A Enfermagem do Futuro

29 de setembro de 2020
A Enfermagem do Futuro

Por Kamila Malheiros, enfermeira e professora da UNIFASE

Renato Guimarães, enfermeiro e professor da UNIFASE

Pensar no futuro nos remete diretamente ao passado e ao presente. No ano de 2020 comemora-se o bicentenário de Florence Nightingale, a percussora da Enfermagem moderna. Coincidentemente fomos atingidos pela pandemia do novo coronavírus, o que nos fez retomar as reflexões sobre a importância das boas práticas da teoria ambientalista de Florence.

Jamais se imaginaria que o mundo todo pudesse estar sujeito de forma tão exacerbada aos cuidados da enfermagem, ainda mais de uma forma tão diferenciada quanto vimos durante este período.

A enfermagem está presente na docência, pesquisa e em todas as esferas da assistência, seja na atenção primária, secundária ou terciária. E hoje, com exceção aos que estão atuando na linha de frente, depara-se com o desafio de colocar em prática a essência da profissão – o cuidado – de forma acolhedora e presente através das telas dos computadores e celulares.

A tecnologia sempre esteve presente no entretenimento e hoje observamos a imperiosa necessidade de implantação nas academias de ensino e também nos espaços laborais, sejam hospitais, ambulatórios e até mesmo home office. É necessário destacar a Resolução 634/2020 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que normatiza a Teleconsulta em enfermagem, como forma de combate a pandemia, expandindo ainda mais a profissão.

Mas afinal, qual é a enfermagem do futuro?

A enfermagem do futuro é ciência, tecnologia, especialização e cuidado. Encontrando o equilíbrio entre o tecnológico e o humano. A enfermagem do futuro é movida a adversidades, desafios e questionamentos. Cuida sem estar “presente” e desperta sentimentos inefáveis quando plenamente executada. A enfermagem do futuro irá reinventar-se, evidenciando ainda mais o que teóricas da enfermagem já vinham defendendo no passado: adaptações, evoluções e promoção da qualidade de vida, sempre com o objetivo voltado ao que nos é mais importante: nosso paciente.

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O mês de agosto é conhecido como "Agosto Dourado", uma campanha mundial que visa promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite materno, considerado o alimento mais completo e adequado para os bebês nos primeiros meses de vida. A campanha, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), busca conscientizar a sociedade sobre os benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, além de incentivar a doação de leite humano para bebês prematuros e internados em UTIs neonatais. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a Dra. Nathalia Veiga Moliterno, pediatra, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e coordenadora da UTI Neonatal do HEAC, salienta a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano. Confira: Qual a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê? Dra. Nathalia: O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é fundamental porque fornece todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver de forma saudável. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e reduz o risco de doenças crônicas no futuro, como obesidade e diabetes. Além dos benefícios nutricionais, o que mais o leite materno oferece ao recém-nascido? Dra. Nathalia: O leite materno é muito mais do que apenas um alimento, pois ele contém anticorpos e células de defesa que fortalecem o sistema imunológico do bebê. Também ajuda na maturação do intestino, no desenvolvimento neurológico e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, que é essencial para a saúde emocional. Quais são os principais desafios que as mães enfrentam na amamentação e como superá-los? Dra. Nathalia: Entre os desafios mais comuns estão dor nos primeiros dias, fissuras nos mamilos, insegurança sobre a quantidade de leite produzida e, muitas vezes, falta de apoio da rede familiar ou social. Superar essas dificuldades passa por uma boa orientação sobre pega e posição, acompanhamento de profissionais de saúde treinados e, principalmente, acolhimento sem críticas, para que a mãe se sinta confiante. Como os profissionais de saúde podem apoiar melhor as mães durante o processo de amamentação? Dra. Nathalia: O apoio deve começar ainda no pré-natal e na maternidade, com informações sobre como iniciar a amamentação corretamente. É importante observar e corrigir a pega, ouvir as angústias da mãe, oferecer soluções práticas e fortalecer sua confiança. Além disso, criar grupos de apoio e facilitar o acesso ao Banco de Leite também fazem diferença. Quem pode doar leite humano e quais são os critérios básicos para a doação? Dra. Nathalia: Qualquer pessoa saudável que esteja amamentando e tenha leite excedente pode doar. O único cuidado é não fazer uso de medicamentos que impeçam a doação. O processo é simples, seguro e cada doadora recebe orientação sobre higiene e armazenamento adequado do leite. Qual é o impacto da doação de leite humano para os bebês internados em UTIs neonatais? Dra. Nathalia: Para os bebês prematuros ou em estado grave, o leite humano doado pode ser decisivo para a sobrevivência. Ele reduz drasticamente o risco de infecções, enterocolite necrosante e outras complicações graves. É um verdadeiro "remédio natural" que melhora a recuperação e aumenta as chances de alta hospitalar. Há riscos para o bebê que recebe o leite doado? Dra. Nathalia: Não. Todo o leite doado passa por um processo rigoroso no Banco de Leite: seleção das doadoras, pasteurização e testes microbiológicos. Somente após garantir total segurança ele é oferecido aos bebês. Como a população pode ajudar a incentivar a cultura da doação de leite materno? Dra. Nathalia: A população pode ajudar divulgando informações corretas, apoiando as mães que amamentam e valorizando a importância do leite humano como recurso de vida. Cada frasco doado faz diferença para um bebê internado, e cada gesto de incentivo fortalece essa rede de solidariedade. Como efetivar a doação de leite materno em Petrópolis? Dra. Nathalia: Em Petrópolis, as mães podem entrar em contato com o Banco de Leite Humano do Hospital Alcides Carneiro, através dos telefones: (24) 2236-6634 ou (24) 98143-9904. O hospital fornece os frascos de vidro esterilizados e orienta todo o processo de coleta. Inclusive, há um serviço de coleta domiciliar, o que facilita muito para as doadoras. Basta se cadastrar e a equipe organiza a retirada do leite.