Dia 15 de fevereiro de 2022 ficou marcado na história. E agora fazemos o quê?

15 de março de 2022
Dia 15 de fevereiro de 2022 ficou marcado na história. E agora fazemos o quê?


Paulo K de Sá  – Mestre em Ciências da Saúde e Coordenador do curso de Medicina da UNIFASE/FMP.

  Foi um dia de verão, trabalhadores em atividade, estudantes em suas escolas e universidades, alguns turistas de férias passeando, pessoas em suas casas cuidando de suas vidas pessoais, pássaros voando, cachorros latindo, e assim a vida pulsava. Ao final da tarde, o tempo ficou nublado, provavelmente mais uma chuva de verão como habitual. Mas não, no dia 15 de fevereiro de 2022, a cidade de Petrópolis conheceu uma tempestade de proporções inesperadas.

Mães, pais, avós, filhes, netes, sobrinhes, amiges, maridos e esposas, aguardando o retorno de seus amades para casa depois do longo dia de atividades. Mas, para muitos, isso não aconteceu. Muitos não chegaram, outros tantos ficaram no caminho e outros mais nem sequer tiveram a chance de sair de casa ou do trabalho.

Será que era possível ter previsto isso? Será que foi um evento pontual, um azar do destino e que nunca mais vai se repetir?

Ao olharmos para a história de Petrópolis, D. Pedro II já se reportava aos seus engenheiros solicitando que resolvessem o problema das enchentes de verão na cidade. Há muitos anos, sabe-se que as tempestades de verão vêm com mais ou menos intensidade todo ano. Sabe-se também que em uma cidade cortada por vários rios e entre montanhas, a probabilidade de alagamentos ou escorregamentos de encostas também é frequente. A cidade já convive com esses eventos climáticos há anos. São vários registros, os mais recentes e trágicos, 1988 e 2011. Em 2011, das cidades da região serrana, Petrópolis foi a menos atingida, pegou a região de Itaipava e Vale do Cuiabá, porém causou uma grande destruição. Foi uma tempestade que só ocorre a cada 300 anos.

No entanto, infelizmente dia 15, em uma tempestade que só ocorre a cada 70 anos, foi recorde o número de mortos na cidade, mais de 200, fora os desaparecidos. Um número gigantesco de desabrigados, ainda não se tem uma cifra definitiva. Nunca havíamos tido um episódio tão grande e assustador. A tempestade atingiu regiões com alta densidade populacional e alto risco de escorregamento e alagamento. O Centro Histórico ficou irreconhecível, a cidade entrou em luto e ficou traumatizada. Agora, a cada ameaça de chuva, todos ficam assustados e olhando para o céu temendo o que pode estar por vir.

Anteriormente, as escalas eram projetadas em um clima controlado, mas não é o que está ocorrendo no mundo. Não se pode atribuir cientificamente que essa chuva foi devido à alteração climática, mas se de tempos em tempos teremos tempestades em grande volume, e mais frequentes, como apontam os relatórios internacionais de mudanças climáticas, o que não sabemos mais é de quanto em quanto tempo isso irá ocorrer novamente.

Daqui a 70 anos, quando vier a próxima, um neném que nasceu na tempestade do dia 15 poderá ser um avô ou avó soterrado se nada for feito.

Já temos muitos eventos e conhecimento suficiente para redirecionar a cidade para uma ocupação mais segura para todos. A ocupação de encostas ocorre por ricos e pobres, condomínios sofisticados e favelas desmatam e recortam o morro arriscando a sua estabilidade, desviam-se o curso de rios, constrói-se em zonas de alagamento desses rios e depois espera-se que nada aconteça. Uns por inconsequência e outros, porque não tem outro lugar onde morar em uma cidade com grave especulação imobiliária imposta por poucos.

Castigo da natureza? Não, jamais. A natureza não castiga, ela apenas segue o seu fluxo equilibrado de eventos para manter a harmonia do todo.

Nesse momento, teremos que fazer uma importante escolha. Ficaremos sempre com medo olhando o céu cinzento, ou assumiremos a condição de vulnerabilidade dessa cidade, marcada pelas chuvas tropicais, a fim de promover treinamento e instrução populacional de como criar vias e condutas de proteção diante de possíveis intempéries futuras? Realizaremos projetos decentes de urbanização e ocupação do território da cidade em harmonia com as condições naturais, ou ficaremos esperando promessas de financiamento de obras que nunca terminam, do recurso prometido que, quando chega, chega só um terço. O que estamos esperando? Já passou um mês…

17 de julho de 2025
O curso de Odontologia da UNIFASE, reconhecido como um dos melhores do Estado do Rio de Janeiro, abre as portas para quem deseja vivenciar, na prática, a profissão e suas inovações tecnológicas. No dia 22 de julho, das 14h às 18h, acontece o workshop gratuito “Odonto 3.0: prática na era digital”, no Ambulatório Escola da instituição, localizado na Rua Hyvio Naliato, 869 – Cascatinha. Durante quatro horas, os participantes poderão experimentar a rotina da odontologia contemporânea, com foco no uso de tecnologias digitais aplicadas ao diagnóstico e atendimento clínico. A atividade será conduzida pelos professores do curso de Odontologia da UNIFASE, Paulo Belo, mestrando em Prótese Dentária na UERJ, Andreia Machado, mestre em Odontologia pela UERJ e Suzana Kind, especialista em Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares e Estomatologia. Com vagas limitadas, o workshop representa uma excelente oportunidade para conhecer de perto os diferenciais da graduação em Odontologia da UNIFASE, tais como: • Scanner intraoral e fresadoras digitais de última geração • Mais de 50 consultórios totalmente equipados • Prontuário eletrônico com tecnologia de ponta • Materiais para procedimentos fornecidos pela instituição, com qualidade garantida • Formação prática desde o início do curso As inscrições estão abertas até 21 de julho e devem ser feitas pelo site: unifase-rj.edu.br/extensao/curso-de-extensao/curso/odonto-3.0-pratica-na-era-digital
16 de julho de 2025
Novo episódio vai ao ar em 24 de julho, às 19h, com transmissão no YouTube da VideoSaúde e da UNIFASE
16 de julho de 2025
A professora Dra. Maria Regina Bortolini, da UNIFASE/FMP, representou com excelência a instituição e a cidade de Petrópolis na 17ª Conferência Internacional sobre Representações Sociais, realizada em Brest, na França, entre os dias 7 e 12 de julho de 2025. A conferência é uma das mais importantes do mundo na área de Psicologia Social, reunindo pesquisadores de diversas partes do planeta.  Com sensibilidade e profundidade, a docente apresentou o trabalho “Tristes, Loucas e Más: refletindo sobre a construção das subjetividades femininas”, desenvolvido em coautoria com Ana Beatriz Gonçalves Mello, egressa do curso de Psicologia da UNIFASE. O estudo é fruto das ações do LERS (Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde) e do Coletivo Feminista (COFEM) da universidade.