos professores, com feedback de todas as atividades”, finaliza a coordenadora.

 

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O mês de agosto é conhecido como "Agosto Dourado", uma campanha mundial que visa promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo e adequado para os bebês nos primeiros meses de vida. A campanha, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, além de incentivar a doação de leite humano para bebês prematuros e internados em UTIs neonatais. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a Dra. Nathalia Veiga Moliterno, pediatra, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora da UTI Neonatal do HEAC, salienta a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano. Confira: Qual a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê? Dra. Nathalia: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver de forma saudável. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e reduz o risco de doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes. Além dos benefícios nutricionais, o que mais o leite materno oferece ao recém-nascido? Dra. Nathalia: O leite materno é muito mais do que apenas um alimento, pois ele contém anticorpos e células de defesa que fortalecem o sistema imunológico do bebê. Também ajuda na maturação do intestino, no desenvolvimento neurológico e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é essencial para a saúde emocional. Quais são os principais desafios que as mães enfrentam na amamentação e como superá-los? Dra. Nathalia: Entre os desafios mais comuns estão dor nos primeiros dias, fissuras nos mamilos, insegurança sobre a quantidade de leite produzida e, muitas vezes, falta de apoio da rede familiar ou social. Superar essas dificuldades passa por uma boa orientação sobre pega e posição, acompanhamento de profissionais de saúde treinados e, principalmente, acolhimento sem críticas, para que a mãe se sinta confiante. Como os profissionais de saúde podem apoiar melhor as mães durante o processo de amamentação? Dra. Nathalia: O apoio deve começar ainda no pré-natal e na maternidade, com informações sobre como iniciar a amamentação corretamente. É importante observar e corrigir a pega, ouvir as angústias da mãe, oferecer soluções práticas e fortalecer sua confiança. Além disso, criar grupos de apoio e facilitar o acesso ao Banco de Leite também fazem diferença. Quem pode doar leite humano e quais são os critérios básicos para a doação? Dra. Nathalia: Qualquer pessoa saudável que esteja amamentando e tenha leite excedente pode doar. O único cuidado é não fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. O processo é simples, seguro e cada doadora recebe orientação sobre higiene e armazenamento adequado do leite. Qual é o impacto da doação de leite humano para os bebês internados em UTIs neonatais? Dra. Nathalia: Para os bebês prematuros ou em estado grave, o leite humano doado pode ser decisivo para a sobrevivência. Ele reduz drasticamente o risco de infecções, enterocolite necrosante e outras complicações graves. É um verdadeiro "remédio natural" que melhora a recuperação e aumenta as chances de alta hospitalar. Há riscos para o bebê que recebe o leite doado? Dra. Nathalia: Não. Todo o leite doado passa por um processo rigoroso no Banco de Leite: seleção das doadoras, pasteurização e testes microbiológicos. Somente após garantir total segurança ele é oferecido aos bebês. Como a população pode ajudar a incentivar a cultura da doação de leite materno? Dra. Nathalia: A população pode ajudar divulgando informações corretas, apoiando as mães que amamentam e valorizando a importância do leite humano como recurso de vida. Cada frasco doado faz diferença para um bebê internado, e cada gesto de incentivo fortalece essa rede de solidariedade. Como efetivar a doação de leite materno em Petrópolis? Dra. Nathalia: Em Petrópolis, as mães podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano do Hospital Alcides Carneiro, através dos telefones: (24) 2236-6634 ou (24) 98143-9904. O hospital fornece os frascos de vidro esterilizados e orienta todo o processo de coleta. Inclusive, há um serviço de coleta domiciliar, o que facilita muito para as doadoras. Basta se cadastrar e a equipe organiza a retirada do leite.