UNIFASE/FMP participa de projeto internacional sobre Interculturalidade

18 de junho de 2021
UNIFASE/FMP participa de projeto internacional sobre Interculturalidade

O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) está participando do projeto Internacional “Diálogos interculturais”, em parceria com o Núcleo de Estudos sobre Povos Indígenas, Interculturalidade e Educação – NEPIIE da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), coordenado pela Dra. Kelly Russo, e pelo grupo de pesquisa-criação do Dr. Simon Harel, da Universidade de Montreal, no Canadá. O estudo envolve a elaboração de autonarrativas audiovisuais com vídeos 360° de jovens estudantes de escolas públicas brasileiras e canadenses.

“Nesse projeto, o primeiro pilar são os territórios analisados de várias perspectivas, não apenas a questão do espaço físico, mas de identidade também, de forma múltipla, pois essa relação com o território é complexa. Aqui em Montreal, por exemplo, temos muitos imigrantes e indígenas. Essas pessoas mudam de território e carregam em si outros territórios, formando identidades muito complexas. Então, essa noção de território abriga uma visão processual do território como algo que é construído nas interações e não como uma coisa delimitada pelas fronteiras do mapa. O segundo pilar é o conceito da narrativa, explorando a fala e o ponto de vista da pessoa que está contando a própria história. Neste caso, os adolescentes relatam como enxergam os seus territórios. A mídia imersiva é o terceiro elemento que a gente traz no projeto, trabalhando com realidade virtual e com vídeo 360°”, explica Dra. Julia Salles, professora integrante do grupo da Universidade de Montreal.

A convite da Dra. Julia Salles, o Laboratório de Representações Sociais da UNIFASE formou uma parceria com o grupo EMI Áudio e Vídeo, do Colégio Estadual Dom Pedro II, e o Núcleo de Estudos sobre Povos Indígenas, Interculturalidade e Educação da UERJ passou a atuar com uma comunidade da Escola Municipal Indígena Guarani Kyringue Aranduá, de Itaipuaçu, para desenvolverem uma experiência piloto da mesma ação no Brasil.

“Esse projeto é muito interessante, pois coloca em diálogo diferentes culturas juvenis, numa perspectiva intercultural, visando contribuir para a promoção de novas práticas educativas, ancoradas na vivência e no diálogo de educadores e jovens envolvidos na realização de produtos audiovisuais. Essa experiência tem sido importante para conhecermos uma nova modalidade de investigação, a pesquisa-criação, ainda pouco usual no Brasil. Essa modalidade de pesquisa envolve muitas camadas, desde o acompanhamento aos desafios do processo de criação/produção de uma obra artística, mas também a dimensão subjetiva de como essa experiência mobiliza e afeta cada sujeito da pesquisa. Permite uma aproximação de outra ordem aos processos psicossociais de construção e reconstrução de representações. Ela exige nossa reflexão crítica constante, a partir dos critérios e rigorosidade científicos”, destaca Maria Regina Bortolini, coordenadora do Laboratório de Estudos em Representações Sociais da UNIFASE/FMP.

A produção de autonarrativa no contexto da pandemia possibilitou que todos os envolvidos no projeto pudessem entrar em contato com as emoções, sentimentos, afetos, dores e conflitos que os adolescentes estão vivenciando neste período pandêmico. O contato com os aspectos de saúde dos adolescentes fora do ambiente de unidades de saúde, a partir de projetos sociais, pode ser um aprendizado importante para a formação de novas competências para os estudantes de Iniciação Científica envolvidos. Afinal, a inserção de um profissional de saúde neste mundo midiatizado não se resume ao consultório.

“Esse processo de Iniciação Centífica é uma experiência incrível, pois estou dialogando com um universo que vai além da medicina em si. No meio médico, muitas vezes, a gente fica restrito aos estudos de anatomia, fisiologia, patologia etc. A nossa vida gira em torno disso 24 horas por dia. Ser um médico em formação e participar desse processo, com a possibilidade de dialogar com tantas individualidades, é muito enriquecedor. A medicina é algo que envolve tudo que é humano e entender as pessoas em seus aspectos gerais, que comprometem a saúde como um todo, é realmente algo que me forma não apenas como um médico que tenha um olhar diferenciado para os pacientes, mas também como cidadão”, explica Calebe Lima de Brito, aluno do 4º período de Medicina da UNIFASE/FMP.

