Alta concorrência em vestibulares de medicina alerta para possibilidade de fraudes durante a pandemia

26 de outubro de 2020
Alta concorrência em vestibulares de medicina alerta para possibilidade de fraudes durante a pandemia

Ingressar na área médica é o sonho de milhares de brasileiros, mas o curso de Medicina é também um dos mais desafiadores. Desde o vestibular os candidatos já conseguem prever que o caminho para formação exigirá muita dedicação e empenho. No entanto, muitas pessoas tentam burlar o processo seletivo para ingressarem no ensino superior sem nenhum esforço. Por isso, as instituições de formação médica precisam redobrar a atenção durante a aplicação das provas de vestibular.

Neste período de pandemia, a alternativa de fazer a prova a distância, em um modelo remoto foi adotada por muitas instituições de ensino. No entanto, algumas faculdades comprometidas com a formação médica decidiram manter as avaliações de forma presencial e investiram na contratação de empresas especializadas na aplicação das provas, com infraestrutura adequada, adotando todas as medidas de segurança exigidas.

“Desde o início da pandemia, ficamos observando o cenário de saúde e seguimos todas as orientações das autoridades sanitárias, que já sinalizavam um declínio na pandemia a partir de setembro. Por isso, o vestibular de medicina foi adiado. Como já estava sendo previsto o novo calendário para aplicação da prova, as instituições mais tradicionais optaram por garantir o processo seletivo na modalidade presencial, por questão de maior segurança e credibilidade. A Faculdade de Medicina de Petrópolis entende que deve oferecer condições iguais para todos os candidatos, sempre comprometida com o respeito à vida e às pessoas, que é uma das nossas missões. No caso do processo seletivo, a instituição conta com a Cesgranrio, empresa referência nacional na aplicação de provas”, explica Paulo Sá, coordenador do curso de Medicina da UNIFASE/FMP.

Em setembro deste ano, uma quadrilha foi presa por desenvolver um grande esquema de fraude em processos seletivos para ingresso no curso de Medicina em vários estados do país. Instituições públicas e privadas foram alvo dos criminosos que forneciam informações privilegiadas aos candidatos ou até mesmo se passavam por eles para realizarem as provas.

“O modelo de aplicação de provas presencial adotado pela Cesgranrio conta com todos os recursos de segurança que uma avaliação presencial tradicionalmente oferece e que não são viáveis no modelo on-line remoto, tais como ambientes de prova previamente vistoriados e homologados quanto a pré-requisitos de segurança e infraestrutura e equipes especializadas de fiscalização para monitoramento integral da prova quanto a procedimentos de segurança. A confirmação de presença do candidato é feita através da coleta de evidências materiais e é adicionada na nossa plataforma de avaliação digital, que registra a participação do candidato de forma eletrônica mediante a informação de chave de acesso pessoal e intransferível. Entendemos que para avaliações de alto risco como concursos públicos, avaliações nacionais e vestibulares de cursos estratégicos como o de Medicina, o processo on-line remoto, onde o candidato faz a prova em ambiente não certificado, não atinge os níveis de segurança adequados para os objetivos a que se destinam”, frisa Carlos Henrique Nogueira, coordenador do setor de Tecnologia da Informação da Cesgranrio.

O número de candidatos por vaga para ingresso nos cursos de Medicina em todo o país varia entre 20 e 215. Por ter alta demanda, as quadrilhas estão investindo cada vez mais em tecnologia para burlar o sistema de provas e chegam a cobrar de R$ 80 a R$ 120 mil por estudante. Diante de tantas tentativas de fraudes no processo seletivo e com o aumento de crimes cibernéticos, os candidatos devem estar cientes dos riscos que correm em um vestibular on-line.

“O fator segurança tem um peso grande quando se trata de realizar uma prova em computadores próprios, uma vez que estes são mais vulneráveis e contam com uma proteção voltada para os acessos pessoais e, dificilmente, o usuário consegue evitar o acesso indevido aos dados. Além disso, ofertas e distribuição distintas de acesso à internet e picos de energia elétrica, em um país continental como o Brasil, que sofre grandes variações de qualidade até mesmo dentro dos estados e municípios, afetam a realização da prova remota e podem causar desequilíbrio na igualdade de condições entre os candidatos”, frisa Marcelo Prates Geraldi, gerente do setor de Tecnologia da Informação da UNIFASE/FMP.

Há também outras variáveis que precisam ser consideradas quando o assunto é a escolha por fazer a prova on-line. Os estudantes precisarão se manter em frente ao computador durante todo o período de realização da prova e problemas com a conexão, fornecimento de energia elétrica e a necessidade de ir ao banheiro, durante o período da avaliação, podem comprometer a etapa de ingresso no ensino superior.

“Estamos adotando todas as medidas de segurança preconizadas pelas autoridades de saúde. Certamente, será um vestibular como nos anos anteriores, oferecendo conforto e tranquilidade para que os candidatos possam realizar a avaliação exercendo suas plenas capacidades dentro de um ambiente seguro”, finaliza Paulo Sá, coordenador do curso de Medicina da UNIFASE/FMP.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar