Novo Normal ou Nova Circunstância?

21 de agosto de 2020
Novo Normal ou Nova Circunstância?

O que é normal? Costumamos associar o normal ao que é freqüente ou àquilo que nos parece ter uma certa regularidade, estabilidade e previsibilidade. Isso que dizer, estabelecer uma relação entre causa, evento e conseqüências, formando assim uma ilusão de unidade, algo que não existe. A vida não é assim. Normal é uma ficção. Em outras palavras, é uma realidade imaginária, fantasiosa a qual, tomamos como referência para nos posicionarmos diante de nós mesmos e diante do mundo.

De uma forma mais simplória eu diria até reducionista, normal é tudo aquilo que está em conformidade com a norma ou com o hábito, com o costume de um dado grupo social. Por exemplo: leva uma vida normal segundo os costumes ciganos, leva uma vida normal segundo os costumes cristãos e assim por diante.

Não há um novo nem velho normal. Não há estabilidade para associarmos a normalidade e como estamos numa fase de exceção, temos a necessidade de atribuir um nome a fase que vem logo em sequência, como se a fase anterior a essa de exceção fosse velha e a que se sucederá, será nova. Então poderíamos subentender que, a fase de exceção é uma ponte que liga o velho ao novo ou ainda um ponto de virada, no qual a humanidade irá se despir do velho posicionamento diante da vida e adotará um novo e melhor? Será que toda a humanidade está vivendo a fase de exceção da mesma forma: com os mesmos temores, com os mesmos sentimentos, com as mesmas expectativas, enfim, se posicionando diante dela da mesma forma? Eu digo que não. As vivências são diferentes, as pessoas são diferentes e assim por diante. Desta forma, para algumas, é possível que seja um ponto de virada. Para tantos outros, apenas o término de umas férias prolongadas. Mas, isso não implica na dicotomia velho x novo, em absoluto. Uma pessoa que hoje tem 50 anos de idade tem lembranças de quando tinha 10, 16, 34, 48 anos de idade. Quando ela fez a passagem da infância para adolescência, da adolescência para fase adulta, da fase adulta para a terceira idade, essa pessoa não deixou de ser ela, apenas aquilo que ela era na fase anterior, se desenvolveu e se aprimorou ou NÃO. Mas, vamos acreditar no aprimoramento de uma fase para outra, se assim o é, o que éramos quando criança, não deixou de existir, foi apenas desenvolvido e aprimorado que nos levou a adolescência e assim por diante. Não é uma nova fase, é apenas o desenvolvimento e aprimoramento de uma fase anterior e que as carências mudam.  As carências de uma criança, não são as mesmas carências de um adolescente. Como as carências mudam, muda a escala de valores.

Bem, seguindo nessa esteira de pensamento, no que diz respeito à pós-pandemia, será que nomear a fase pré-pandemia de velha e a fase pós-pandemia muda alguma coisa? Se for em termos de temporalidade, houve uma fase pré-pandemia.  E por que a fase pós-pandemia será nova? Não tenho dúvidas de que quando nomeamos, temos a ilusão de que capturamos o objeto e apontamos para a função dele: caneta, caneca, carro etc. Mas, no que diz respeito a vivências e movimentos humanos, será que temos possibilidade de agir da mesma maneira?  Não acredito. Tudo no mundo são interpretações e assim sendo, o que irá determinar a fase que virá a posteriori , será resultante de como cada um viveu a fase de exceção, as circunstâncias que serão produzidas como resultantes dessa interpretação e que interfere na vida em sociedade.  O que há são circunstâncias que poderão ou não levar as pessoas a refletir seu posicionamento diante de si mesmo e diante do mundo, a mudar suas carências e, por conseguinte, mudar sua hierarquia de valores. Antes da pandemia, de forma simplista, primeiro a “sociedade” submetia o ser ao ter – cartão de crédito internacional, boas roupas, último modelo de iPhone e assim por diante. Num segundo momento e somado ao consumismo, não bastava submeter o ser ao ter, ele precisava ter visibilidade. Como nos diz Bauman (2001) no mundo contemporâneo, invisibilidade é sinônimo de morte.  A pergunta é: será que com a pandemia o ser conseguirá se livrar das garras do ter? Será que a humanidade conseguirá submeter o ter ao ser? Tenho certeza que alguns conseguirão. Já outros, tenho minhas dúvidas. Bem, se valor é tudo que supre uma carência, esperamos que, a carência humana seja pelo aprimoramento humano enquanto pessoa e enquanto personalidade e que o ter não passe de uma mera contingência. Mas, isso é só o que eu gostaria.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida . Trad. Plínio Dentzien.- Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

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12 de dezembro de 2025
Durante a cerimônia nacional do SAEME-CFM, realizada no dia 3 de dezembro em Brasília, o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), Dr. Álvaro Veiga, recebeu a certificação de acreditação das mãos de um egresso da casa, o médico Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atual coordenador do SAEME-CFM. Também participaram da entrega a secretária executiva do SAEME-CFM, Patricia Tempski, e o coordenador executivo do SAEME-CFM, Milton de Arruda Martins.
12 de dezembro de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis iniciarão o ano de 2026 com novidades em seus Programas de Residência. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) acaba de aprovar a criação de dois novos programas de residência médica - Infectologia e Medicina de Família e Comunidade (Ano Adicional em Saúde Mental). Paralelamente, a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) autorizou a expansão das especialidades do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, que passa a incluir Odontologia e Fisioterapia. A reitora do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, destaca que a ampliação reafirma a missão acadêmica da instituição. “A ampliação da oferta de residências reforça nosso compromisso com uma formação conectada às necessidades sociais e às políticas públicas de saúde. Investir na formação de especialistas em áreas estratégicas como infectologia e saúde mental significa formar profissionais preparados para atuar onde a população mais precisa, fortalecendo o SUS e contribuindo diretamente para o desenvolvimento regional e nacional. Também avançamos ao expandir a Residência Multiprofissional, fortalecendo a formação integrada entre diferentes áreas da saúde e ampliando nossa capacidade de oferecer um cuidado mais completo, humano e alinhado às demandas reais dos serviços de saúde”, destacou. Os novos programas de residência médica ampliam ainda mais a capacidade da UNIFASE/FMP de responder às necessidades reais de saúde do município e do país. A infectologia ganhou protagonismo durante a pandemia e segue essencial, especialmente diante de conquistas recentes, como a eliminação da transmissão vertical do HIV no Brasil, um marco que reforça a relevância dessa especialidade. Já a saúde mental integrada à atenção básica é um pilar estratégico do SUS, garantindo acesso, continuidade do cuidado e uma visão mais humana e longitudinal do paciente. O coordenador de Residência Médica da UNIFASE/FMP, professor Miguel Koury Filho, destaca que as novas formações reforçam o compromisso institucional com uma medicina alinhada às demandas contemporâneas.“Esses programas chegam para qualificar ainda mais a formação médica, preparando profissionais capazes de atuar com excelência nos diferentes níveis de atenção, tanto em doenças infecciosas quanto em saúde mental. É um avanço importante para o cuidado integral da população”, afirmou. A coordenadora de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde da UNIFASE/FMP, Thaise Gasser Gouvêa, lembra que a proximidade com a rede municipal é um diferencial na formação. “A UNIFASE/FMP é uma Instituição de Ensino Superior que está fortemente alinhada com a rede de saúde do Município, o que confere aos nossos Residentes a certeza da formação de qualidade e vivência prática nos equipamentos de saúde de nossa região. É uma iniciativa que potencializa a formação em saúde e a assistência das demandas de saúde nacionais e locais”, pontuou. Programas de Residência Médica, Residência Multiprofissional e Residência em Enfermagem A UNIFASE/FMP oferece, por meio do Programa de Residências Médicas, as especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais novos programas de Infectologia e de Medicina de Família e Comunidade – Ano Adicional em Saúde Mental. Há, ainda, o Programa de Residência em Enfermagem, com especializações em Terapia Intensiva, Oncologia e Obstetrícia. Já o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica passa a contar com vagas para profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem. Os profissionais da área da saúde que desejam fazer uma especialização na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e no Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) devem ficar atentos aos processos seletivos do ENARE (Exame Nacional de Residência em Saúde). O processo seletivo 2025/2026 já encerrou as inscrições e, em janeiro, será iniciada a fase de escolha dos cenários, com divulgação dos programas já disponíveis. A UNIFASE/FMP está cadastrada como Fundação Octacílio Gualberto, com cenários de prática no Hospital Alcides Carneiro para a área médica e uniprofissional, e na Secretaria Municipal de Saúde para a multiprofissional. Outras informações estão disponíveis no site www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/programas-de-residencia .
10 de dezembro de 2025
Pelo 12º ano consecutivo, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu o Selo de Instituição Socialmente Responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES). A certificação reconhece iniciativas que fortalecem o bem-estar social, a promoção da saúde, a sustentabilidade e o desenvolvimento da comunidade. A UNIFASE/FMP se destaca por ações que ultrapassam os limites da sala de aula, envolvendo projetos de extensão e programas voltados para acessibilidade, educação ambiental, cuidado com a saúde e inclusão. Tais iniciativas evidenciam o compromisso institucional com práticas solidárias e sustentáveis que impactam diretamente o território. “Cuidar das pessoas e das comunidades faz parte da essência da UNIFASE/FMP e isso orienta toda a nossa prática pedagógica”, afirma o coordenador de Extensão da instituição, Ricardo Tammela. A reitora da UNIFASE/FMP, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, ressalta a relevância desse reconhecimento. “Receber o Selo de Instituição Socialmente Responsável pela 12ª vez evidencia nosso compromisso com a formação cidadã e com o cuidado com a comunidade na qual estamos inseridos. Esse reconhecimento nos inspira a continuar investindo em ações que promovam um futuro mais justo e sustentável”, destaca. Resultados que mostram o impacto coletivo Ao longo de 2024 e 2025, a instituição alcançou importantes avanços ambientais graças ao engajamento de estudantes, colaboradores e da comunidade. Entre os resultados mais expressivos: • 9 toneladas de resíduos reciclados desde janeiro de 2024 • 180 quilos de tampinhas plásticas destinados ao projeto Dog’s Heaven • 242 litros de óleo de cozinha arrecadados em apenas oito meses para o projeto INCluir Petrópolis Além das campanhas de lacres (Anel de Solidariedade), tampinhas da esperança e óleo de cozinha usado, a UNIFASE/FMP ampliou seu ecoponto, passando a coletar também vidro, pilhas e baterias, lâmpadas e embalagens de medicamento (blister). Na instituição, além da separação adequada dos resíduos, todo o material recebe a destinação correta para garantir reutilização segura e redução de impactos ambientais. “Nossa preocupação vai além da segregação. Nosso foco é garantir que os resíduos tenham a destinação correta para evitar que poluam o meio ambiente e que sejam reciclados ou reutilizados corretamente”, explicou a engenheira Thamyres Marcolino, presidente da Comissão de Sustentabilidade da UNIFASE/FMP. Onde doar O ecoponto principal fica localizado no Campus Barão, no estacionamento coberto, na Avenida Barão do Rio Branco, 1003 – Centro e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A instituição também disponibiliza suas unidades de saúde como pontos de coleta de tampinhas plásticas e óleo de cozinha usado, de segunda a sexta, das 8h às 17h, com intervalo de almoço das 12h às 13h: Ambulatório Escola: Rua Hyvio Naliato, 869, Samambaia. PSF Estrada da Saudade: Rua Estrada da Saudade, 160. PSF Machado Fagundes: Rua Drº Paulo Rudge, 238. PSF Nova Cascatinha: Rua Hyvio Naliato, 951. PSF Boa Vista: Rua Henrique João da Cruz, 300.