UNIFASE/FMP celebra dia internacional das mulheres e meninas na Ciência com incentivo ao pensamento científico

11 de fevereiro de 2025
UNIFASE/FMP celebra dia internacional das mulheres e meninas na Ciência com incentivo ao pensamento científico

A instituição de ensino desenvolve vários grupos de pesquisa, entre eles, linhas de estudo com impacto significativo nas demandas do Sistema Único de Saúde (SUS)

No dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo? Dar visibilidade às conquistas das mulheres cientistas e incentivar novas gerações a seguirem seus passos. A data foi estabelecida em 2015 e reflete a necessidade de promover a igualdade de gênero e garantir a participação plena das mulheres no mundo científico.


A pesquisadora e professora adjunta da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), doutora Rosana Bizon é um desses exemplos. Ela iniciou sua trajetória na Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro, em 1988, com apenas 16 anos de idade. Foi pioneira em vários projetos de pesquisa, trilhando um caminho de muito estudo e dedicação.


“Fiz parte da primeira turma do curso técnico em biotecnologia que foi idealizado pelos professores Radovan Borojevic e Maria Helena Nicola. Eu tive a oportunidade de participar de projetos pioneiros, como transplante de medula óssea, e na terapia celular no Brasil. Pude participar de iniciativas que foram inovadoras no mundo todo”, relembra ela.


Hoje ela também é responsável técnica pelo Laboratório de Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP. Rosana e mais quatro mulheres, entre mestres e doutoras nas áreas de farmácia e biomedicina, integram o grupo de pesquisa em Medicina Regenerativa. A equipe segue algumas linhas de estudo como a elaboração e condução de estudos pré-clínicos com uso de modelos de cultivo celular in vitro, e fornecimento de produtos obtidos a partir de células e tecidos humanos para a pesquisa clínica translacional.


“Como pesquisadora e professora eu fico muito feliz em poder abrir as portas dos laboratórios e levar essa realidade para as alunas. E o que eu vejo é que quando elas têm a possibilidade de ter contato com o laboratório e a pesquisa, seja básica ou aplicada, elas se interessam em buscar o melhor, através de inovação de produtos e de terapias que vão melhorar a qualidade de vida da população”, ressaltou a pesquisadora.


Estatísticas mostram que mulheres ainda enfrentam desigualdade no acesso a oportunidades, financiamento e reconhecimento em suas carreiras científicas, mas aos poucos, essa realidade começa a mudar. Cada vez mais mulheres estão conquistando espaço e contribuindo com pesquisas inovadoras que impactam a sociedade, é o que afirma a coordenadora do Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde da UNIFASE/FMP, a professora Regina Bortolini.


“Na história, a ciência foi mais masculina do que feminina, mas dentro das diferentes áreas do conhecimento nós vemos emergir primeiramente a presença feminina na área de humanas e sociais. Isso tem a ver com todas as contradições que as mulheres estão submetidas na nossa sociedade e que as fazem querer em primeiro lugar compreender essas áreas. A sociedade também distingue, no ponto de vista no lugar do masculino e do feminino, razão e emoção. Hoje esse cenário está mudando e assim como na sociedade, as mulheres estão assumindo diferentes papéis e buscando se construir a partir de diferentes referências atuando em várias áreas. Então áreas que antes eram ocupadas por homens, têm sido gradativamente ocupadas também por mulheres, não só nas universidades, mas na vida”, explicou a professora Regina.



Tanto a professora Regina Bortolini com a professora Rosana Bizon compartilham da mesma máxima, que com mais incentivo e apoio, meninas e mulheres podem se tornar protagonistas na ciência e tecnologia, inspirando futuras gerações e construindo um mundo mais igualitário. A egressa da UNIFASE/FMP, a psicóloga Ana Beatriz Gonçalves Mello disse que o desejo de estar na área da ciência e da pesquisa nasceu nos primeiros períodos da graduação.

 

“Tive professoras brilhantes tanto na graduação quanto nos grupos de pesquisa, que me apresentaram a pesquisa como fonte de transformação. Ser pesquisadora é descobrir e possibilitar que outras pessoas possam acessar um mundo de alternativas; é buscar criar pontes entre problemas e soluções, de forma acessível a todos, independentemente do grupo a que pertence”, salientou Ana Beatriz, que ainda faz parte grupo de estudo do Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde como convidada.


Incentivo à pesquisa e ciência

O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e a Escola Técnica Irmã Dulce Bastos buscam incentivar e fomentar o pensamento científico entre o corpo docente e os estudantes com objetivo de produzir conhecimento a partir do delineamento e condução de projetos de pesquisa.


Além disso, há um estímulo para as atividades de pesquisa que se enquadrem nas linhas institucionais e atendam as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitam a comunicação e publicação dos resultados das pesquisas desenvolvidas no âmbito institucional e buscam despertar o interesse pela pesquisa em alunos da rede da educação básica de Petrópolis.


Mais detalhes sobre o trabalho de pesquisa você pode encontrar no site https://www.unifase-rj.edu.br/pesquisa

 

 


29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar