NIPPIS, núcleo de pesquisa da UNIFASE e da Fiocruz, lança programa Ecoar – diálogos de cidadania e desenvolve Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência

4 de novembro de 2021
NIPPIS, núcleo de pesquisa da UNIFASE e da Fiocruz, lança programa Ecoar – diálogos de cidadania e desenvolve Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência

O novo Programa Ecoar- diálogos de cidadania, lançado no último dia 13 de outubro, tem a proposta de abordar, de forma acessível e descontraída, diversos assuntos relacionados às temáticas da cidadania e dos direitos humanos. O projeto é do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão (NIPPIS), fruto de um acordo de colaboração entre o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e a Fiocruz.

“O público e os participantes de cada episódio encontrarão no Ecoar um espaço de diálogo para compartilhar seus conhecimentos e vivências. Esse projeto surgiu de percepções fundamentais do nosso grupo de pesquisa, cuja importância ficou ainda mais clara no contexto da pandemia. É preciso construirmos conexões mais efetivas entre a sociedade civil e a academia, além de traduzir o conhecimento e as reflexões realizadas no mundo acadêmico para uma linguagem acessível, permitindo que estes sejam apropriados pelo cidadão comum e fortaleçam a construção da cidadania. Fazer isso não é simples e, certamente, precisa ser construído na prática”, explica a professora e pesquisadora Cristina Rabelais, coordenadora do NIPPIS.

O programa, conduzido por Tuca Munhoz, ativista pelos direitos humanos e das pessoas com deficiência e consultor especializado em acessibilidade, promove bate-papos com o objetivo de informar e proporcionar conversas plurais entre os convidados e a audiência. O Ecoar – diálogos de cidadania busca somar conhecimento e reflexões aos debates atuais que trazem foco para grupos e sujeitos que são histórica, social, cultural e economicamente invisibilizados. Com tradução em libras, os próximos episódios estão agendados para os dias 10/11 e 08/12, tratando do tema Capacitismo e Dominação. O primeiro episódio está disponível no canal da Vídeo Saúde no YouTube ( https://youtu.be/BWt5MIH8ENQ ) e há uma articulação para que os próximos episódios sejam disponibilizados simultaneamente pelo canal da UNIFASE, no YouTube.

“Com essa iniciativa, queremos criar ferramentas e estratégias que viabilizem o diálogo entre pesquisadores, gestores, ativistas e cidadãos. A divulgação científica em uma linguagem acessível facilita a democratização do conhecimento e pode contribuir para a participação das pessoas em geral. Da mesma forma, auxilia gestores no planejamento de políticas públicas com melhores resultados sobre os problemas da população. Já em relação à formação de estudantes, especialmente da área da saúde, a valorização de canais de diálogo entre academia, poder público e sociedade civil fortalece a missão social que deve acompanhá-los no exercício da profissão, já que, além de cuidar do corpo biológico dos pacientes, é necessário se comprometer com a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa com os cidadãos”, frisa a coordenadora do NIPPIS.

Outro importante projeto que vem sendo desenvolvido pelo NIPPIS é o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência – SISDEF. O seu objetivo central é desenvolver painéis de indicadores para monitoramento e análises de políticas públicas relacionadas a pessoas com deficiência e torná-los públicos, por meio de uma plataforma de informação de acesso aberto e universal. Algumas equipes multiprofissionais estão envolvidas no trabalho, atuando na construção de indicadores de várias áreas temáticas – como Educação, Trabalho e Saúde – e na construção da plataforma de informações, utilizando os mais avançados recursos de computação e acessibilidade.

“As pessoas com deficiência constituem um segmento historicamente invisibilizado em termos sociais e isso se reflete na escassez de informações. Se não há informações confiáveis e periódicas sobre quantos são, como vivem e quais são suas necessidades, como planejar políticas públicas e acompanhar seus resultados? O Sistema Nacional de Informações em Saúde – SISDEF vem, portanto, sendo estruturado para fazer frente à escassez de informações e diminuir a invisibilidade de pessoas com deficiência no Brasil. É fruto de uma parceria entre a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Fiocruz, por meio do NIPPIS”, destaca a pesquisadora Cristina Rabelais.

A previsão é que a primeira versão do SISDEF seja lançada nos primeiros dias de dezembro como parte dos eventos que marcarão o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado em 03 de dezembro.

“O projeto Ecoar irá contribuir para divulgar os resultados disponibilizados pelo SISDEF. Estamos desenvolvendo, também, um estudo de mapeamento dos indicadores propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar o cumprimento dos direitos estabelecidos pela Convenção Internacional dos Direitos de Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário. Como o nome diz, o NIPPIS tem como foco principal a produção de informações para possibilitar o planejamento e acompanhamento de políticas públicas, com foco na inclusão social, isto é, em grupos socialmente excluídos. Nossa intenção é fortalecer, em 2022, uma área de atuação que trabalhe a interseção entre a Informação, produzida por meio de métodos científicos, a Comunicação, especialmente valorizando a tradução do conhecimento para linguagem acessível, e a Cultura, esta última incorporada como estratégia de resgate de identidades e empoderamento social”, finaliza Rabelais.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
Evento reúne especialistas para debater avanços e desafios na saúde da mulher
27 de outubro de 2025
Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar