Ensino superior pós-pandemia: o que o futuro nos espera

17 de novembro de 2020
Ensino superior pós-pandemia: o que o futuro nos espera

Por Ana Maria Rodrigues dos Santos, coordenadora de EAD da UNIFASE.

Nunca mais seremos os mesmos após termos atravessado esse período de pandemia, que nos mostrou várias possibilidades e oportunidades. As adaptações, os desafios e as transformações que nos foram impostas vieram para ficar.

De acordo com Santos (2020) [1] , a pandemia e a quarentena revelaram alternativas possíveis e as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando necessário para o bem comum. Algumas dessas alternativas em educação são expansão das tecnologias, olhar sem preconceito para atividades a distância, criatividade no planejamento do ensino, uso de metodologias ativas e diferentes atividades avaliativas, dentre outros.

Algumas Instituições de Ensino Superior que já faziam amplo uso da tecnologia, ofereciam ações educacionais sobre este tema para os professores e possuíam um ambiente virtual de aprendizagem, como é o caso da UNIFASE/FMP, conseguiram se adaptar com mais rapidez, ainda que com muito trabalho, esforço e comprometimento de toda comunidade acadêmica.

Atividades a distância começaram a ser vistas com outros olhos, sendo menos discriminadas. Muitos professores as experimentaram e gostaram! Conheceram sua potencialidade e ficaram menos resistentes à tecnologia. Perceberam que não se trata apenas de entrega de conteúdo, de repositório de materiais didáticos e sim uma possibilidade de aplicação de metodologias ativas, de incentivo ao protagonismo dos alunos e de desenvolvimento de competências técnicas e de soft skills (competências sociais e emocionais).

A prática docente, para aqueles que estão encarando esse momento como uma oportunidade de aprendizagem, não será mais a mesma. O ensino remoto nos convida a repensar muitos aspectos. A avaliação é um deles. Será que o modelo baseado em provas realmente é eficaz? A avaliação formativa, ou seja, ao longo do processo de aprendizagem, deve ser mais considerada e as plataformas de aprendizagem são eficazes para isso: o feedback do professor fica registrado, a comunicação é rápida e organizada e há muitos instrumentos para monitoramento do caminhar dos estudantes.

A exposição do conteúdo como única forma de ensinar foi colocada em cheque! Sabemos que isso não é de hoje, mas o uso de plataformas digitais veio para iluminar essa questão. Aulas expositivas não podem ser a única estratégia utilizada em uma aula.

O futuro, que já é agora, aponta para que modelos mais disruptivos sejam adotados em educação, personalizando o ensino, respeitando as diversidades e as diferenças, estimulando a participação ativa do aluno, adotando a integração interdisciplinar e intercursos a partir de projetos integradores e utilizando a abordagem híbrida, de forma planejada e eficaz. A tecnologia pode atuar como catalizadora desse processo.

Há também alguns recursos inovadores a serem explorados no processo educacional: inteligência artificial (capacidade de uma máquina simular o raciocínio humano), realidade virtual, realidade aumentada e Internet das coisas (sistema que conecta objetos a Web). Mas sempre a partir de objetivos educacionais bem delineados e participação ativa dos docentes e discentes.

Mas tudo isso não será implantado de imediato. O caminho é longo. A pandemia deu um passo, resta-nos, agora, continuarmos a caminhada, para que a tecnologia seja utilizada de forma crítica e consciente no processo educacional.

[1] SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Almedina, 2020, p.29.

 

15 de dezembro de 2025
Curso presencial, credenciado pela ASBAI, tem tradição de mais de 60 anos e oferece formação avançada na área
12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .