Retomada da economia com a flexibilização na pandemia e as perspectivas para o futuro

23 de setembro de 2020
Retomada da economia com a flexibilização na pandemia e as perspectivas para o futuro

Por Gabriel Mamed, economista e professor da UNIFASE.

A pandemia que ora vivenciamos pegou a todos de surpresa. De um momento para outro todas as economias, das mais pobres às mais prósperas, sofreram impactos em todos os setores. Logicamente, o impacto maior se dá sobre a saúde e sobre a vida dos indivíduos que contraem – e muitos morrem – a COVID-19.

Justamente por isso, a redução das atividades econômicas se mostrou primordial no início do problema, como forma de reduzir o ritmo de contaminação, o que não só poupou vidas, mas permitiu que o setor de saúde tivesse fôlego para atender a demanda.

Está claro que esta contenção reduziu, sobremaneira, o crescimento econômico. Empresas fecharam suas portas, pessoas perderam seus empregos, exportações diminuíram e houve redução na arrecadação de tributos por parte dos governos nas três esferas – municipal, estadual e federal.

Algumas políticas foram realizadas para reduzir perdas, como a concessão do auxílio emergencial a determinadas classes trabalhadoras, incentivos para que as empresas mantivessem seus funcionários e linhas de crédito enviadas aos bancos para concessão de empréstimos à iniciativa privada, elementos que apenas garantiam o básico à sobrevivência de famílias e empresas.

Apesar das medidas adotadas, o Brasil registrou uma queda significativa em seu PIB, da ordem 9,7%, no segundo trimestre, e entrou, tecnicamente, em recessão. Por setores da economia, a agropecuária foi o único a apresentar crescimento (0,4%), enquanto a indústria teve redução de 12,4% e o setor de serviços, – 9,6%.

Outras grandes potências e compradoras dos produtos brasileiros também se encontram em dificuldades, como EUA e países da União Europeia. A China, por sua vez, cresceu 11,5%. Portanto, via exportação, a maior oportunidade de ganhos será para este país.

Internamente, com a flexibilização cada vez mais crescente das atividades econômicas e a prorrogação do auxílio emergencial até o final do ano, a tendência é que os níveis de produção e emprego se elevem, aumentando o consumo, investimentos e arrecadação tributária.

Espera-se que o setor agropecuário continue reagindo.

Quanto à indústria, já foi anunciada a contratação de postos de trabalho temporário, o que indica novos investimentos. O setor de serviços também deverá apresentar recuperação, uma vez que está atrelado aos demais setores, sobretudo nas operações bancárias e no comércio varejista.
No entanto, essa retomada deve ser tímida, por conta de ainda haver pandemia. A maior parte dos investimentos deve ser direcionada à exportação e com vistas ao Dia das Crianças e ao Natal, momentos que estimulam as vendas.

Cautela, portanto, é necessária, pois grande parte das expectativas de retomada econômica estão relacionadas às vacinas que poderão ser veiculadas a partir de janeiro do próximo ano, pelas projeções mais otimistas. Torçamos.

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Festival recebe duas gerações de autoras da instituição, unindo ficção, pesquisa e paixão pela escrita
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A Faculdade de Medicina de Petrópolis recebeu no último sábado (22) uma visita muito especial: a turma de Medicina de 1975 da FMP, que celebrou meio século de história desde o início da sua formação. Cinquenta anos depois, os antigos estudantes regressaram ao campus para reencontrar colegas de profissão, recordar momentos marcantes e testemunhar a evolução da Faculdade ao longo das últimas décadas. A celebração incluiu ainda a simbólica renovação do juramento médico, revivendo a emoção e o compromisso que marcaram o início das suas carreiras. O encontro foi idealizado pela professora e egressa da turma, Drª Rosane Bittencourt e reuniu mais de 30 ex-alunos. Entre os visitantes, esteve presente o ex-diretor da FMP, Dr. Paulo Cesar Guimarães.
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A humanização do cuidado tem se consolidado como um dos pilares da formação em saúde na UNIFASE/FMP, especialmente na Residência Multiprofissional em Atenção Básica em Saúde, onde o Programa de Desenvolvimento das Humanidades vem promovendo mudanças na forma como os profissionais compreendem, acolhem e se relacionam com os pacientes. Implementado na graduação desde 2021 e ampliado para a residência multiprofissional desde março de 2025, o programa utiliza metodologias como narrativas biográficas, prática reflexiva, comunicação em saúde e rodas de conversa estruturadas para desenvolver competências essenciais ao trabalho no SUS. A proposta busca fortalecer a escuta qualificada, o vínculo com o território, o olhar ampliado sobre o processo saúde-doença e o cuidado centrado na pessoa. “Nós temos uma avaliação permanente das residentes, muito positiva, sobre o processo de acompanhamento e desenvolvimento das humanidades como sendo um espaço para o compartilhamento das práticas e uma oportunidade de refletir sobre essa prática. É fundamental que as nossas residentes hoje, como futuras especialistas em Atenção Básica, estejam tendo a oportunidade de desenvolver a habilidade de refletir sobre a prática, refletir sobre as ações, refletir sobre o processo de formação, sobre os atendimentos, sobre olhar para o território. Então possibilitar um encontro destinado a esse processo de reflexão é claro que contribui para o desenvolvimento dessa habilidade e isso sem sombra de dúvidas impacta no atendimento aos indivíduos, às famílias e à comunidade” Norhan Sumar, coordenador do programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UNIFASE/FMP. O impacto do programa na formação de profissionais e na qualificação da assistência chamou a atenção da comunidade acadêmica internacional. Em 2025, a professora Camila Aloisio Alves, coordenadora do Programa de Desenvolvimento das Humanidades da UNIFASE/FMP foi ao Canadá apresentar os resultados e desdobramentos do projeto. “A experiência foi muito exitosa, enriquecedora e produtiva. Pude participar de dois congressos: o primeiro, na cidade de Québec, “Passé, présent et futur des récits de vie dans la recherche en éducation et la formation”, organizado pela Universidade de Laval em parceria com a Associação Internacional de Histórias de Vida e Formação, da qual faço parte do conselho administrativo, e cujo objetivo foi explorar o papel das narrativas de vida na pesquisa e na formação em educação, o segundo, « Collaboration interprofessionnelle et apprentissage expérientiel en santé: récits, pratiques et approches créatives » foi organizado pela Universidade de Montreal e pelo Centro de pesquisa do Instituto de Geriatria de Montreal, com o objetivo de refletir sobre a complexidade da experiência de colaboração interprofissional em cuidados de saúde, em parceria com o paciente e seus familiares. Nele apresentei a conferência « La narration du vécu et les savoirs expérientiels : quel rapport pour quels apports dans la formation en santé ? »". No contexto desse mesmo congresso, a residente Rafaela Martinho Tobler, que está no segundo ano do Programa de Residência Multiprofissional da Atenção Primária, também foi convidada a apresentar as contribuições e perspectivas de aprendizado multiprofissional a partir da sua trajetória de formação e atuação como residente. “Em outubro, estive no Canadá para apresentar um trabalho sobre a Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UNIFASE, destacando a importância do trabalho em equipe e das práticas multiprofissionais. A Universidade de Montreal tem forte tradição em pesquisas sobre interdisciplinaridade, e essa aproximação foi possível graças à parceria estabelecida pela professora Camila, que já mantém contato com os pesquisadores de lá. Durante a viagem, também visitei a universidade e o centro de geriatria, o que me permitiu conhecer de perto o funcionamento do sistema de saúde local. Foi uma experiência extremamente enriquecedora, na qual pude aprender muito e ampliar minha visão sobre práticas em saúde”, disse Rafaela. A professora Camila destaca que além da participação nos congressos, ela também ministrou dois ateliês de formação, como nos explicou: “um foi na Universidade do Québec à Trois Rivières (UQTR) sobre “L’approche narrative biographique : quelles contributions pour la formation à l’université ? »; e outro na Universidade de Montréal, especificamente para os pesquisadores da Equipe Futur, intitulado « L’approche narrative biographique: quelles contributions pour la recherche en santé et en éducation ? »”. Cabe destacar que a Equipe Futur tem o objetivo compreender melhor a contribuição das experiências educacionais para o processo de profissionalização dos profissionais de saúde e que a docente passou a ser membro colaboradora desde junho deste ano, tendo se tornado a única professora brasileira e a única não canadense a compor o grupo de forma permanente. UNIFASE/FMP: referência em programas de residência Com um portfólio consolidado, a UNIFASE/FMP oferece residências em diversas áreas da saúde. Na área médica, são ofertadas especializações em Anestesiologia, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Ano Adicional, Neonatologia, Endoscopia, Urologia e o mais recente programa em Cirurgia Oncológica. Além disso, o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica inclui vagas para nutricionistas, psicólogos e enfermeiros. Na Residência em Enfermagem, as opções de especialização incluem Terapia Intensiva, Obstetrícia e, agora, Oncologia.  A instituição conta ainda com cursos de pós-graduação. Confira mais informações no site da instituição: https://www.unifase-rj.edu.br/pos-unifase/cursos-de-pos-graduacao