Projeto de Aluna de Enfermagem da UNIFASE Beneficia Deficientes Auditivos no Hospital de Ensino Alcides Carneiro

10 de junho de 2024
Projeto de Aluna de Enfermagem da UNIFASE Beneficia Deficientes Auditivos no Hospital de Ensino Alcides Carneiro

Vídeo Educativo Ensina Cuidados com Recém-Nascidos com Intérprete de Libras

Com o objetivo de incluir puérperas e proporcionar acessibilidade à comunidade surda, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Flávia Verdolin, aluna de Enfermagem do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE), visa auxiliar pais ouvintes e surdos. O projeto consiste em um vídeo educativo sobre cuidados essenciais com recém-nascidos, utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Rosângela Sant’Anna Amaral, orientadora do TCC e professora da UNIFASE, destaca o compromisso da instituição com a inclusão e a melhoria contínua dos cuidados em saúde. “Sempre incentivamos nossos alunos a desenvolverem trabalhos aplicáveis no ambiente hospitalar ou na comunidade. Ensinamos durante as atividades práticas a compreenderem que aquele paciente deitado no leito tem uma família, que também precisa ser acolhida”, explica.

A maternidade do Hospital de Ensino Alcides Carneiro foi escolhida para a implementação do projeto. No momento da alta hospitalar, os pais dos bebês receberão um QR code que permitirá acesso ao vídeo educativo.

Este projeto é mais um exemplo do compromisso da UNIFASE com a inovação e a inclusão social, destacando a importância de proporcionar cuidados de saúde acessíveis a todos os segmentos da população.     

“Esse projeto promove a equidade no acesso à informação. As mães surdas muitas vezes enfrentam barreiras na comunicação durante o atendimento de saúde, o que pode resultar em mal-entendidos e cuidados inadequados. Um vídeo educativo em Libras permite que essas mães compreendam plenamente os cuidados necessários para seus bebês, desde a amamentação até os primeiros socorros, além de medidas de prevenção a doenças. Isso não só fortalece a confiança dessas mães, mas melhora a saúde e o bem-estar dos recém-nascidos. Esse vídeo educativo representa um passo significativo na humanização do atendimento e na inclusão social, pois mostra como a tecnologia e a criatividade podem ser usadas para superar barreiras, garantindo que todos tenham acesso às informações vitais para a saúde de suas famílias. Iniciativas como esta servem como exemplo de boas práticas que podem ser adotadas por outras instituições de saúde”, ressalta Isabelle Geoffroy, coordenadora do curso de graduação em enfermagem da UNIFASE.

Estudante do 9° período de Enfermagem, Flávia Verdolin conta como surgiu a ideia de utilizar LIBRAS no projeto. “Quando me mudei para Petrópolis, morei em um apartamento que tinha uma escola para pessoas surdas ao lado. Ficava observando, interessada na maneira como se comunicavam em Libras. Quando entrei para a graduação, fiquei muito fascinada pela obstetrícia, o que me fez pensar em como essa comunidade de surdos teria acesso às informações que precisam ser passadas pelos profissionais. Então, decidi que seria uma boa maneira de ajudar com esse projeto”, lembra.

Para a realização do vídeo, a aluna Flávia Verdolin teve o auxílio de Cristiane Sena, intérprete, professora de Libras e gestora de Acessibilidade do Sehac. “Esse momento tão especial do nascimento de uma criança não pode ser marcado por falta de informação e insegurança. Então, quando existe o acesso à informação, com a acessibilidade comunicativa, existe segurança, respeito e empatia. Este trabalho desenvolvido pela Flávia corrobora com todo esse movimento. Perceber que os profissionais estão vindo do meio acadêmico com esta consciência profissional, nos dá mais do que esperança, mas a certeza de que teremos profissionais mais qualificados e que vão oportunizar um atendimento digno a toda comunidade surda”, comemora Cristiane.

Outra profissional que colaborou para a produção do vídeo educativo foi Fernanda Gonçalves, que é deficiente auditiva e trabalha no apoio administrativo do Sehac. “Esse cuidado humanizado é extremamente necessário para as mães surdas. Ter o atendimento desde o pré-natal, parto, pós-parto e os cuidados com o recém-nascido é um direito garantido. Eu pertenço à comunidade surda e já ouvi diversos relatos de casais de amigos que são pais e dizem enfrentar alguns desafios, pois nos atendimentos e cuidados profissionais ainda há a falta de acessibilidade, especialmente na comunicação”, pontua.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
27 de outubro de 2025
Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar