Médica salienta a importância da amamentação e explica como fazer a Doação de Leite Materno em Petrópolis

26 de agosto de 2025
Médica salienta a importância da amamentação e explica como fazer a Doação de Leite Materno em Petrópolis

O mês de agosto é conhecido como "Agosto Dourado", uma campanha mundial que visa promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo e adequado para os bebês nos primeiros meses de vida.


A campanha, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, além de incentivar a doação de leite humano para bebês prematuros e internados em UTIs neonatais.


Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a Dra. Nathalia Veiga Moliterno, pediatra, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora da UTI Neonatal do HEAC, salienta a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano. Confira:


Qual a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê?

Dra. Nathalia: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver de forma saudável. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e reduz o risco de doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes.


Além dos benefícios nutricionais, o que mais o leite materno oferece ao recém-nascido?

Dra. Nathalia: O leite materno é muito mais do que apenas um alimento, pois ele contém anticorpos e células de defesa que fortalecem o sistema imunológico do bebê. Também ajuda na maturação do intestino, no desenvolvimento neurológico e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é essencial para a saúde emocional.


Quais são os principais desafios que as mães enfrentam na amamentação e como superá-los?

Dra. Nathalia: Entre os desafios mais comuns estão dor nos primeiros dias, fissuras nos mamilos, insegurança sobre a quantidade de leite produzida e, muitas vezes, falta de apoio da rede familiar ou social. Superar essas dificuldades passa por uma boa orientação sobre pega e posição, acompanhamento de profissionais de saúde treinados e, principalmente, acolhimento sem críticas, para que a mãe se sinta confiante.


Como os profissionais de saúde podem apoiar melhor as mães durante o processo de amamentação?

Dra. Nathalia: O apoio deve começar ainda no pré-natal e na maternidade, com informações sobre como iniciar a amamentação corretamente. É importante observar e corrigir a pega, ouvir as angústias da mãe, oferecer soluções práticas e fortalecer sua confiança. Além disso, criar grupos de apoio e facilitar o acesso ao Banco de Leite também fazem diferença.


Quem pode doar leite humano e quais são os critérios básicos para a doação?

Dra. Nathalia: Qualquer pessoa saudável que esteja amamentando e tenha leite excedente pode doar. O único cuidado é não fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. O processo é simples, seguro e cada doadora recebe orientação sobre higiene e armazenamento adequado do leite.


Qual é o impacto da doação de leite humano para os bebês internados em UTIs neonatais?

Dra. Nathalia: Para os bebês prematuros ou em estado grave, o leite humano doado pode ser decisivo para a sobrevivência. Ele reduz drasticamente o risco de infecções, enterocolite necrosante e outras complicações graves. É um verdadeiro "remédio natural" que melhora a recuperação e aumenta as chances de alta hospitalar.


Há riscos para o bebê que recebe o leite doado?

Dra. Nathalia: Não. Todo o leite doado passa por um processo rigoroso no Banco de Leite: seleção das doadoras, pasteurização e testes microbiológicos. Somente após garantir total segurança ele é oferecido aos bebês.


Como a população pode ajudar a incentivar a cultura da doação de leite materno?

Dra. Nathalia: A população pode ajudar divulgando informações corretas, apoiando as mães que amamentam e valorizando a importância do leite humano como recurso de vida. Cada frasco doado faz diferença para um bebê internado, e cada gesto de incentivo fortalece essa rede de solidariedade.


Como efetivar a doação de leite materno em Petrópolis?

Dra. Nathalia: Em Petrópolis, as mães podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano do Hospital Alcides Carneiro, através dos telefones: (24) 2236-6634 ou
(24) 98143-9904. O hospital fornece os frascos de vidro esterilizados e orienta todo o processo de coleta. Inclusive, há um serviço de coleta domiciliar, o que facilita muito para as doadoras. Basta se cadastrar e a equipe organiza a retirada do leite. 

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Com a proposta de salientar que a formação em Psicologia vai além dos muros acadêmicos, constituindo-se como um compromisso social fundamental em tempos, onde o cuidado com a saúde mental se tornou uma questão de saúde pública, o campus da UNIFASE foi palco da IX Semana de Psicologia, realizada neste mês de agosto. Reforçando a centralidade da saúde mental como questão de saúde pública, especialmente após os desafios impostos pela pandemia e pelos frequentes eventos climáticos extremos, a programação do evento refletiu essas urgências contemporâneas. O destaque foi a Mesa Redonda sobre "Psicologia nas Emergências e Desastres: fatores humanos e gerenciamento de riscos", tema particularmente relevante para Petrópolis e cidades vizinhas, que enfrentam desafios recorrentes com eventos climáticos. Coordenadora do Curso de Psicologia da UNIFASE, professora Rovena Paranhos destacou a essência do encontro. "A semana de Psicologia é um evento tradicional, com o objetivo de aproximar o que se produz na academia daquilo que a sociedade necessita. Essa parceria e intercâmbio de conhecimentos científicos com a vida cotidiana é a razão de uma instituição universitária". Carlos Augusto Bandeira Moraes, participante da mesa sobre emergências e desastres, trouxe sua experiência da aviação civil para o debate, frisando que "esse tema é extremamente relevante para Petrópolis, pois há esse desafio que é a segurança da cidade na questão dos desabamentos. A aviação tem amplo conhecimento na área da prevenção de acidentes, que pode trazer muitos elementos importantes para reflexão conjunta." A programação diversificada incluiu a palestra "Psicanálise e Psicose: Encontro Possível em um CAPS", ministrada pela professora doutora Lusanir de Sousa Carvalho, abordando a interface entre teoria psicanalítica e prática clínica em serviços de saúde mental. A mesa redonda "Trajetórias em Psicologia: Percursos de Egressos do Curso de Psicologia da UNIFASE", mediada pela egressa Yasmim Ferreira Pinheiro de Souza, proporcionou um olhar sobre as diferentes possibilidades de atuação profissional nesse cenário contemporâneo, bem como discutiu o ingresso de novos psicólogos(as) no mercado de trabalho. Além disso, outro momento significativo foi a palestra sobre "Psicologia do Esporte: Mens sana in corpore sano, corpore sano in mens sana", conduzida pelas professoras doutoras Daniele Mariano Seda e Clévia Sies, evidenciando a expansão do campo psicológico para áreas antes consideradas periféricas. O Diretório Acadêmico teve participação ativa na organização do evento, como observou Roni de Souza Britto, estudante do Diretório Acadêmico, essa "É muito gratificante representar os alunos do curso de Psicologia da UNIFASE. Tivemos voz ativa na preparação, onde foi possível colocarmos as nossas ideias em ação e darmos a nossa identidade também ao evento, trazendo aulas diferenciadas, fora da sala, abordando temas relevantes e atuais, como a questão dos desastres, que infelizmente vivenciamos em Petrópolis”, salientou. Em uma sociedade que cada vez mais reconhece a importância dos cuidados psicossociais, seja no enfrentamento de traumas coletivos, na promoção de saúde mental comunitária ou na prevenção de agravos psicossociais, eventos como a Semana de Psicologia da UNIFASE assumem papel estratégico na formação de profissionais preparados para essas demandas. “Nosso dever como educadores é aproximar os alunos das demandas sociais, construindo com a comunidade um conhecimento capaz de promover qualidade de vida a todos”, finaliza Rovena Paranhos.