UNIFASE/FMP participa de projeto aprovado pela FAPERJ, para tornar Petrópolis mais resiliente

31 de outubro de 2025
UNIFASE/FMP participa de projeto aprovado pela FAPERJ, para tornar Petrópolis mais resiliente

O projeto "NBQR nas Comunidades: Educação, Prevenção e Tecnologia para a Resiliência Socioambiental" conta com equipe multidisciplinar e participação de diferentes instituições

15 de fevereiro de 2022 é uma data que ficará para sempre marcada na memória dos petropolitanos, embora esta não tenha sido a única tragédia ocorrida no município em decorrência das chuvas. Há décadas, a cidade sofre com enchentes, sendo muito comum a ocorrência de deslizamentos, pessoas desabrigadas e, em situações ainda mais graves, óbitos. Contudo, a maneira como a sociedade responde a esses acontecimentos mostra se ela está ou não preparada para enfrentar eventos adversos.


Muito tem se falado sobre resiliência urbana frente às mudanças climáticas, e é nesse sentido que o projeto "NBQR nas Comunidades: Educação, Prevenção e Tecnologia para a Resiliência Socioambiental", aprovado no programa PISTA: Conectando Territórios Inovadores da FAPERJ, será realizado em Petrópolis. Com uma equipe multidisciplinar, o projeto conta com a participação da UNIFASE/FMP, responsável pela articulação local; da Secretaria de Defesa Civil de Petrópolis, no suporte operacional; e da UFRJ/COPPE, na liderança técnico-científica.


Coordenado pela professora Inayá Corrêa Barbosa Lima (UFRJ), o projeto teve a contribuição da coordenadora de pesquisa da UNIFASE/FMP, Esther Takamori, na estruturação da proposta, além dos professores Paulo Sá e Lívia Teixeira, que trazem uma sólida atuação junto às comunidades petropolitanas em temas como saúde ambiental e mudanças climáticas.


"A conexão da UNIFASE e do projeto 'Comunidade que cuida da vida' com o NBQR se dá no cuidado com a comunidade, principalmente dos jovens e das lideranças comunitárias em trabalhar as questões socioambientais, mas no contexto de resiliência dessa população. Vemos isso como um agregador dentro dessa discussão que é tão importante para Petrópolis como um todo", explica a enfermeira sanitarista Lívia Teixeira, coordenadora do projeto "Comunidade que cuida da vida" e supervisora das Unidades de Saúde da Família (Nova Cascatinha, Estrada da Saudade, Boa Vista e Machado Fagundes) geridas pela UNIFASE/FMP.


Durante o encerramento da 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano teve como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", o comandante Antônio César da Silva Leite, pesquisador na área de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica, do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais, apresentou o projeto, ao lado da professora Lívia.


NBQR é uma sigla para ameaças de natureza Nuclear, Biológica, Química e Radiológica, que podem afetar populações, infraestruturas e meio ambiente. O Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais, instituição de Ciência e Tecnologia da Marinha do Brasil, é líder na área de pesquisa NBQR e viu no edital da FAPERJ uma oportunidade de "transbordar" sua experiência na parte operativa, de maneira científica e junto à sociedade.


"Quando surgiu a chance de submeter um projeto ao edital PISTA da FAPERJ, entramos em contato com a UNIFASE/FMP. Nós vamos trazer a vivência do corpo dos fuzileiros, alinhando a parte de pesquisa com os anos de experiência da UNIFASE/FMP em trabalhos comunitários em Petrópolis", explica Antônio César.


O objetivo do projeto é desenvolver competências de prevenção, inserir práticas pedagógicas e cidadãs na rotina escolar e comunitária, além de fortalecer redes locais e confiança nas instituições para o fortalecimento da resiliência local. "Essa iniciativa pretende levar a conscientização para as comunidades sobre desastres de natureza NBQR, de forma que a própria comunidade possa desenvolver uma massa crítica para aumentar a resiliência em ambientes adversos. A UNIFASE/FMP vai fazer a ponte com a sociedade petropolitana e com esse projeto, Petrópolis vai se tornar mais resiliente", acrescenta o comandante.


"Fico muito feliz de encerrar a Semana Científica com mais uma ponte criada, mais uma oportunidade que a gente tem de trabalhar em conjunto, fazer ciência, e usar recursos em prol da comunidade", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP.


Ainda durante o encerramento da Semana Científica, foram entregues menções honrosas aos trabalhos que além de alcançarem nota máxima, destacaram-se pela criatividade, profundidade e impacto científico. Dos 234 trabalhos aprovados, 13 receberam menções honrosas, com temas variados como "Psicologia do Esporte na iniciação esportiva infanto-juvenil: atuação, integração e desenvolvimento", "Avaliação psicológica para surdos do Brasil, com análise crítica sobre acessibilidade e adaptações", "Tireoidite supurativa aguda em paciente de 89 anos: um relato de caso" e "Abordagem multidisciplinar em lactente com Síndrome de Down, cardiopatia congênita e hipotireoidismo".


TV UNIFASE na Semana Científica
Durante a cobertura da XXXI Semana Científica, a TV UNIFASE, canal educativo da UNIFASE/FMP, produziu uma série especial com temas de destaque do evento. Confira a playlist completa no YouTube (
https://www.youtube.com/playlist?list=PL2R5w9Pn3ZNqWKHQrfF3qvgkR57PjzJ_7). 

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
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