LUTO: Mais um preço a se pagar pelo que é humano. Mas, como nada é para sempre…

2 de novembro de 2020
LUTO: Mais um preço a se pagar pelo que é humano. Mas, como nada é para sempre…

Por Virgínia Ferreira, coordenadora do curso de Pós-graduação de Psicologia Clínica com ênfase nas Perspectivas Breves

Usualmente, morte, suicídio, luto, doença mental e sexo são, dentre outros, temas  considerados tabus É necessário debatê-los, discuti-los a fim de desmistificá-los e livrá-los das amarras do desconhecimento, do medo e, com isso trazendo para a realidade cotidiana, do qual fazem parte. Agregado a alguns desses temas ainda se tem as superstições. De acordo com Chemama (1995, p. 128) “Diante do reconhecimento do desaparecimento do objeto, o sujeito precisa realizar um certo trabalho, o trabalho de luto. A  libido  precisa se desligar das lembranças e  esperanças  que a relacionam com o objeto desaparecido[…]”. Libido é a energia psíquica que necessariamente precisa se desligar das esperanças de um possível retorno do objeto perdido, para que assim, o eu possa voltar a ser livre. LUTO – Morte – Desaparecimento – Perda. O objeto se desligou de você. Por opção ou por fatalidade. Só para esclarecer: você tanto pode fazer o luto por uma pessoa que morreu, como por uma pessoa que simplesmente não quer mais se relacionar com você. Você tanto pode fazer um luto por uma casa que você gosta muito, mas que você a deixará para morar numa maior e mais confortável. Você tanto pode fazer o luto por sua situação real, como por uma fantasia, uma ilusão que você não mais consegue sustentar. O luto necessariamente participa da experiência humana, isso por pelo menos 2 motivos, são eles: 1 – porque nada é para sempre e, 2 – porque viver é fazer escolhas, se escolhemos por A, precisamos abrir mão de B. Não podemos ter tudo.

Luto tanto pode ser um processo emocional saudável importante para saúde mental que se dá devido a morte ou perda, real ou abstrata de um objeto / situação pela qual se tem afeto.  Como pode ser um processo “patológico”, quando a pessoa entra em luto e não consegue sair dele, por exemplo. Desta forma, podemos nos enlutar por tudo aquilo que tivemos (na realidade ou na fantasia) e que não temos mais. Nos enlutamos no presente por uma ausência que um dia se fez presente. O luto não é um vazio, é uma dor, porque se fosse um vazio, não seria luto. Isso quer dizer que, o luto é uma dor que dói, que incomoda, que se faz presente denunciando várias ausências –  tudo o que se vivia com o objeto perdido. A intensidade e a amplitude da dor estarão na razão direta do sentimento / vínculo que se tem pelo objeto perdido. Para todos aqueles que perderam alguém ou alguma coisa (emprego) ou que estão na eminência de perder, há luto sim.

Srs, que possamos viver cada dia, entendendo que nada é para sempre. Se nada é para sempre, haverá lutos. O luto faz parte da experiência humana. Negar o luto é negar a vida. Dia 02 de novembro, é Dia de Finados, dia daqueles que dividiram com cada um de nós sua existência e que hoje, fulguram apenas em nossa memória. Mas, que privilégio termos em nossa memória.

Segundo Nietzsche: “Há sempre um preço que se pagar por tudo que é humano”. Entretanto, o mesmo Nietzsche diz: “Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo”. Desta forma, pagamos um preço pelo luto, mas nos apropriamos de nós mesmos a cada luto que corajosamente fazemos e nos relacionamos com o outro de outra forma: na memória. Aliás, o que seria do homem sem memória.

 

CHEMAMA, R.(org.).  Dicionário de Psicanálise Larousse . Trad. Francisco Franke Settineri.- Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

 

12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.