Aprender Libras é um passo essencial para a inclusão social

10 de janeiro de 2025
Aprender Libras é um passo essencial para a inclusão social

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm algum grau de deficiência auditiva, o que representa aproximadamente 5% da população, segundo dados do IBGE

Em Petrópolis, aproximadamente 14 mil pessoas se declararam surdas ou deficientes auditivas, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e para esse público a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é essencial para a comunicação e integração social. Essa língua foi reconhecida oficialmente no Brasil em 2002 e desempenha um papel crucial ao promover a comunicação ajudando as pessoas surdas a participarem plenamente da sociedade. 


“As pessoas acham, equivocadamente, que a Libras é uma segunda língua, quando na verdade, ela é uma língua oficial do Brasil, assim como é o Português. Todo mundo, em algum momento, vai acabar lidando com algum deficiente auditivo. Essa acessibilidade comunicacional é fundamental para um atendimento de equidade da comunidade surda”, explicou Clévia Sies, professora de Libras da UNIFASE/FMP.


De acordo com a Federação Mundial dos Surdos (WFD), 80% das pessoas surdas no mundo enfrentam dificuldades para compreender as línguas escritas. Isso reforça a importância da Libras como um instrumento para o acesso à informação e a participação social. No Brasil, a ausência de acessibilidade comunicacional limita as oportunidades de autonomia e integração de milhões de cidadãos.


“Muitas vezes o surdo não compreende o português e algumas pessoas acham que é só parar na frente do surdo que ele vai fazer a leitura labial, e não é isso! A língua portuguesa é a segunda língua para ele, então a gente tem comprovadamente uma baixa compreensão da língua portuguesa de forma eficaz”, ressaltou a professora.

Investir no aprendizado e na difusão da Libras é um importante passo para a inclusão e para a construção de uma sociedade mais justa, nesse sentido, a UNIFASE/FMP está com as inscrições abertas para dois cursos de Libras, de aperfeiçoamento e extensão.


“Nesse curso o aluno vai sair fluente na Língua Brasileira de Sinais. O curso tem duração de 10 meses e vai do nível básico ao intermediário. As aulas serão híbridas, ministradas no campus Barão e também assíncronas pela internet. Serão dois cursos, um de extensão com carga horária de 150 horas e um de aperfeiçoamento, com 180 horas. Um diferencial do curso serão os módulos específicos de sinais para várias áreas do conhecimento, de acordo com a demanda dos alunos, assim após o curso eles estarão aptos para um atendimento com equidade para a comunidade surda. Esse diferencial só temos na UNIFASE/FMP”, acrescentou Clévia.


As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo site da instituição: https://www.unifase-rj.edu.br/. Acesse Aperfeiçoamento ou Extensão para garantir sua vaga. O curso de Aperfeiçoamento é destinado a graduados de todas as áreas, enquanto o de Extensão é voltado para alunos de graduação, profissionais de diversas áreas e pessoas com formação no Ensino Médio (comunidade em geral).

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Estudantes extensionistas da UNIFASE/FMP e da Universidade da República (UdelaR), do Uruguai, participaram de uma vivência imersiva no Quilombo Boa Esperança, em Areal/RJ. Entre os dias 14 e 20 de julho, os alunos se dedicaram a ações de escuta, troca de saberes e construção coletiva com os moradores da comunidade quilombola. “Como extensionista uruguaio, vivenciar a relação que a UNIFASE/FMP constrói com a comunidade quilombola nos inspira a aprofundar o diálogo de experiências e saberes em uma perspectiva regional. A UdelaR reconhece a importância da colaboração e da complementaridade para refletirmos sobre o papel da extensão universitária nas sociedades do conhecimento do século XXI”, destaca Kail Márquez García, professor da UdelaR. A atividade fez parte de um projeto de extensão que já acontece há mais de um ano e teve como foco o fortalecimento de vínculos, o reconhecimento das realidades do território e o aprendizado sobre o cuidado em sua dimensão mais ampla — afetiva, social e política. Ao longo da semana, os estudantes foram acolhidos pelas famílias da comunidade, que compartilharam não apenas suas rotinas, mas também seus saberes e histórias. Ao final da vivência, os participantes realizaram uma devolutiva à comunidade, reunindo reflexões e aprendizados construídos de forma coletiva. “Foram dias de troca profunda entre o quilombo e a cidade, onde a beleza da cultura encontrou a dureza da desigualdade. Mostramos nossa resistência, nossas dores e esperanças, e plantamos em cada visitante um olhar mais humano e consciente”, explica Danilo da Silva Barbosa, quilombola. A iniciativa reforça o papel da extensão universitária como espaço de formação integral, valorizando o diálogo com diferentes contextos e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula. Na UNIFASE/FMP, a extensão é parte viva da formação — criando pontes entre saberes e territórios. "Vivências como essa nos lembram que a universidade não deve apenas formar profissionais, mas cidadãos comprometidos com a realidade social e preparados para escutar e construir junto", comenta a docente de Extensão da UNIFASE/FMP, Gleicielly Braga.