Desde outubro de 2020, estudantes da UNIFASE/FMP estão participando do  desenvolvimento da investigação “Territórios, memórias e diálogos interculturais: pesquisa-criação com adolescentes de escolas públicas do Rio de Janeiro”. A proposta dos acadêmicos de Iniciação Científica é analisar de que maneira uma experiência intercultural e intersubjetiva singular como essa produz efeitos na saúde mental, expectativas e projetos de vida, desses adolescentes em um contexto de pandemia.

“A Iniciação Científica agrega muito na vida acadêmica, não só com conteúdo teórico, mas também com a carga social tão importante. Então, eu amo participar desse tipo de projeto, principalmente, pela gama de conhecimentos, pois trabalhamos com ferramentas que ficam de experiência para a vida, que me ensina não apenas o processo de pesquisa-criação, mas tudo que está envolvido com as experiências de cada ser humano e os vínculos que são criados neste processo”, comenta Alice Mesquita, aluna do 3º período de Medicina da UNIFASE/FMP.

Os vídeos autonarrativos estão disponíveis na mostra internacional e podem ser conferidos no link: https://www.monterritoire.ca/ col%C3%A9gio-estadual-d-pedro-ii

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Evento será realizado de 5 a 8 de agosto na UNIFASE, em Petrópolis (RJ)
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Curso credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia forma médicos para atuação completa na especialidade
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A Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) está com as inscrições abertas para o ingresso de estudantes por meio do Diploma Internacional Baccalaureate (IB). O processo seletivo, com edital já publicado, oferece cinco vagas para o curso de graduação em Medicina. As inscrições estão abertas até o dia 9 de janeiro de 2026, exclusivamente pelo site https://www.unifase-rj.edu.br/baccalaureate-fmp A divulgação do resultado está prevista para o dia 14 de janeiro de 2026, com matrículas nos dias 15 e 16 de janeiro de 2026. O Baccalaureate é um programa de ensino reconhecido internacionalmente por seu currículo acadêmico rigoroso e interdisciplinar. Com a adesão ao processo, a Faculdade de Medicina de Petrópolis amplia as possibilidades de acesso ao curso de Medicina, valorizando trajetórias escolares de excelência em instituições nacionais e estrangeiras. Para participar, o candidato deve ter concluído o IB a partir de 2023 e indicar a Faculdade de Medicina de Petrópolis como instituição de destino no momento da liberação do certificado oficial. A seleção será feita com base na nota final obtida no Exame IB, respeitando os critérios de classificação previstos no edital. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo Whatsapp, pelos números (24) 98865-0693 ou (024) 99200-4036. Sobre a Faculdade de Medicina Com quase 60 anos de história, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) é referência na formação de médicos no país. Tem nota máxima no MEC (conceito institucional) e ficou entre as melhores instituições do Estado do Rio de Janeiro no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Destaca-se pela qualidade técnica e também pela formação de excelência voltada ao desenvolvimento humano. A instituição, que funciona em um campus parque na região central de Petrópolis, promove uma abordagem multiprofissional e interativa, que valoriza tanto o conhecimento científico como a sensibilidade no cuidado ao paciente. Com infraestrutura de ponta, tem um dos mais modernos centros de simulação realística do país, mesa de anatomia digital e laboratório morfofuncional com peças humanas plastinadas e dissecadas - importadas da Alemanha, com alta qualidade de dissecção e sem formol. Outros destaques são o Centro de Inovação, Pesquisa e Atualização Cirúrgica (CIPAC), com cursos em cadáver lab, e o Laboratório de Medicina Regenerativa, entre outros. Os estudantes têm à disposição um hospital de ensino conveniado, que é credenciado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde, um Ambulatório Escola próprio com mais de 100 mil pacientes cadastrados, e unidades de Saúde da Família geridas diretamente pela instituição. Todos são cenários de estágios e práticas. Mais de 80% do corpo docente é composto por mestres e doutores, garantindo uma formação de alto nível acadêmico e técnico.  A Faculdade de Medicina de Petrópolis também mantém parcerias com instituições de renome nacional e internacional, como a Fiocruz, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Universidad del Desarrollo (Chile), a Universidad Nacional de Quilmes (Argentina) e a Universidade do Minho (Portugal), entre outras.